Autoconhecimento na infância: como ajudar nossas crianças?

O processo de autoconhecimento na infância (e em todas as fases da vida) é algo bastante complexo.

Ele envolve a consciência de si, a formação da identidade pessoal, o autoconceito, a empatia, entre outras coisas.

Essa construção se baseia em todas as experiências que as pessoas têm ao longo da vida, desde ainda bebê, no relacionamento com os pais e a família, e influencia diretamente como elas se relacionam consigo mesmas e com os outros, incluindo como cada uma expressa suas emoções e sentimentos.

Através da consciência de si, a criança passa a reconhecer que é uma entidade separada dos outros, e desenvolve nos primeiros anos de vida a consciência do próprio corpo e das próprias emoções.

Dessa forma, ela pode ser capaz de construir sua identidade pessoal, aspecto importante para o desenvolvimento do autoconhecimento na infância. A criança começa a desenvolver a noção de quem é em relação aos outros e ao mundo ao seu redor, incluindo sua cultura, gênero, interesses e habilidades.

Como ajudar nossas crianças?

Assim, a imagem que a criança tem de si mesma, é influenciada por suas experiências e interações sociais. Esse autoconhecimento na infância se desenvolve ao longo do tempo e pode ser influenciado pela relação com o mundo externo, como a relação com a família, amigos, elogios e críticas.

Quando a criança consegue olhar para si, capaz de se valorizar ou reconhecer e aprender com seus erros, refletindo sobre si mesma, seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, ela pode ser capaz de desenvolver empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender seus sentimentos, separando aquilo o que é seu e o que é do outro.

Existem diversas formas de promover o autoconhecimento nos pequenos. Algumas dicas podem ajudar nesse processo:

⭐ Incentive a expressão emocional: ajude a criança a identificar e expressar suas emoções de forma saudável, ensinando-as a nomear o que estão sentindo e a encontrar maneiras apropriadas de lidar com essas emoções.

⭐ Estimule a autoexploração: promova atividades que incentivem a criança a explorar seus interesses, talentos e habilidades, ajudando-a a descobrir o que a faz única e especial.

⭐ Ensine sobre o corpo e a mente: ajude a criança a compreender como o corpo e a mente estão interligados, ensinando sobre a importância de cuidar da saúde física e mental.

⭐ Estimule a reflexão: incentive a criança a refletir sobre suas experiências, ensinando-a a analisar suas ações e pensar sobre como poderia ter agido de forma diferente em determinadas situações.

⭐ Promova a tomada de decisões: deixe a criança tomar decisões simples desde cedo, permitindo que ela desenvolva habilidades de pensamento crítico e autoconfiança.

⭐ Valorize a individualidade: reconheça e valorize as características individuais da criança, ajudando-a a entender que é única e especial do jeito que é.

⭐ Fomente a empatia: ensine a criança a se colocar no lugar dos outros e a considerar seus sentimentos, promovendo a compreensão e a empatia em relação aos outros.

Estimule a autonomia: dê à criança responsabilidades adequadas à sua idade, permitindo que ela desenvolva um senso de autonomia e independência.

Os livros e o autoconhecimento na infância

A leitura também pode ser uma ótima aliada nesse processo!

Através de livros e histórias adequadas, a criança pode desenvolver ainda mais o autoconhecimento e fortalecer sua identidade, se aprofundando em temas que estimulem sua construção de pensamento.

Ao se identificar com uma história ou com uma personagem, os pequenos podem sentir conforto para se expressar, uma vez que se sintam acolhidos e representados.

Ao ler de forma reflexiva e consciente, as crianças podem ganhar percepções valiosas sobre seus sentimentos e sobre o mundo ao seu redor.

Sua criança ainda acredita em Papai Noel?

Quem se lembra com saudade dos tempos de criança, quando o Natal significava, além de reunir a família, aguardar ansiosamente pelo esperado Papai Noel? Escrever a cartinha, espiar o pé da cama ou da Árvore de Natal logo pela manhã… Seja qual fosse a tradição da sua família, uma coisa é certa: provavelmente você passou boa parte da infância imaginando como o famoso velhinho dava conta de levar presentes a todas as crianças do mundo, não é mesmo?

Mas com o tempo, conforme crescemos, vamos percebendo que o bom velhinho, na verdade, não passava de uma fantasia. Que nossos presentes eram, na verdade, comprados pelos nossos pais. E que, aparentemente, só nós não sabíamos disso! Afinal, porque tantos pais alimentam essa crença? E sua criança, também acredita em Papai Noel?

Toda criança acredita em Papai Noel?

Assim como acontece com o Coelhinho da Páscoa ou com a Fada do Dente, o fato das crianças acreditarem ou não no Papai Noel vai depender do estímulo dos pais. É comum que, por volta dos três anos de idade, com a imaginação a mil, os pequenos e pequenas estejam mais propensos a acreditar em histórias como essa. Por não terem muito bem definido ainda o que é real e o que é fantasia, é nessa fase que a crença no bom velhinho pode surgir.

No entanto, isso só ocorrerá se a família alimentar a fantasia, entrando na brincadeira também. Por fim, geralmente por volta dos sete anos, as crianças por si só vão percebendo que essa história de Papai Noel não é bem assim. Ou seja, com a noção de realidade mais bem desenvolvida, acabam deixando de acreditar nessa figura natalina.

Devemos estimular que nossos pequenos acreditem no Papai Noel?

Essa é uma resposta muito particular, que depende dos costumes e crenças da família. Contudo, podemos afirmar que estimular a fantasia em um momento em que as crianças já são, por si mesmos, muito imaginativos, é importante para incentivar a criatividade e a imaginação. Habilidades essas que são muito importantes para toda a vida.

Por meio da ludicidade, as crianças se desenvolvem, aprendem e compreendem o mundo ao seu redor e também a si mesmas. Portanto, desde que a crença no Papai Noel não seja uma ferramenta para educar por meio da chantagem ou do medo, estimular essa fantasia só tem a agregar nos momentos em família. Além disso, entrar na brincadeira e se permitir fantasiar junto com as crianças renderá momentos e memórias que, com certeza, serão levadas até a vida adulta!

Nesse sentido, é importante lembrar que o peso e a forma como seu filho ou filha irá encarar tudo isso, vai depender da forma como vocês enquanto adultos vão lidar com a situação. O Papai Noel não precisa ser o centro das comemorações, por exemplo. Os presentes materiais também não precisam ser a parte mais importante da noite. É possível brincar e estimular a imaginação com as histórias de Papai Noel, sem que o consumismo prevaleça. Afinal, Natal é sempre tempo de pensar sobre generosidade, solidariedade e gratidão!

E aí na sua casa? Sua criança acredita em Papai Noel? Vocês tem rituais para celebrar o Natal com o bom velhinho? Conte para a gente como é o seu Natal em família!

Você conhece as novas regras da Lei da Cadeirinha?

Muitos papais sonham com o momento em que vão sair da maternidade e levar seus bebês para casa. Mesmo se preparando por meses, ainda existem dúvidas sobre como andar com os pequenos no carro de maneira correta e segura e para regulamentar esse transporte existe a Lei da Cadeirinha.

O que é a Lei da Cadeirinha?

A Lei da Cadeirinha no Brasil estabelece as normas e requisitos para o transporte de crianças em veículos automotores. Essa legislação foi criada com o objetivo de garantir a segurança dos passageiros mais vulneráveis, especialmente bebês e crianças, durante viagens de carro.

De acordo com a legislação brasileira, a Resolução 277/2008 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) definia as regras específicas para o transporte de bebês e crianças em veículos automotores. Essas regras foram atualizadas pela Resolução 518/2015 e posteriormente pela Resolução 3267/2019 do CONTRAN, sendo esta última a que é válida em todo o território nacional atualmente.

Como era a Lei da Cadeirinha antes da mudança? 

Na antiga Lei da Cadeirinha crianças de até 1 ano deveriam usar bebê conforto, instalado de costas para o banco dianteiro.

Já os pequenos com idade entre 1 até 4 anos deveriam sentar utilizar a cadeirinha tradicional, voltada para a frente do veículo.

Quando completassem 4 anos e até terem 7 anos e meio, o assento deveria ser um banco de elevação voltado para a frente do veículo, além do cinto de segurança de três pontos.

Para crianças de 7 anos e meio até 10 anos, não existia a necessidade de uma cadeirinha ou assento especial, eles deviam se sentar no banco traseiro e utilizar o cinto de segurança de três pontos.

Após 10 anos completos, as crianças já poderiam andar no banco traseiro ou dianteiro, mas sempre com cinto de segurança de três pontos.

Nova Lei da Cadeirinha

Na Lei da Cadeirinha que está em vigor atualmente, crianças com até 10 anos de idade devem ser transportadas no banco traseiro do veículo e o uso da cadeirinha é obrigatório para crianças com até 7 anos e meio de idade.

Crianças com idade entre 7 anos e meio a 10 anos devem utilizar o cinto de segurança no banco traseiro e além da idade, a cadeirinha também deve ser adequada ao peso e à altura da criança, conforme as instruções do fabricante.

Qual a importância de transportar o bebê/criança na cadeirinha?

Transportar o bebê no bebê conforto e a criança na cadeirinha é importante por diversas razões relacionadas à segurança e proteção dos pequenos durante as viagens de carro. Algumas das principais razões incluem:

 

  • Proteção em caso de acidente: O bebê conforto e a cadeirinha foram projetados para fornecer uma proteção adequada para os mini passageiros em caso de acidente de trânsito. Eles absorvem o impacto e distribuem a força da colisão em áreas seguras do corpo da criança, reduzindo assim o risco de lesões graves.

 

  • Tamanho e encaixe adequado: O bebê conforto e a cadeirinha acomodam os pequenos com segurança, fornecendo o suporte necessário para a cabeça, pescoço e coluna vertebral, que ainda estão em desenvolvimento e são mais vulneráveis a lesões.

 

  • Redução do risco de ejeção: O uso correto do bebê conforto e da cadeirinha ajuda a manter as crianças firmemente presas ao assento do veículo, reduzindo significativamente o risco de que elas sejam jogadas para fora em caso de acidente.

 

  • Conformidade com a legislação de trânsito: Como já citamos, no Brasil, assim como em muitos países, o uso do bebê conforto ou da cadeirinha é obrigatório por lei para garantir a segurança das crianças durante o transporte em veículos automotores. Cumprir essa legislação é essencial para evitar multas e penalidades.

 

  • Facilita a viagem para os pais: O bebê conforto e a cadeirinha também podem ser práticos para os pais, pois normalmente são fáceis de instalar e remover do veículo, além de ser portátil, permitindo que os pequenos sejam transportados de forma segura e confortável em diferentes situações.

 

  • Desenvolvimento adequado dos pequenos: Ao fornecer suporte adequado e segurança durante as viagens de carro, o bebê conforto e a cadeirinha contribuem para o desenvolvimento saudável das crianças, minimizando o risco de lesões e desconfortos que poderiam afetar negativamente seu bem-estar.

É importante ressaltar que o bebê conforto e a cadeirinha devem ser instalados e utilizados corretamente, seguindo as instruções do fabricante e as normas de segurança estabelecidas pelas autoridades de trânsito para garantir o perfeito funcionamento dos acessórios.

Você ensina sua criança a revidar?

Interferir, revidar, conversar… Seu filho chega em casa, você percebe que ele está machucado. Ao perguntar o que aconteceu, descobre que um amiguinho bateu nele. Com certeza, só de pensar nessa situação, pais e mães já sentem aquele misto de emoções: um aperto no coração, sensação de impotência, raiva, tristeza e uma vontade enorme de poder proteger o pequeno de tudo e de todos a todo momento. Mas sabemos que, na prática, isso não é possível. Na realidade, quanto mais o tempo passa, mais difícil é estar presente na vida dos filhos. Afinal, conforme vão crescendo, as crianças dão seus próprios passos, e descobrem por si mesmas seus caminhos e como resolver seus problemas. Nesse sentido, pais e mães se preocupam com uma questão: como ensinar os filhos a se defenderem?

Devemos ensinar as crianças a revidar?

Acreditando na importância de ensinar os filhos a se defenderem sozinhos, alguns pais seguem a linha do “bateu, levou”, incentivando as crianças a baterem de volta, quando apanham, seja em casa, na escola ou qualquer outra situação. Embora a intenção nesse caso seja proteger o pequeno, impedindo que ele seja passivo em situações de agressão, encorajar os pequenos a revidar, gera um ciclo de violência, incentivando comportamentos agressivos. De acordo com Sarah Helena, mãe, psicóloga e curadora na Leiturinha, “ensinar as crianças a baterem de volta significa que a violência é uma solução plausível, permissível e capaz de resolver conflitos, quando, na verdade ela só gera mais problemas. Assim como gentileza gera gentilezaviolência gera violência, até que alguém quebre o ciclo”. Sarah ainda complementa que, embora a intenção dos pais ao ensinar a criança a revidar seja protegê-la, “este tipo de proteção é ilusório e momentâneo, contribuindo, na verdade, para uma sociedade cada vez mais intolerante, violenta e incapaz de dialogar quando se há diferenças ou conflitos”.

Nesse contexto, outra questão também pode surgir: devemos ensinar meninos e meninas a se protegerem de maneira diferente? Embora criar filhos e filhas tragam desafios e dúvidas em comum, nós já falamos aqui no Blog sobre pontos importantes para se atentar na criação meninos e na criação meninas. “Sabemos que meninos e meninas, culturalmente, estão sujeitos a tipos diferentes de violência. Portanto, caberiam orientações tão diferentes quanto os tipos de violência. No entanto, é importante lembrar que a prevenção e proteção dos filhos começa com a orientação para que nunca partam para a agressão.”, afirma a psicóloga Sarah.

Então, como ensinar os pequenos a se defenderem?

Se não queremos que nossos filhos apanhem na escola e/ou sejam passivos em situações de violência, aceitando coisas que não querem/gostam por medo ou por não saberem se defender, mas, por outro lado, não queremos incentivar a agressividade, como podemos ajudar nossos pequenos a se defender por si mesmos?

 

Em uma pesquisa realizada, dos 2.896 pais e mães que participaram, apenas 23% afirmaram que ensinam os filhos a revidarem. Para ajudar a pensar em alternativas no momento de ensinar os pequenos se defenderem, Sarah Helena elencou algumas dicas. Confira:

1. É preciso criar estratégias para evitar a violência. A violência acontece justamente quando faltam recursos na linguagem para lidar com a situação. Ensinar na prática, em casa, é muito importante para que a criança perceba que existem outros meios para se resolver conflitos.

2. Se o diálogo não for suficiente para resolver a situação entre seu pequeno e algum colega, oriente que ele saia de perto e busque distância, até que seja possível uma nova aproximação não violenta. O que à primeira vista pode parecer “covardia”, na verdade é um ato corajoso de escolha por um caminho diferente. Muitas vezes é preciso muito mais coragem e força para ceder e abandonar uma discussão do que para partir para a ação.

3. Em caso de risco, é sempre bom ensinar os pequenos a buscarem ajuda. Se for um conflito entre iguais – com amiguinhos ou colegas, a ajuda de um adulto pode ser eficiente. Caso o risco envolva algo mais sério, é importante que a criança saiba como chamar a polícia, por exemplo, ou que saiba como pedir ajuda sem chamar atenção.

4. Quando o conflito acontece na escola, a ajuda de um profissional é sempre válida, sobretudo quando as famílias também são envolvidas.

Sejamos nós os construtores da sociedade que queremos, mais segura e protetora!

Como ajudar um filho com ansiedade? Dicas para trabalhar a paciência e controlar a ansiedade

Atualmente, a ansiedade é um dos problemas que mais levam os adultos ao divã do terapeuta. Isso porque nem sempre é fácil conciliar as exigências da vida moderna com o estresse vindo de conflitos familiares e de dificuldades no trabalho. Porém, o que fazer quando a dúvida é sobre como ajudar um filho com ansiedade?

Afinal de contas, as crianças não estão livres dela, muito menos dos transtornos que a ansiedade pode gerar, sabia? Com causas diversas, esse problema pode acometê-las em qualquer idade, cabendo aos pais e familiares dar o suporte necessário para que lidem de forma adequada com a questão.

Pensando nesse desafio, compartilhamos por aqui o que você precisa saber sobre esse tema! Vamos conferir?

O que é ansiedade e o que é transtorno de ansiedade?

Antes de qualquer coisa, é preciso saber que a ansiedade e o transtorno de ansiedade não são a mesma coisa. Há uma diferença importante entre os dois termos que os pais devem conhecer, e nós vamos esclarecer!

A ansiedade é uma reação totalmente normal dos seres vivos — o que é chamado pela biologia de resposta inata. Basicamente, ela surge por conta da produção e liberação de determinados hormônios no nosso corpo, como o cortisol e a noradrenalina.

Na natureza, a função da ansiedade é justamente garantir que estejamos vigilantes e prontos para lutar pela sobrevivência frente a situações desafiadoras, estressantes ou perigosas. Ou seja, é algo normal e todos podemos ter um episódio de ansiedade em qualquer momento de nossa vida — desde a primeira infância até a terceira idade.

Um exemplo que deixa isso bem claro é quando uma pessoa está fazendo uma trilha na floresta e se depara com uma cobra. Como método de autodefesa, visto que esse é um animal muitas vezes venenoso e que provoca medo, o organismo aumenta consideravelmente os níveis dos hormônios citados anteriormente e fica em alerta máximo, pronto para escapar ou reagir, se for preciso.

O transtorno de ansiedade, por outro lado, ocorre quando esse quadro de ansiedade fica desregulado, tornando-se frequente, excessivo e sem controle. A grande questão é que, para alguns indivíduos, não há um motivo que justifique o aparecimento dele (como um problema iminente ou uma ameaça de vida). Ao contrário, a ansiedade é generalizada.

Já para outros sujeitos, ela surge por razões que podem ser identificadas, mas que não justificam o nível de ansiedade gerado e que tanto os afeta negativamente. Em alguns casos, diariamente. Como resultado, quem sofre com desse tipo de transtorno deixa de ser alguém funcional, o que impacta diretamente em sua qualidade de vida.

Não é para menos que devemos redobrar a atenção com as crianças, pois, se adultos já são bastante prejudicados quando têm uma ansiedade fora do normal, com as crianças isso pode ser ainda mais grave, dada a pouca idade que possuem para lidar com ela.

Conheça 10 dicas para controlar a ansiedade nas crianças

Separamos algumas dicas sobre como ajudar um filho com ansiedade, para que você consiga identificá-la de modo precoce, para que saiba como agir de maneira efetiva para controlá-la e, com o tempo, reduzi-la ao máximo. Confira a seguir!

1. Conheça os sintomas da ansiedade infantil

A ansiedade infantil conta com alguns sintomas que são fáceis de serem notados, não só por quem está ansioso, mas também por quem convive com essa pessoa (seja ela uma pessoa adulta ou uma criança). Por isso, é importante estar atento aos sinais que o seu filho demonstra. Entre os principais, estão:

  • irritabilidade e/ou agressividade excessiva;
  • alterações nos hábitos de sono e pesadelos frequentes, com sono durante o dia devido às noites mal dormidas;
  • preocupação constante — que pode ser com a escola, com a segurança dos membros da família, com a saúde ou com o futuro, de maneira geral;
  • impaciência — que pode levar a ataques de birra, por exemplo;
  • dificuldade de concentração nas aulas e fora do período escolar — como nas tarefas de casa, nos estudos ou mesmo nos momentos de lazer, durante jogos e brincadeiras;
  • alterações no apetite, para mais ou para menos;
  • desleixo com a própria higiene;
  • queda no rendimento escolar.

Nem sempre as crianças sabem comunicar aos adultos suas emoções. Por isso, é importante ter atenção em mudanças de hábitos ou comportamentos. Identificar precocemente transtornos de ansiedade nas crianças e, então, lidar com eles da melhor forma, é essencial para evitar repercussões negativas na qualidade de vida e no desenvolvimento dos pequenos.

2. Apoie, em vez de julgar ou reprimir

Se seu filho demonstrar algum sinal de que está sofrendo de transtorno de ansiedade, o primeiro passo para ajudá-lo a enfrentar o problema é manter as portas do seu relacionamento com ele bem abertas.

Assim, nada de ridicularizar suas preocupações, aumentar a cobrança em relação à escola ou punir a criança pela dificuldade de concentração, combinado? Até mesmo a demonstração exagerada de preocupação por parte dos pais pode levar a criança a se fechar cada vez mais.

Nesses casos, é importante que os pais se mantenham tranquilos e ajam de modo a mostrar ao filho que há um espaço seguro no seu relacionamento, para que ele possa expressar suas angústias e aprenda, por meio do diálogo com os adultos, a resolvê-las.

3. Pesquise os motivos por trás da ansiedade

Não é incomum que a ansiedade infantil seja uma reação a situações temporárias de estresse — como a chegada de um novo irmãozinho, a separação dos pais, a perda de um ente querido ou a mudança de cidade ou de escola. Nesses casos, fica mais fácil para os pais direcionarem esforços, mostrando ao filho como enfrentar aquele desafio específico, sempre por meio de incentivos que estimulem a autoconfiança da criança.

No entanto, se os sinais que citamos se tornarem cada vez mais frequentes e intensos, sem uma razão momentânea e clara por trás, podemos estar diante de um problema diferente, que merece atenção redobrada por parte da família, isto é, que estamos lidando na verdade com um transtorno de ansiedade.

Abaixo, você vai conferir alguns desses sinais, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).

Transtorno de ansiedade de separação

A ansiedade da separação é comum em crianças de até 2 anos, sendo caracterizada como o medo de ficar longe de alguma figura adulta, em especial, a materna e/ou a paterna. Esse sentimento costuma desaparecer conforme a criança começa a entender que os pais retornam depois da ausência.

Quando o problema é persistente, a criança pode sofrer de transtorno da ansiedade de separação, com um medo intenso de que os pais não voltem, sofram algum acidente etc.. Nesses casos, pode haver somatização da preocupação excessiva, resultando em dores de barriga e de cabeça, enjoos e outros problemas, sempre que os adultos de referência precisam se ausentar.

Transtorno de ansiedade social

Assim como a ansiedade da separação, a chamada ansiedade social também é comum. Por exemplo, ela ocorre quando nos sentimos nervosos por falar em público, ao iniciar conversas com desconhecidos, entre outras situações afins. No entanto, se o sentimento de angústia é incapacitante e excessivo, é sinal de que há um transtorno ocorrendo.

Com as crianças não é diferente: se os eventos de interação social são tão temidos pelos pequenos a ponto de eles tentarem evitá-los ou começarem a apresentar sintomas, como: tremores, sudorese, dores de barriga ou de cabeça, mutismo e taquicardia, é preciso ter atenção.

Fobias específicas

A fobia se caracteriza por um medo excessivo e incontrolável de algo específico. Por exemplo, de animais, da escuridão, de lugares fechados, de trovões, entre outros. As fobias são fruto de alguma situação traumática ou de um choque intenso vivenciados, muitas vezes, ainda na infância.

Caso a fobia seja muito grave, ela pode levar à ocorrência de ataques de pânico e comportamentos prejudiciais. Por exemplo, há o medo irracional de tudo aquilo que lembra a fonte da fobia.

Crianças que têm uma fobia precisam ser acompanhadas de perto pelos pais, além de demandarem tratamento psicológico, pois se ela não for devidamente tratada, pode se estender por toda a vida.

Estresse pós-traumático

Quando a criança cai de bicicleta pela primeira vez, pode ter dificuldade para voltar a tentar, porque se torna receosa em relação à possibilidade de cair de novo, não é? Agora, se a criança passa por situações graves que provocam sentimentos fortes de medo e/ou tristeza, a ansiedade pode se tornar generalizada e insistente.

É o caso de situações traumáticas, como acidentes de carro, bullying escolar, perda de amigos ou de parentes queridos, abusos e violência. Todos esses acontecimentos devem ser abordados por meio da busca de informações e, se necessário, do apoio de um profissional.

Influência do meio e da educação parental

Por fim, a ansiedade nas crianças também pode surgir a partir da influência do meio, quando há observação e absorção dos comportamentos que ela vê no ambiente. Por exemplo, se os pais estão ansiosos, podem estimular involuntariamente esse sentimento nos pequenos.

O estilo de educação parental também é capaz de contribuir com o surgimento de transtornos de ansiedade, seja por haver uma superproteção, seja por críticas e pressão excessivas, por exemplo — aspectos dos quais falaremos mais adiante.

4. Treine a paciência com pequenas esperas

A quarta dica sobre como ajudar um filho com ansiedade é ajudá-lo a exercitar a paciência, para que possa ficar mais tranquilo em situações de nervosismo, pressão ou apenas de espera. Afinal de contas, essa habilidade será essencial na sua vida adulta.

Dessa forma, mostre à criança como ela pode se distrair com uma revista, um livro ou um brinquedo na sala de espera do médico, por exemplo. Ressalte a necessidade de aguardar com calma para que a comida fique pronta e também a ensine a esperar sua vez para falar e ser ouvida. Esse é um aprendizado lento, mas que deve começar desde cedo!

5. Dê o exemplo e cumpra suas promessas

Quem é pai ou mãe sabe bem como os filhos tendem a imitar o comportamento dos adultos, mesmo sem saber exatamente o que aquela reação quer dizer. Por vezes, a cópia é tão exata que chega a ser cômica! Diante disso, fica claro que uma das melhores maneiras de ensinar uma criança a ser paciente é demonstrando paciência e tolerância também em relação a ela.

Isso implica deixar a criança a par de situações em que você não consegue o que quer de imediato. Ao contrário, precisa lidar com prazos, atrasos e contratempos que surgiram ao longo do caminho. Aqui, incluímos situações que envolvem não só controlar as próprias expectativas, mas também saber encarar de maneira inteligente as frustrações.

Outros bons exemplos são: não ter uma reação exagerada quando o filho se atrasa; mostrar que a espera vale a pena ao cumprir a promessa de ouvi-lo; ou brincar com ele somente depois de terminar o que estava fazendo no momento em que pediu a sua atenção.

6. Entenda que nem tudo é ansiedade exagerada

É preciso que os pais saibam diferenciar situações de pura pirraça e falta de disciplina daquelas em que ocorrem respostas ansiosas. Por exemplo:

  • birra: quando a criança chora porque os adultos não compram o que ela quer no supermercado;
  • resposta ansiosa: quando a criança não quer esperar pelos convidados para partir o bolo de aniversário.

Isso é fundamental porque nem todos os comportamentos das crianças são, necessariamente, movidos por uma ansiedade exagerada que traz, como resultado, sintomas físicos, mudanças de atitudes e prejuízos na vida social.

Nesses momentos, o que costuma ajudar é entender que o modo como as crianças lidam com o tempo é diferente do nosso. Por isso, às vezes, precisamos apenas aceitar suas limitações. Uma criança cansada ou com fome, por exemplo, dificilmente ficará calma enquanto espera para se deitar ou para comer.

Da mesma forma, pode ser melhor não compartilhar com o filho planos para um futuro que ele ainda não consegue enxergar. Farão uma viagem meses depois? Espere para dar a notícia aos poucos, evitando que a criança fique ansiosa com muita antecipação.

7. Desenvolva atividades relaxantes

Em momentos de grande ansiedade nas crianças, os pais podem praticar atividades relaxantes e que ajudem os pequenos a controlar os sintomas do medo, da irritação e da preocupação. A respiração profunda e consciente é uma boa técnica. Para deixá-la mais lúdica, você pode fazer assim:

  • peça ao pequeno para se deitar de barriga para cima;
  • coloque algum objeto em cima de sua barriga, como um urso de pelúcia ou a própria mão;
  • oriente a criança a respirar profundamente;
  • mostre que, ao puxar o ar, o brinquedo ou a mão sobe e, ao soltar o ar, o brinquedo ou a mão desce.

Auxilie a criança a realizar esse exercício várias vezes, prestando atenção nos movimentos, pois isso ajudará a desviar o foco da preocupação que causou a ansiedade.

Outra ideia é imaginar um “lugar seguro”: toda vez que a criança se sentir ansiosa, ajude-a a viajar em pensamento para o seu local preferido, em que ela normalmente se sente feliz e despreocupada. Também é interessante estimulá-la a, quando estiver ansiosa, procurar locais com plantas e flores, já que o contato com a natureza tem efeito calmante e relaxante nas pessoas em geral.

8. Desenvolva um diálogo aberto com o pequeno

tempo compartilhado e o diálogo são muito importantes para que as crianças exponham seus receios e, a partir disso, possam começar a lidar com eles. Você pode, inclusive, ajudá-las a entender melhor a ansiedade e suas causas. Para tanto, estimule que elas falem sobre seus incômodos e, assim, possam desmistificar o medo.

Nessa tarefa, você pode criar um personagem fictício que personifique tal ansiedade. Sempre que a criança se sentir ansiosa, peça que ela atribua essa sensação ao personagem e explique para ele o que está sentindo — pode ser alguém imaginário ou mesmo um brinquedo.

Outra dica é prezar sempre pelos elogios construtivos. O reforço positivo é muito importante para que a criança se sinta capaz de enfrentar a ansiedade. Sempre enfatize o quanto ela se esforçou para falar em público, o quanto ela melhorou no rendimento escolar, entre outras situações que possam ser valorizadas.

Esse tipo de estímulo ajuda as crianças a ficarem mais otimistas frente à ansiedade, além de ajudá-las a perceberem que conseguem superar as situações desencadeadoras das sensações negativas.

9. Não evite sempre as causas de ansiedade

É claro que os pais querem evitar situações que prejudiquem o bem-estar dos filhos. No entanto, é importante ter em mente que fazer isso sempre também não é saudável.

Lembre-se do que falamos lá no início: a ansiedade é uma resposta natural do nosso organismo. Portanto, o ideal é ajudar o pequeno a enfrentar os próprios medos de forma progressiva, respeitando seus limites — desde o início da infância —, até mesmo para que ele saiba reconhecer como é estar ansioso e como ele se comporta nesses momentos.

Porém, atenção: em casos de traumas, essa exposição a ambientes ou situações estressantes deve ser feita com muito cuidado, preferencialmente com o suporte e a orientação de um psicólogo.

10. Saiba quando é hora de procurar tratamento

Concluindo as dicas de como ajudar um filho com ansiedade, saiba que é preciso reconhecer quando se deve procurar por ajuda profissional para tratar a ansiedade na criança. Isto é, quando ela estiver comprometendo sua vida e seu relacionamento com outras pessoas, impedindo-a de realizar as tarefas diárias e de curtir momentos sem preocupação.

Como você viu, se a ansiedade se torna incapacitante, muito frequente ou intensa, pode ser algum transtorno que exige intervenção profissional. E, nesses casos, quanto mais precoce for o tratamento, menos repercussões negativas ocorrerão no desenvolvimento infantil. Então, é importante redobrar a atenção em relação aos sinais físicos, emocionais e comportamentais da criança.

Se você acha que esse é o caso do seu filho, não hesite em conversar com outros pais e educadores sobre a ansiedade nas crianças, eventualmente buscando o auxílio de um terapeuta infantil, capaz de se aprofundar na questão. Lembre-se de que os pais também não precisam enfrentar mais essa preocupação sozinhos!

Que atitudes tornam a criança ansiosa ou pioram a ansiedade?

Muitos psiquiatras e psicólogos são categóricos em pontuar que as crianças de hoje são levadas, desde cedo, a envolver-se em inúmeras atividades além da escola, ficando, assim, muitas vezes expostas a cobranças recorrentes.

Para completar, os pequenos passam cada vez mais tempo hiperconectados, graças ao acesso que têm à tecnologia — o que estimula uma visão muito “instantânea e automática” do mundo.

Por tudo isso, é necessário observar os hábitos e comportamentos que, de maneira intencional ou não, podem contribuir para piorar esse quadro de ansiedade. Confira a seguir alguns desses hábitos e comportamentos, para evitá-los ao máximo!

Fazer cobranças em excesso

As cobranças que não consideram a individualidade e os limites da criança podem ter um efeito totalmente contrário à motivação, levando à insegurança, ao estresse e à ansiedade.

Então, é preciso estimular o desempenho escolar e das demais atividades do dia a dia, mas sem sobrecarregar as crianças para que elas sejam perfeitas. É fundamental considerar os gostos, os limites e a personalidade dos pequenos para potencializar suas habilidades, deixando-os confiantes para que consigam explorar o potencial que têm.

Relembrar de forma recorrente os erros

Todos os seres humanos erram, sejam crianças, sejam adultos. É importante aceitar que o erro faz parte da vida e é com eles que podemos aprender a acertar. Contudo, focar apenas nos erros das crianças pode deixá-las com medo de tentar novamente e fracassar, ficando, assim, completamente sem autoconfiança.

Por isso, quando o pequeno fizer algo de forma errada, o ideal é conversar e explicar por que aquilo não é o correto, mas jamais ficar remoendo isso depois. É importante também focar nas tentativas acertadas das crianças.

Não dar valor às pequenas conquistas da criança

Aprender a amarrar o cadarço do tênis, a olhar as horas… Toda a nossa vida, principalmente na infância, é feita de pequenas conquistas. Nem sempre as pessoas são as primeiras em tudo; no entanto, isso não significa que as experiências não permitem aprendizados relevantes.

É por isso que os adultos também devem valorizar os pequenos passos da criança. Não estamos dizendo que tudo tem que ser elogiado. Não é ficar dando recompensas para tudo, mas um “Muito bem, você está no caminho certo!” ou um “Parabéns por ter chegado até aqui!” podem fazer toda a diferença na autoconfiança e na autoestima da criança.

Expor problemas e frustrações do casal

Todos os casais têm problemas em casa. Divergências em estilo de vida, falta de tempo, separações e crises de dinheiro são algumas coisas inevitáveis. Porém, ficar expondo e discutindo essas questões na frente dos filhos pode fazer com que eles se sintam culpados, inseguros e ansiosos com o rumo que o futuro da família vai tomar.

Obviamente que, quando eles ficarem maiores, alguns assuntos deverão ser tratados. Afinal de contas, os filhos também são afetados direta ou indiretamente pelas decisões do casal. Porém, é preciso respeitar a idade e o tempo da criança, além de sempre conversar com ela de forma adequada.

Fazer tarefas no lugar da criança por não a considerar capaz

Embora o primeiro instinto dos pais seja sempre proteger seus filhos, é importante lembrar que a superproteção impede que as crianças aprendam a lidar com algumas consequências negativas das decisões tomadas, além de não permitir que elas aprendam com os seus erros.

Muitos pais realizam algumas tarefas no lugar dos filhos. Quando isso acontece, eles fazem com que as crianças pensem que não têm capacidade de cuidar de suas próprias coisas. Logo, isso as deixa inseguras sobre suas capacidades e habilidades.

Então, é preciso deixar o pequeno tentar, encorajá-lo e incentivá-lo, porque não é sempre que os pais estarão por perto para fazerem todas as coisas por ele.

Fazer muitas críticas

No processo de como ajudar um filho com ansiedade, é complicado quando muitos pais adotam uma criação bem rígida, com exigências e regras em excesso na rotina das crianças. Será mesmo que elas têm preparo para uma carga tão pesada assim?

Em Nova York, os pesquisadores da Binghamton University buscaram essa resposta. Eles analisaram a maneira como as crianças reagiam enquanto os responsáveis estavam fazendo críticas. Quando analisaram os resultados, os estudiosos concluíram que os filhos de pais muito críticos prestam bem menos atenção às expressões faciais, quando comparados às demais crianças.

Tal comportamento pode acabar afetando as relações com outras pessoas. Além disso, pode ser um dos motivos pelos quais as crianças expostas a altas críticas correm mais risco de desenvolverem ansiedade ou depressão.

Os pais que mostram comportamento de rejeição pelos filhos de forma constante, com críticas em excesso, podem levá-los a pensar que são inadequados, incompetentes, além de terem uma visão negativa do mundo.

Fazer comparações

“O Joãozinho nem estudou e tirou notas melhores que a sua.”. “O seu primo é excelente nos esportes. Você deveria se espelhar nele para ver se melhora.”. “O filho do vizinho ganhou uma medalha hoje na escola. Você nunca me deu esse tipo de orgulho; só serve para dar trabalho.”.

Já viu ou ouviu frases desse tipo serem ditas por adultos para crianças? Pois é, infelizmente, elas ocorrem mais do que deveriam em muitas famílias — e é necessário ficar de olho para não as reproduzir!

Não interessa se a criança fez algo que você reprovou ou não atendeu às suas expectativas. É importante entender que compará-la com outras pessoas, como familiares ou amigos, pode acabar impactando negativamente em sua autoconfiança.

Isso é válido, inclusive, até mesmo quando a intenção é motivar ou elogiar. Afinal, ao fazer uma comparação com outra pessoa, você cria um sentimento de disputa ou gera certa pressão, que pode causar insegurança e frustração.

Priorizar sempre os compromissos do trabalho

Ser ausente, prometer e não cumprir ou ser displicente com os compromissos da família são algumas atitudes que, sem dúvida alguma, impactam no desenvolvimento das crianças, deixando-as desconfiadas, inseguras e ansiosas.

Portanto, embora você esteja com o dia cheio de muitos compromissos de trabalho, é fundamental estar presente na rotina dos filhos. O medo, a tristeza e a ansiedade infantil vão fazer parte, sim, do crescimento dos pequenos; no entanto, não podem existir em excesso.

Mesmo que alguns acontecimentos obriguem as crianças a lidarem com frustrações e problemas de maneira impactante — e isso envolve, por exemplo, a separação dos pais, o nascimento de um irmão etc. —, quando esses sentimentos passam a criar pânico nos pequenos, paralisando-os, é necessário ter muita atenção.

Como agir em casos de crise de ansiedade?

Além do interesse em saber como ajudar um filho com ansiedade, muitos pais se questionam sobre como agir quando a criança entra em uma crise ansiosa, o que pode levá-la a ficar descontrolada emocionalmente, ter ataques de pânico ou, ainda pior, passar por episódios de despersonalização e desrealização — isto é, quando ela se sente separada do próprio corpo ou incapaz de reconhecer a realidade em volta dela, respectivamente.

Diante de casos assim, é fundamental que você mantenha a calma para não se tornar, mesmo sem intenção, uma fonte extra de estresse e irritação para a criança, o que só aumentará os sintomas que ela já está enfrentando.

Também é importante não cobrar, exigir ou impor que a criança melhore imediatamente, como se houvesse um interruptor de “liga e desliga” disponível para ela. O ideal é mostrar o seu carinho e apoio incondicionais, levando-a para um espaço mais reservado, calmo e silencioso.

A partir daí, você pode fazer junto dela alguns exercícios de respiração — o que é importante para melhorar a oxigenação no cérebro —, além de iniciar conversas relaxantes sobre coisas que são do seu interesse (como séries, desenhos, quadrinhos, brinquedos, entre outros). Aqui, vale qualquer coisa que funcione como uma distração e que a ajude a se afastar, pouco a pouco, dos sintomas da ansiedade.

Como é o tratamento do transtorno de ansiedade?

Não foi só uma vez que falamos até aqui sobre o acompanhamento profissional para ajudar um filho com ansiedade e recuperar a sua saúde mental. Porém, você deve se perguntar como ocorre esse processo e, em especial, o que acontece, não é mesmo? Por isso, reservamos este último tópico para esclarecer o assunto.

O tratamento da ansiedade se inicia com a psicoterapia semanal. Por meio de sessões de atendimento, o psicólogo vai levantar junto à criança as possíveis causas do problema e/ou os gatilhos que o acionam. Em paralelo, ele vai dar o suporte à criança para que ela fale sobre o que sente e consiga entender, de forma mais clara, pelo que está passando.

O psicólogo também vai ensinar alguns métodos para que a criança reduza os sintomas da ansiedade, controle os pensamentos invasivos e fique menos sensível aos gatilhos presentes em sua rotina. Por fim, o profissional também vai orientar os pais sobre como agir diante do caso e tornar o lar um lugar mais positivo e receptivo.

A atuação do médico psiquiatra ocorre mensalmente, em paralelo à atuação do psicólogo, complementando-a. No entanto, ao contrário do que acontece no tratamento de adultos — no qual são receitados medicamentos desde o início para controlar os sintomas do transtorno —, aqui o objetivo é evitar o uso de remédios, limitando-os a situações extremas.

Afinal, estamos falando de crianças, cujo organismo é mais sensível, e de fármacos muitas vezes fortes e que podem gerar efeitos colaterais significativos. Não é para menos que muitos psiquiatras recorrem à prescrição de produtos fitoterápicos.

Esses remédios são feitos à base de plantas medicinais (como camomila, valeriana, erva cidreira, maracujá, entre outras), que têm efeito cientificamente comprovado na redução do nível de ansiedade e não contam com elementos químicos em sua composição, o que facilita seu uso em diferentes faixas etárias.

Saber como ajudar um filho com ansiedade é uma tarefa multifatorial. Envolve mudanças de comportamento na relação com a criança dentro do núcleo familiar, incentivo a atividades que proporcionem bem-estar psicológico e emocional (como a prática de esportes e de leitura) e um acompanhamento terapêutico.

A partir desse mix de ações, você tem como proporcionar mais saúde mental ao seu filho, além de um ambiente acolhedor para ajudá-lo a superar qualquer dificuldade que surja ao tentar entender, lidar e controlar as manifestações da ansiedade. Dessa forma, a criança crescerá rodeada de carinho e bem-estar. E é exatamente isso que todos os pais desejam aos filhos, não é mesmo?

O que significa ser uma mãe suficientemente boa?

O modelo de maternidade perfeita, com aquela cena da família sempre feliz, com os filhos arrumadinhos e comportados, mães e pais radiantes e uma casa toda organizada está se tornando cada vez mais incomum. As pessoas já não compram mais esse ideal como antes e a maternidade perfeita se mostrou um caminho inalcançável, e nesse trajeto muitas pessoas acabam se desgastando e frustrando. Nesse contexto, um termo que tem se tornado cada vez mais difundido é o da mãe suficientemente boa.

Mas o que significa ser uma mãe suficientemente boa?

O conceito de mãe suficientemente boa foi apresentado pela primeira vez pelo pediatra e psicanalista inglês Donald Winnicott, também defensor do brincar como meio terapêutico para as crianças. Sua teoria sugere que quando a mãe tenta ser perfeita acaba sofrendo mais do que deveria, pois suas expectativas acabam sendo frustradas.

“O processo de se tornar uma mãe suficiente acontece ao longo do tempo e encontrando a suficiência as mães também encontrarão a tranquilidade na maternidade”, diz Mônica Pessanha, psicanalista de crianças e adolescentes e palestrante da oficina É possível ser uma mãe suficiente?.

A psicanalista explica que tentamos estar disponível constantemente e responder imediatamente nossos filhos quando eles são bebês e isso é importante para que eles se sintam seguros e amados. Mas também dá a sensação ao bebê de que a mãe é uma extensão sua e que é ela quem supre suas necessidades.

Quando a mãe mostra ao filho que cada um é uma pessoa, isso gera uma frustração natural na criança. A mãe suficientemente boa é aquela que frustra o filho ao mostrar que ele não terá seus desejos atendidos imediatamente, mas que também mostra que existe um tempo de espera e um limite e que ele não é sua extensão. Fazendo isso com a criança ainda pequena, a mãe está ajudando a se tornar uma pessoa resiliente.

A culpa…

“A maternidade é feita de aventuras, emoções, risos, lágrimas e de lições também. A mãe suficiente consegue dar um significado positivo para a falha porque ela sabe que pode tentar de novo”, explica a psicanalista. Portanto, nem assim a culpa deixará de existir, mas o sentimento de ter falhado pode ganhar um novo significado, cada vez mais leve.

As mães suficientemente boas perdem a paciência e cometem erros, mas principalmente…

  1. Se perdoam
  2. Entendem a importância do auto cuidado
  3. Se priorizam quando necessário
  4. Pedem ajuda sem culpa

E o pai?

Os pais, tão responsáveis pela criação dos filhos quanto as mães, também sentem o peso da cobrança pela perfeição e a culpa. A diferença está na intensidade do sentimento. “A função do pai, além de uma participação ativa na vida dos filhos, é também de promover segurança emocional para a mãe, para que ela tenha confiança em sua maternidade”, explica Mônica.

Mães e pais suficientemente bons

Tanto a maternidade, quanto a paternidade são reflexos vividos na nossa infância, nossas lembranças, experiências e interpretações. E à medida em que exploramos nosso autoconhecimento e percebemos comportamentos nossos que são, na verdade, um reflexo do que vivemos na nossa infância, fica mais fácil trabalhar naquilo para não repetir certas ações e falas com nossos pequenos e, assim, construir uma nova realidade. “Alguns mães e pais, sem perceber, podem superproteger os filhos, por exemplo, porque de alguma forma não foram protegidos na infância. Esses comportamentos podem ser cortados para que gerações futuras se formem. E é justamente esse o propósito da oficina que trabalho, lá conseguimos trabalhar essas questões mais profundas e explorar novos caminhos“, explica a psicanalista.

Qual o papel dos pais na prevenção à violência nas escolas?

Cada criança que morre, também morre um pouco da nossa esperança! Gostaríamos de começar esse texto com essa afirmação, pois é assim que nos sentimos quando acontece um ataque à escola. Nas últimas semanas fomos surpreendidos com uma onda de medo e violência nas escolas após um ataque armado a uma escola de educação infantil em Blumenau – SC.

Acreditamos que cada leitor tem um filho, neto, sobrinho e, naquele momento, este fato contribuiu para que pudéssemos ser ainda mais empáticos com as dores que aqueles pais e mães sentiram.

Nos fez nos conectarmos com suas dores, chorar e pensar como podemos contribuir para que crianças não sofram violência nas escolas ou em outros espaços onde estão para serem cuidadas e protegidas. Sabemos que a violência é um fenômeno causado por diversas dimensões. Porém, é importante pensar nos papéis e responsabilidades das famílias na prevenção a esse fenômeno.

Daí vêm algumas perguntas: Qual o nosso papel na prevenção da violência nas escolas, pai? Temos um papel relevante? Se temos, como podemos desenvolver? 

Vamos começar a responder estas perguntas. Nosso papel está na educação próxima e dialógica com os nossos filhos e filhas. A educação dialógica corresponde a uma educação baseada no cuidado, no afeto, no diálogo constante e com proximidade.

Pai, conversar com a criança desde a mais tenra idade não é perda de tempo, é necessidade primordial.

Aqui, eu quero trazer algumas dicas que podem ajudar nisso, pai: 

– Comer junto. 

Pai, sentar-se com a criança para realizar, ao menos uma refeição ajuda a entender a dimensão da família. Como já sabemos, o entendimento do conceito de família é amplo, já que família, segundo as Nações Unidas “é gente com quem se conta”. 

– Criar ambientes de brincadeiras entre o pai e a criança.

Brincadeiras em que hajam espaços para conversar sobre a brincadeira, refletindo sobre a brincadeira.

– Ler para as crianças.

Ler cria um ambiente de fortalecimento dos vínculos entre o contador da história e a criança

👉Ler com as crianças: uma forma de conectar pai e filho

– Jogar com a criança.

A partir da idade da criança, desenvolver o jogo que seja específico a sua faixa etária. E aqui, eu gostaria de abrir um parênteses para um diálogo importante:

Pai de meninos e meninas com idades para jogos na internet, é necessário monitorar o que eles e elas estão jogando; com quem estão jogando; que missões esses jogos determinam que as crianças desenvolvam.

Faz parte dos limites, em muitas situações dizer não! Todavia, pai, aconselhamos justificar a negação ao seu filho ou sua filha. Essa linha do limite e da concessão é muito tênue. E você vai precisar entender sempre o momento da imposição do limite. Pai, não há uma receita de bolo para isso. A paternidade, assim como a maternidade, muitas vezes, é um lugar que nos faz sentir culpados, mas a gente vai aprendendo a lidar diariamente com isso.

– Ensinar os nossos filhos a lidar com o não.

Pai, aqui vai uma dica, dizer não é importante no processo de educação. Nossos filhos e nossas filhas precisam aprender a lidar com a frustração. Nem sempre é fácil negar alguma coisa aos nossos pequenos. Nos causa sofrimento. Porém é possível fazer com amor e afeto. Justificar o não é necessário e pedagógico. Ainda que no início haja a famosa “birra” da criança, é possível acalmá-la e, assim, apontar o motivo.

– Criar a criança num ambiente saudável.

Estabelecer um ambiente distante de situações em que as crianças sejam testemunhas ou vítimas de práticas de violências (aqui estamos falando de violências verbais, violências físicas, violência sexual, assédio e todas as formas de violência). Onde elas, as crianças, não sejam incentivadas a praticar violências; onde elas conheçam os canais de denúncia para qualquer tipo de violência que presenciam ou sofram.

– Ser parceiro da escola.

Pai, seja aliado da unidade de ensino onde seu filho ou sua filha estuda. Participe das reuniões, sempre que possível. Coloque-se disponível para que a escola, sempre que julgar necessário, entre em contato com você. Frequente a escola sempre que for possível e necessário. Busque entender como seu filho ou sua filha está se desenvolvendo naquele ambiente. Desenvolva as atividades em casa com a sua criança.

👉Qual o papel do pai na adaptação escolar das crianças?

Na prática, pai, tudo isso vai ajudar para que nossos meninos e meninas não se desenvolvam como pessoas violentas, mas como indivíduos que contribuem para uma sociedade pacífica, que sensibilizam seus amigos e colegas para essas práticas. Dessa forma, o papel dos pais é fundamental para esse modelo de sociedade que precisamos construir.

Crianças são para crescer, e esperançar! Eu estou disposto a criar esse mundo! E você, pai?

Musicalização na educação infantil: benefícios e diversas possibilidades para colocar em prática

Ouvir música é um hábito que está presente antes mesmo de o bebê nascer. A relação que se estabelece por meio dos sons 🎼 é extremamente benéfica. Assim, a musicalização na educação infantil já faz parte do currículo escolar de muitas instituições e vem sendo protagonista no desenvolvimento das crianças.

Explorar esse recurso além da sala de aula, fazendo um trabalho conjunto, é uma excelente forma de garantir que os benefícios sejam potencializados e a criança cresça de maneira saudável física e emocionalmente.💗

Entenda mais sobre o conceito de musicalização infantil, seus ganhos para a criança e como aplicá-lo, na prática!

O que é musicalização infantil?

Pode-se definir a musicalização infantil 🎶 como atividades que estimulam o reconhecimento e a sensibilidade a sons e ritmos, colocando a criança, inclusive, como cocriadora de conhecimentos sobre esse tema.

Assim, o grande objetivo da musicalização na educação infantil é estimular as habilidades sociais, emocionais, físicas e psicológicas de maneira lúdica. Além disso, ela também contribui diretamente com o desenvolvimento da inteligência emocional. 💭

Vale ressaltar que a musicalização é tão importante quanto a leitura; ou seja, são ferramentas complementares que oferecem ganhos para a criança em diversos sentidos.

Os benefícios da musicalização na educação infantil

De forma mais prática, as atividades de musicalização infantil contribuem com muitos benefícios para as crianças de todas as idades.🧒🏼Saiba mais na sequência!

Desenvolvimento cognitivo

A música é um recurso que tem influência direta em algumas partes do cérebro humano 🧠, sendo um facilitador para o desenvolvimento cognitivo e, em especial, para a aprendizagem infantil.

Assim, o desenvolvimento infantil, em especial, escolar, tem ganhos significativos com o trabalho da musicalização na educação infantil.

Estimula a criatividade

A criatividade 📝 por si só é uma habilidade bastante presente nas crianças e pode — e deve — ser potencializada. A musicalização infantil pode ter uma influência de grande valia nesse processo.

A presença da arte 🎭 junto a conhecimentos técnicos permite que a criatividade seja elevada e que a criança crie conceitos e percepções a respeito de suas vivências com o fator criatividade como diferencial.

As brincadeiras para estimular a criatividade podem ser exploradas sob o viés da musicalização, da leitura 📖 e de diversas outras áreas.

Potencializa a concentração e memória

Se o desenvolvimento cognitivo tem ganhos expressivos com as atividades de musicalização infantil, isso também reflete na concentração e na 🧐 memória das crianças.

O envolvimento proporcionado pelo ritmo, pelos sons 🎧 e pelos instrumentos faz com que a criança esteja inteiramente presente naquele momento, desenvolvendo sua consciência sobre a importância da concentração e da memória.

Vale pontuar também que em um mundo de estímulos constantes, principalmente por meio das telas 💻a importância da musicalização na educação infantil também está nesse “respiro” de viver o momento.

Ajuda com a coordenação motora

A consciência corporal 👯 proporcionada pela musicalização na educação infantil traz à tona benefícios importantes para a coordenação motora das crianças. O uso de instrumentos musicais 🎻 nesses momentos faz com que os pequenos compreendam seus limites físicos e reconheçam suas habilidades.

Aliando a música com a dança, a criança pode também explorar movimentos do corpo, aumentando a sensação de bem-estar.

Desenvolve a confiança

Ao perceber que pode ir além, que se sente bem e que pode explorar seu corpo e sua mente com a musicalização infantil, a criança passa a se sentir mais confiante e sua autoestima é elevada.🙋🏼‍♂️ Isso gera reflexos por toda sua vida, contribuindo com sua formação de caráter e também sua socialização.

Como aplicar a musicalização na educação infantil?

Ao compreender a importância da 🎵 musicalização na educação infantil, é hora de saber como aplicá-la de maneira prática no dia a dia da criança, para que seja um processo natural e prazeroso.

Aula de musicalização

Em primeiro lugar, considerar uma sala confortável e aconchegante e um tapete para que as crianças possam tirar os calçados👟 e se sentar é importante. A preparação do ambiente reflete diretamente no engajamento dos pequenos.

Sobre os materiais, o mais comum é a bandinha rítmica, que são instrumentos de percussão🥁 em tamanho menor que o real, feitos especialmente para essa finalidade. Alguns exemplos são:

  • tambores;
  • chocalhos;
  • reco-recos;
  • ganzás;
  • triângulos;
  • pratos.

A partir desses instrumentos, pode-se fazer exercícios rítmicos, explorar diferentes sons 🔊 dos instrumentos e acompanhar canções do repertório infantil.

Juliana Abra, professora de música, também fala sobre as almofadas, que podem ter diversos propósitos.

“Sentar-se sobre elas no chão para trazer mais conforto, deitar-se para um relaxamento com música e também para delimitar espaços de atuação, como formar uma roda, uma fila ou usar a imaginação e transformar as almofadas em barco, avião etc.”

As aulas de música também podem contar com tecidos ou lenços para se trabalhar com movimentos e cores em diversas atividades, assim como as bolas ⚽, de diferentes cores, tamanhos e texturas.

“Dessa forma também utilizamos os copos que, além do movimento, possibilitam a percussão quando batidos sobre o chão, a mesa ou um banco. Tudo sempre aliado à música, é claro. Cabe ao professor em questão utilizar os materiais para trabalhar algum conceito musical ou propriedade do som. Por exemplo, passar os copos no “pulso” da música, ou seja, no ritmo apropriado.”

Como trabalhar a musicalização em casa?

Além do ambiente escolar, as atividades de musicalização infantil podem ser também exploradas em casa 🏠 com a família. Essa extensão da prática potencializa os benefícios da musicalização, além de reforçar os laços familiares.👨‍👩‍👧‍👦 Confira algumas ideias sobre como trabalhar a musicalização infantil em casa. ⤵️

A criação de canções 🎤 é um recurso que permite a inserção da musicalização em casa de maneira natural e que estimula a imaginação por meio da rotina. Criar músicas para algumas atividades pode ser extremamente benéfico para deixar o dia a dia mais leve.

Incentivar a expressão corporal por meio de palmas e batidas 👏🏼 também pode ser um exercício feito em família. Seja com novos ritmos, seja com cantigas ou também com aquela playlist que todos gostam.

Também é possível apresentar a musicalização infantil em filmes 🎦 que tenham músicas e cantigas. Essa relação entre diferentes tipos de arte é bastante rica para as crianças exercitarem a sua memorização.

A ludicidade da musicalização infantil com o uso de bonecos e fantoches ganha ainda mais encanto. Trabalhar com esses personagens🫅🏻 cantando, desenvolvendo sons e ritmos pode criar momentos únicos.

Musicalização infantil: arte e desenvolvimento

musicalização na educação infantil é um instrumento de desenvolvimento emocional, psicológico e físico para a criança 💝, possibilitando seu reconhecimento como ser humano, seu posicionamento diante dos demais e também sua relação nos espaços que ocupa.

Assim, é essencial trazer esse recurso para o dia a dia, não somente da escola, mas também em casa, com a família e os amigos. Isso permite criar momentos de diversão e interação.🧒🏼🧒🏼

O que é protagonismo infantil?

Provavelmente você já ouviu falar sobre protagonismo infantil 🤸 nas reuniões da escola, mas esse conceito precisa ir muito além dos muros das instituições de ensino e servir para a vida. Afinal, é extremamente importante dar espaço para a criança aprender e buscar conhecimento, reconhecendo seu papel na sociedade.

Mas será que você está incentivando esses comportamentos da melhor maneira? Aqui você vai conhecer mais sobre o tema e descobrir diversas maneiras de incentivar as crianças ao protagonismo infantil.

Afinal, o que é protagonismo infantil?

No dia a dia, muitas coisas precisam ser ensinadas para as crianças e há várias maneiras de fazer isso. Uma delas é fornecer um grande volume de informações e deixar a criança apenas ouvindo. Outra é incentivá-la a buscar por conhecimentos e ter mais autonomia no dia a dia.🎈

Essa segunda definição está bastante alinhada com o conceito de protagonismo infantil. É dessa maneira que se pode reconhecer os pequenos como indivíduos que conseguem participar do seu processo de desenvolvimento e que têm direito a isso.

Qual a importância do protagonismo infantil?

Agora que você já sabe o que é o protagonismo infantil, deve estar se perguntando: por que isso é tão importante? São vários os motivos, e aqui separamos 3 deles!

Preparação para a vida adulta

A sociedade precisa de pessoas preparadas para tomar decisões e fazer a diferença.✔ E é exatamente isso que o protagonismo infantil incentiva e ajuda a desenvolver.

Ao estimulá-lo, a família está formando um adulto preparado para os desafios que enfrentará. Quer uma dica para desenvolver esse protagonismo no seu filho? Aqui tem um livro infantil que traz o olhar das crianças sobre o mundo dos adultos.

Senso de responsabilidade

Quando as crianças percebem que podem fazer escolhas e que isso traz consequências (boas ou ruins), elas percebem que são responsáveis, mesmo que parcialmente, pelos resultados.

Isso estimula o senso de responsabilidade😉 ao mesmo tempo que cria autonomia e desenvolve a consciência sobre a importância de participar de discussões e decisões.

Desenvolvimento da empatia e da autoconfiança

Crianças incentivadas a ser protagonistas tendem a explorar mais o mundo ao seu redor. Posteriormente, a habilidade de refletir sobre o que foi vivido deve ser trabalhada. Com ela vem o desenvolvimento da autoconfiança.👍

Ao mesmo tempo, nesse processo, os pequenos compreendem que, da mesma forma que eles têm escolha, seus coleguinhas também têm direito a dar opiniões. Uma dica para consolidar esse aprendizado é oferecer livros que trabalhem a empatia com as crianças. Assim, passam a compreender melhor as ações dos demais.

Aprende a solucionar problemas

Quantos problemas por dia você soluciona? Quantos imprevistos encontra durante a semana? São muitos os desafios enfrentados na vida adulta. E isso também acontecerá quando as crianças crescerem.

Por isso, é importante preparar as crianças para que saibam resolver esses contratempos sem angústia.💖 Quando o protagonismo infantil é incentivado desde cedo, as crianças aprendem a fazer escolhas melhores. Consequentemente, a habilidade de solucionar problemas será desenvolvida — e isso os transformará em adultos mais preparados para a vida.

Como incentivar o protagonismo infantil? 6 dicas

Na hora de incentivar o protagonismo infantil, o que fazer? É mais simples do que imagina, veja só!

Incentive pequenas decisões

Na tentativa de proteger, é comum que a família decida tudo pelas crianças.👪 Mas agora que você sabe o que é protagonismo infantil e os benefícios que ele traz, provavelmente já percebeu que isso terá que mudar.

Claro que nem sempre é possível permitir que a criança decida. Afinal, ela está em processo de aprendizagem. Entretanto, algumas coisas podem ser escolhidas:

  • Qual livro vão querer comprar;
  • Se preferem roupa verde, amarela, azul, entre outras;
  • Qual desenho vão assistir;
  • Se preferem que o passeio de sábado seja no parquinho ou na praça.

Ouça

Falar é bom, mas é preciso ouvir as crianças. Abra espaço para o diálogo e incentive a criança a se expressar. Mostre que ela tem o direito de ter a sua própria opinião.

Proponha doações

O armário está cheio de roupas que não servem mais? Há brinquedos que já não são mais interessantes? Hora de doar! E a criança deve participar disso.😉Essa prática ajuda a criança a crescer com mais consciência do seu papel na sociedade. Além disso, colabora para que ela crie uma visão mais humana e real do mundo.

Crie ambientes acolhedores

Quando você abre espaço para o erro e para a refação, você cria ambientes que estimulam a autonomia.🥰 Consequentemente, você vai estimular o protagonismo infantil da sua criança.

Não tenha medo de errar — e se tiver, não repasse isso para seus filhos. Afinal, testar, falhar, refazer fazem parte da vida.

Desenvolva a consciência coletiva

protagonismo infantil também está muito ligado ao papel que a sua criança tem no mundo. E isso passa pela consciência coletiva,👯 por entender que ela não está só e que precisa colaborar com outras pessoas para crescer saudável e se manter como uma participante da sociedade.

Incentive o autoconhecimento

Pode parecer muito cedo para que a criança passe a se conhecer, mas nunca é tarde para se descobrir. Quando começamos a dar nome às emoções, aos sentimentos e às necessidades, fica mais fácil entender a si e aos outros. Isso ajuda a criar empatia e construir relacionamentos mais saudáveis.

Tudo o que você leu até aqui ajuda a criar uma criança protagonista no mundo, que se tornará um jovem e um adulto mais preparado para os desafios.

Apraxia da fala na infância: o que é e como tratar?

Algumas questões relacionadas à fala não podem ser percebidas logo nos primeiros meses de vida de um bebê, mas a partir de 2 anos, por exemplo, é possível identificar sinais de apraxia de fala na infância.

Essa condição pode ser bem simples de identificar, com os profissionais certos, e também de tratar. Para entender o que é apraxia de fala na infância, continue neste conteúdo e veja como descobrir, diagnosticar e fazer o tratamento corretamente. 01

O que é apraxia da fala?

Segundo a Associação Brasileira de Apraxia de Fala (AbraPraxia) é um tipo de transtorno neurológico que afeta a forma como a criança faz os movimentos para falar, ou seja, como se ela não soubesse de que forma mexer os lábios para se comunicar.

O que acontece é que, na apraxia da fala na infância, a criança consegue pensar no que quer dizer, mas não consegue converter o pensamento em palavras — ou seja, é um distúrbio motor, mas o raciocínio continua preservado.

Falar é um ato que exige muita sofisticação e envolve músculos da boca, da face, língua, palato e faringe, e em caso de apraxia é como se tivesse uma falha na comunicação entre o cérebro e os músculos responsáveis pela fala.

Isso não significa que ela não entenda, apenas tem uma dificuldade em produzir e sequenciar, o que compromete o desenvolvimento da fala.

Como saber se a criança tem apraxia da fala?

apraxia de fala na infância (AFI) pode afetar duas em cada mil crianças, podendo ser um fato isolado ou ter ligação com outros distúrbios.

É sempre importante que os responsáveis estejam atentos aos marcos de desenvolvimento de uma criança, para identificar previamente quando algo está fora do padrão.

É possível observar também alguns dos sintomas, como:

  • Geralmente são bebês mais quietos e emitem poucos sons;
  • Apresentam dificuldade em produzir sons de vogais e consoantes;
  • Atraso na fala;
  • Trocas na fala com muita frequência;
  • É difícil compreender o que a criança está falando;
  • Dificuldade em falar palavras mais extensas — quanto maior a palavra, maior a dificuldade;
  • A melodia da fala é diferente, lenta ou estranha;
  • Pode apresentar outras dificuldades motoras, como para se alimentar ou mastigar.

Como é feito o diagnóstico?

O profissional responsável por avaliar e diagnosticar uma criança com suspeita de apraxia de fala é o fonoaudiólogo, por meio de exames musculares, testes clínicos, de imagem e reprodução de sons com outros médicos especializados.

Os pais podem marcar uma consulta caso tenham identificado um ou mais sintomas citados acima.

Com que idade é diagnosticada a apraxia da fala?

Esse distúrbio pode ser notado a partir dos 2 anos, pois é nessa faixa que a criança começa a se expressar melhor, formando frases, e já tem um vocabulário rico para se expressar.

Como é feito o tratamento da apraxia?

Agora que você já compreendeu o que é, deve estar se perguntando como tratar apraxia de fala na infância? A apraxia da fala tem cura? E a resposta é sim! A apraxia tem cura e o tratamento, durante todo o período, é feito com fonoaudiólogo em conversas para o desenvolvimento da criança.

É importante estar sempre atento aos sinais que o bebê pode dar, e a ajuda da família e envolvimento no tratamento é essencial para o resultado. Confira algumas dicas para desenvolver a fala do seu bebê durante esse momento:

  • Inclua no ambiente familiar músicas infantis, principalmente as com vocabulário de fácil compreensão, pois auxiliam no desenvolvimento da linguagem;
  • Assista a vídeos produzidos por fonoaudiólogas ensinando sobre pronúncia e palavras por sílabas às crianças, costumam focar bem na forma de abertura da boca e movimento da língua;
  • Busque informações e estudos além das consultas, para saber a melhor forma de ajudar;
  • Converse na escola e solicite ajuda dos professores;
  • Proporcione um ambiente seguro e compreensivo à criança, para que se sinta confortável durante o processo.

A leitura também pode ser um ponto crucial no desenvolvimento da fala, mesmo para aqueles que ainda não sabem ler e vão contar com a ajuda dos responsáveis neste momento.

Por meio da contação de histórias ela terá repertório suficiente para reproduzir posteriormente, auxiliando na prática de cura da apraxia de fala infantil. Não é a coisa mais fofa ver um bebê tentando contar do seu jeito sobre a narrativa de um livro? Experimente na sua casa também!

O ideal é que todos participem, seja em casa ou na escola, para haver uma melhora significativa e a criança não encontrar maiores prejuízos a curto e longo prazo.