Ansiedade infantil: dicas para ajudar a família!

ansiedade infantil é um desafio comum e está presente em diversas situações. Ela se caracteriza por um sentimento de antecipação – na maioria das vezes preocupação – a algo futuro, que ainda não aconteceu, mas que pode atrapalhar a funcionalidade da criança em seu dia a dia.

Quando manejada de maneira correta, a ansiedade pode ser importante como um sinal de alerta a uma situação potencialmente perigosa, auxiliando a criança a responder e se adaptar de modo que ela se proteja.

No entanto, quando esse sentimento passa a interferir na vida da criança e em suas atividades rotineiras, é importante prestar atenção e para auxiliá-la a lidar com as emoções que podem surgir.

Como lidar com a ansiedade infantil?

Para ajudar pai, mãe e responsáveis, trouxemos dicas valiosas que vão ajudar a lidar com a ansiedade da sua criança. Confira:

✨ Comunique-se com a criança
Incentive a criança a falar sobre seus sentimentos e preocupações. Ouça atentamente e valide suas emoções, mostrando compreensão e empatia.

✨ Estabeleça uma rotina
Crie uma rotina consistente para a criança, incluindo horários regulares para refeições, sono e atividades. Isso pode proporcionar uma sensação de segurança.

✨ Ensine técnicas de relaxamento
Ensine à criança técnicas simples de relaxamento, como respiração profunda, contar até 10, ou exercícios de relaxamento muscular. Praticar essas técnicas em família é uma ótima maneira de compartilhar momentos.

✨ Promova um ambiente tranquilo
Crie um ambiente em casa que seja calmo e livre de estímulos excessivos. Isso pode ajudar a reduzir a ansiedade da criança.

✨ Estimule a atividade física
Incentive a prática de atividades físicas, que podem ajudar a liberar a tensão e reduzir a ansiedade. Esportes e brincadeiras ao ar livre são boas opções.

✨ Ensine habilidades de enfrentamento
Ajude a criança a desenvolver estratégias de enfrentamento, como a resolução de problemas e a mudança de pensamentos negativos para positivos.

✨ Evite superproteger
Embora seja importante oferecer apoio, evite superproteger a criança. Isso pode aumentar a ansiedade. Encoraje-a a enfrentar desafios de forma gradual.

✨ Limite a exposição a gatilhos de ansiedade
Se possível, limite a exposição da criança a situações ou estímulos que desencadeiam ansiedade. Enfrentar situações que apareçam em momentos específicos pode ser bom, mas expor a criança propositalmente a situações desconfortáveis pode potencializar a ansiedade e o medo.

✨ Busque ajuda profissional
Se a ansiedade da criança persistir ou interferir significativamente em sua vida diária, considere procurar a ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo infantil. Eles podem oferecer avaliação e tratamento adequados, como terapia cognitivo-comportamental.

✨Promova um ambiente de apoio
Certifique-se de que a criança se sinta amada e apoiada. Reforce que ela pode contar com você e outros cuidadores para ajudá-la a lidar com a ansiedade.

Lidar com a ansiedade em crianças pode ser desafiador, mas com paciência, compreensão e apoio adequado, é possível ajudá-las a desenvolver habilidades para gerenciar seus sentimentos e preocupações de forma saudável.
Lembre-se de que cada criança é única, portanto, é importante adaptar essas estratégias às necessidades individuais de seu filho. ❤️🫂

Como envolver a família toda na educação das crianças?

Aprender a ler e escrever, fazer cálculos, conhecer a história dos povos e onde ficam os países… Mas a educação das crianças vai muito além das disciplinas tradicionais e formais de sala de aula. Aprender sobre respeito, organização, empatia e colaboração, por exemplo, é igualmente fundamental. E envolver a família nesse processo é indispensável.

A educação é uma parte importante da vida das crianças, é algo que elas levarão para o futuro e para a vida adulta. Sendo assim, o ato de envolver a família toda nesse processo pode fazer toda a diferença!

A educação das crianças na infância

Acordar cedo, tomar o café da manhã, sentar para assistir desenho e… de repente, precisar abandonar tudo. O dever de casa está chamando, e a tarefa precisa ser feita antes de ir para a escola.

Gramática, ciências, matemática, geografia, história e tantas outras disciplinas que aprendemos ao longo da vida escolar. Grande parte do que aprendemos em sala de aula, e também em casa, com as lições, levamos para a vida toda.

O desejo por estudar vai aumentando conforme a curiosidade da criança também cresce. Com o passar dos tempos, ela quer saber cada vez mais sobre o corpo humano, sobre os antepassados e sobre os números.

Cada matéria tem um perfil, e cada professor ou professora, um modo de ensinar que cativa os alunos e as alunas. Com a ajuda dos amiguinhos, dos colegas de sala e de toda a família, todo aprendizado fica muito mais fácil.

Vale lembrar que a escola, bem como toda a comunidade ao seu entorno, ensinam muito além dos materiais tradicionais. O papel da educação, na verdade, é muito mais extenso e rico, despertando outras habilidades nos pequenos.

As competências socioemocionais

As chamadas competências socioemocionais são essenciais para o desenvolvimento do ser humano. É por meio delas que ele descobre inúmeras habilidades que ele possui, e que muitas vezes estão escondidas.

Essas habilidades não confrontam com as disciplinas regulares da escola. Ao contrário, unem-se a elas abrindo novas possibilidades e janelas de oportunidades para o crescimento dos pequenos.

Aqui também vale o esforço de envolver a família, já que quanto maior for a participação dos pais, melhores serão os resultados. Entre as competências socioemocionais, podemos destacar algumas delas, a saber:

  • Empatia
  • Coragem
  • Resiliência
  • Colaboração
  • Pensamento crítico e análitico
  • Autoconsciência e autogestão
  • Responsabilidade
  • Criatividade

Todas essas habilidades ganham ainda mais força se trabalhadas juntamente com as aprendizagens do ensino infantil regular. Após apreender essas competências, é imprescindível que os pequenos aprendam como transferi-las para o convívio em sociedade.

E com o auxílio de papais e mamães, a internalização desses conceitos fica mais fácil. E é por isso que envolver a família pode agregar enormes benefícios aos pequenos e às pequenas.

Por que envolver a família é saudável?

Por si só, as crianças podem não serem ainda dotadas da capacidade de saber exatamente quais são suas habilidades. Tampouco conseguem determinar com precisão quais as suas preferências.

Neste sentido, envolver a família neste processo de descoberta e realização é parte da jornada. Pais presentes transformam os momentos de estudo em verdadeiras conquistas pessoais de seus filhos.

Envolver a família na educação dos pequenos traz ganhos importantes para o processo de ensino-aprendizagem. Além de assegurar mais confiança à ela, a presença dos pais contribui para fortalecer os vínculos entre criança e escola.

Os pais são o primeiro exemplo da vida adulta de uma criança, e grande parte do que elas conhecem do mundo. Os pais são os responsáveis por transmitir informações essenciais para o crescimento dos pequenos, tais como:

  • Respeito às diferenças
  • Aceitar os erros e procurar melhorar sempre
  • Motivação na hora dos estudos
  • Transformar curiosidade em conhecimento
  • A superação de desafios

Além do mais, envolver a família na educação e no desenvolvimento das crianças é uma forma de apoiar seus sonhos. O importante é contribuir para a realização de seus planos e projetos, e comemorar as pequenas vitórias ao lado deles.

A importância da figura paterna para o desenvolvimento infantil

importância da figura paterna para o desenvolvimento infantil vai além do que costumamos imaginar. Por exemplo, o próprio pai tem benefícios com a paternidade. Segundo pesquisa feita pela academia americana de ciências National Academy of Scienceshomens que se tornam pais tendem a ficar menos agressivos e mais sensíveis. Já para a criança, a participação ativa dos pais (ou o substituto dele) é essencial para seu desenvolvimento cognitivo e socioemocional.

Mas isso não significa que as mães não exerçam esse papel também. Normalmente mães e pais têm estilos distintos de comunicação e interação, além de papéis diferentes na educação dos filhos. A mãe vivencia uma união com o bebê logo nos primeiros meses de vida. Seus cuidados fazem com que a criança sinta-se o centro das atenções. Com isso, a relação entre bebê e mãe se torna mais próxima.

Com o passar dos dias, meses e anos, a figura paterna torna-se igualmente importante para a criança. A presença sempre ativa e constante do pai nessa relação pode ajudar as crianças a se sentirem seguras ao expandirem suas experiências pelo mundo. É comum que o pai desafie a criança a ultrapassar seus limites quando estimula que ela balance mais alto, por exemplo. Ou que ensine sobre justiça e direito quando fala sobre regras, enquanto a mãe fala sobre empatia e relações interpessoais.

E quando o pai não é presente?

A ausência do pai pode gerar insegurança ou até agressividade para a criança. Na escola, por exemplo, isso pode se refletir através da dificuldade de concentração e baixo rendimento escolar. No entanto, isso não é uma regra ou algo que não possa ser restaurado. A ausência do pai não necessariamente representa a ausência da representação da figura paterna, ou do masculino. Segundo a psicoterapeuta infantil e adolescente Monica Pessanha, “essa função pode ser feita por qualquer pessoa e irá permear o caminho da criança até a fase adulta”.

Estimulando o convívio entre pais e filhos

Além das tarefas do dia a dia, outra importante forma de criar ou aumentar o vínculo entre as crianças e os pais é por meio das brincadeiras. A psicoterapeuta sugere brincadeiras antigas, que quase nunca demandam um tempo muito longo ou muitos objetos para acontecerem. Jogos de tabuleiro, cinco marias, guerra de dedos, pedra papel ou tesoura… São brincadeiras simples que já tornam a relação entre pai e filhos muito mais próxima.

15 coisas para fazer antes que os filhos cresçam

Na correria do dia a dia, nem sempre nos damos conta da passagem do tempo. Impressionante como olhamos para o calendário fixo à nossa geladeira e nos surpreendemos com a rapidez com que as folhinhas dos meses são retiradas de lá.

Sem aviso, as palavras que nossos filhos pronunciavam com os adoráveis erros fonéticos dos primeiros anos de vida começaram a ser faladas com perfeição. As fraldas, que ocupavam um enorme espaço nas gavetas, se foram para não mais voltar.

Onde está aqueles bebezinhos que moravam em nossa casa? Deu lugar à uma linda menininha ou menininho, que a cada nova fase nos apresenta novos desafios e alegrias. E, por incrível que pareça (porque dá um trabalho enorme cuidar de criança pequena!), sinto que sentiremos saudades de muitas coisas que vivemos nos dias de hoje.

Imagino que você tenha o mesmo sentimento. Por isso, acredito que vá se identificar com a lista das coisas que sugerimos fazer antes que os filhos cresçam. Ao final, nos conte como você poderia complementá-la, combinado?

15 coisas para fazer antes que os filhos cresçam

1. Segurá-lo por uma hora inteira, enquanto ele descansa em seus braços (lembre-se de que em pouco tempo seu corpo não caberá mais nesse mesmo espaço).

2. Sentir sua mão que a agarra com força, apesar de ter o tamanho do dedo mindinho.

3. Cheirar seu cabelo, na tentativa de guardar para sempre na memória aquele aroma de bebê.

4. Fazer caretas e vê-lo gargalhar. E perceber que a alegria não depende de mais nada.

5. Deixá-lo dormir em sua cama naquela noite terrivelmente fria de inverno.

6. Levá-lo à praia e passar uma tarde inteira pegando conchinhas.

7. Marcar sua altura na mesma parede, a cada ano que passa.

8. Comer chocolate escondido e vê-lo se perguntar de onde vem aquele cheirinho gostoso (que dó!).

9. Inventar a história mais sem pé nem cabeça que lhe passar pela cabeça. Ele não discutirá o porquê “da girafa ter entrado no disco voador para ir à festa que a vovó está fazendo no quintal de casa”. Além disso, aproveitar também os momentos de leitura compartilhada com o pequeno.

10. Aproveitar o título de mãe (ou pai) mais sabido do universo.

11. Brincar de esconde-esconde e vê-lo com metade do corpo para fora do esconderijo, certo de que está muito bem escondido.

12. Tomar chá imaginário, comer a comida do restaurante que ele acabou de abrir ou brincar de super-herói (com direito a correr com capa pela casa).

13. Fazer com as próprias mãos seu bolo de aniversário (aproveite que nessa fase ele sempre dirá que ficou lindo, independente de seu grau de inabilidade para a tarefa).

14. Abraçá-lo com todas as suas forças na saída da escola. Em alguns anos, isso será considerado “pagar o maior mico com a galera”.

15. Dizer “eu te amo” todos os dias! Para que nunca, sequer por um segundo, ele deixe de acreditar que você estará lá sempre que ele precisar.

 

Por que é importante dar limites às crianças e como fazer isso de forma respeitosa?

entre o afeto, a permissividade e a autoridade nem sempre é uma tarefa fácil, mas é extremamente importante. O “não” que a criança ouve dos pais, na medida certa, pode ser uma boa maneira de ensiná-la a lidar com as frustrações e as emoções que surgem quando as coisas não saem como ela planeja.

O “não” traz uma frustração e a frustração traz raiva. Ensinar os pequenos a lidarem com esse tipo de sentimento é fundamental para que eles amadureçam, já que quando jovens eles ainda não sabem administrar muito bem as emoções, especialmente aquelas que são consideradas negativas.

Os limites ajudam a dar contorno à criança e, mesmo que ela pareça não gostar, trazem sensação de segurança, proteção e acolhimento.

6 Dicas para ajudar a dar limites para as crianças de forma respeitosa

Agora, como tudo na nossa vida, o equilíbrio é fundamental! Dar limite não significa falar não o tempo todo e nem ser autoritário. É preciso dosar o que cabe em cada situação. Para isso, algumas dicas podem ajudar:

  1. Pensem primeiro entre os adultos quais regras são mais importantes para o dia a dia da casa e da família e em seguida conversem com as crianças.
  2. Evitem criar regras demais – tudo em excesso perde o sentido.
  3. Expliquem o motivo de cada uma das regras de forma clara e como cada um pode colaborar – exigir algo “porque eu estou mandando” não é legal.
  4. Estejam abertos a negociações e escutem as colocações das crianças – é muito mais fácil que todos se comprometam com aquilo o que definiram juntos do que com algo que foi imposto.
  5. Saibam que existem exceções – ceder de vez em quando a um pedido da criança ou em uma situação específica também faz parte. Apenas deixe claro que a regra não está sendo mudada, mas que vocês estão adaptando um caso em particular.
  6. Estejam sempre abertos ao diálogo. Não existem nada melhor e mais benéfico para o bem estar de todos do que uma boa conversa.

Recompensar as crianças funciona?

Se tem uma coisa que todos os pais concordam é que educar os filhos é a tarefa mais difícil que existe, certo? Pois é, mas apesar da dificuldade, essa também é a tarefa mais importante do mundo. O grande problema é que para fazer isso não existe manual de instruções ou regras que sempre dão certo ou errado. Na maioria das vezes, a gente vai aprendendo na prática, querendo acertar sempre, mas errando de vez em quando. E está tudo bem! Criar os filhos também é um processo de aprendizado. Na tentativa de educar e fazer com que as crianças colaborem em casa, algumas famílias optam por recompensar as crianças diante das tarefas realizadas. Mas será que esse método realmente funciona ou traz algum tipo de risco?

Recompensar as crianças funciona?

É claro que as crianças (assim como os adultos) precisam ser motivadas e estimuladas no dia a dia, mas isso não necessariamente significa que elas precisam ganhar um prêmio toda vez que fizerem algo que foi pedido.

Nesses casos, existe a chance de que elas comecem a barganhar e só colaborem ou realizem suas tarefas se receberem algo em troca. Além disso, as crianças podem introjetar a ideia de que apenas o resultado é importante, e não o processo em si.

Qual a alternativa então?

Mas dessa forma, o que pode ser feito para estimular a cooperação dos pequenos e o comprometimento deles com seus afazeres?

1 – Estabeleçam juntos uma lista de direitos e deveres. Pensem no que é responsabilidade das crianças e no que elas têm direito, sempre tendo em vista metas reais e adequadas a idade de cada uma delas.

2 – Atente-se ao processo e à evolução das crianças, não apenas nos resultados.

3 – Valorizem os novos aprendizados e conquistas.

4 – Certifiquem-se de que estão cumprindo a parte de vocês nos combinados, sem prometer nada que não possam fazer.

5 – Abram espaço para dialogar. Permitam que as crianças possam falar sobre o que sentem.

É claro que vez ou outra uma recompensa pode acontecer, mas é preciso que esses casos sejam muito pontuais. 

Uma boa alternativa para ajudar as crianças a entenderem o processo é mostrar os ganhos secundários com a colaboração de todos.

Por exemplo: ao invés de dizer ao filho “se você guardar seus brinquedos rapidamente todos os dias dessa semana você ganha um prêmio no final dela”, vale mais a pena dizer “se você guardar seus brinquedos rapidamente, sobra um tempinho para lermos uma história antes de dormir, que tal?”.

Dessa forma, aos poucos e com paciência a criança vai ganhando maturidade e deixa de associar suas responsabilidades a premiações que muitas vezes não tem relação nenhuma com a tarefa. Aos pouquinhos, ela vai percebendo as consequências de realizar ou não uma atividade e, dessa forma, vai aprendendo a se disciplinar e ser mais colaborativa.

O que significa ser uma mãe suficientemente boa?

O modelo de maternidade perfeita, com aquela cena da família sempre feliz, com os filhos arrumadinhos e comportados, mães e pais radiantes e uma casa toda organizada está se tornando cada vez mais incomum. As pessoas já não compram mais esse ideal como antes e a maternidade perfeita se mostrou um caminho inalcançável, e nesse trajeto muitas pessoas acabam se desgastando e frustrando. Nesse contexto, um termo que tem se tornado cada vez mais difundido é o da mãe suficientemente boa.

Mas o que significa ser uma mãe suficientemente boa?

O conceito de mãe suficientemente boa foi apresentado pela primeira vez pelo pediatra e psicanalista inglês Donald Winnicott, também defensor do brincar como meio terapêutico para as crianças. Sua teoria sugere que quando a mãe tenta ser perfeita acaba sofrendo mais do que deveria, pois suas expectativas acabam sendo frustradas.

“O processo de se tornar uma mãe suficiente acontece ao longo do tempo e encontrando a suficiência as mães também encontrarão a tranquilidade na maternidade”, diz Mônica Pessanha, psicanalista de crianças e adolescentes e palestrante da oficina É possível ser uma mãe suficiente?.

A psicanalista explica que tentamos estar disponível constantemente e responder imediatamente nossos filhos quando eles são bebês e isso é importante para que eles se sintam seguros e amados. Mas também dá a sensação ao bebê de que a mãe é uma extensão sua e que é ela quem supre suas necessidades.

Quando a mãe mostra ao filho que cada um é uma pessoa, isso gera uma frustração natural na criança. A mãe suficientemente boa é aquela que frustra o filho ao mostrar que ele não terá seus desejos atendidos imediatamente, mas que também mostra que existe um tempo de espera e um limite e que ele não é sua extensão. Fazendo isso com a criança ainda pequena, a mãe está ajudando a se tornar uma pessoa resiliente.

A culpa…

“A maternidade é feita de aventuras, emoções, risos, lágrimas e de lições também. A mãe suficiente consegue dar um significado positivo para a falha porque ela sabe que pode tentar de novo”, explica a psicanalista. Portanto, nem assim a culpa deixará de existir, mas o sentimento de ter falhado pode ganhar um novo significado, cada vez mais leve.

As mães suficientemente boas perdem a paciência e cometem erros, mas principalmente…

  1. Se perdoam
  2. Entendem a importância do auto cuidado
  3. Se priorizam quando necessário
  4. Pedem ajuda sem culpa

E o pai?

Os pais, tão responsáveis pela criação dos filhos quanto as mães, também sentem o peso da cobrança pela perfeição e a culpa. A diferença está na intensidade do sentimento. “A função do pai, além de uma participação ativa na vida dos filhos, é também de promover segurança emocional para a mãe, para que ela tenha confiança em sua maternidade”, explica Mônica.

Mães e pais suficientemente bons

Tanto a maternidade, quanto a paternidade são reflexos vividos na nossa infância, nossas lembranças, experiências e interpretações. E à medida em que exploramos nosso autoconhecimento e percebemos comportamentos nossos que são, na verdade, um reflexo do que vivemos na nossa infância, fica mais fácil trabalhar naquilo para não repetir certas ações e falas com nossos pequenos e, assim, construir uma nova realidade. “Alguns mães e pais, sem perceber, podem superproteger os filhos, por exemplo, porque de alguma forma não foram protegidos na infância. Esses comportamentos podem ser cortados para que gerações futuras se formem. E é justamente esse o propósito da oficina que trabalho, lá conseguimos trabalhar essas questões mais profundas e explorar novos caminhos“, explica a psicanalista.

Qual o papel dos pais na prevenção à violência nas escolas?

Cada criança que morre, também morre um pouco da nossa esperança! Gostaríamos de começar esse texto com essa afirmação, pois é assim que nos sentimos quando acontece um ataque à escola. Nas últimas semanas fomos surpreendidos com uma onda de medo e violência nas escolas após um ataque armado a uma escola de educação infantil em Blumenau – SC.

Acreditamos que cada leitor tem um filho, neto, sobrinho e, naquele momento, este fato contribuiu para que pudéssemos ser ainda mais empáticos com as dores que aqueles pais e mães sentiram.

Nos fez nos conectarmos com suas dores, chorar e pensar como podemos contribuir para que crianças não sofram violência nas escolas ou em outros espaços onde estão para serem cuidadas e protegidas. Sabemos que a violência é um fenômeno causado por diversas dimensões. Porém, é importante pensar nos papéis e responsabilidades das famílias na prevenção a esse fenômeno.

Daí vêm algumas perguntas: Qual o nosso papel na prevenção da violência nas escolas, pai? Temos um papel relevante? Se temos, como podemos desenvolver? 

Vamos começar a responder estas perguntas. Nosso papel está na educação próxima e dialógica com os nossos filhos e filhas. A educação dialógica corresponde a uma educação baseada no cuidado, no afeto, no diálogo constante e com proximidade.

Pai, conversar com a criança desde a mais tenra idade não é perda de tempo, é necessidade primordial.

Aqui, eu quero trazer algumas dicas que podem ajudar nisso, pai: 

– Comer junto. 

Pai, sentar-se com a criança para realizar, ao menos uma refeição ajuda a entender a dimensão da família. Como já sabemos, o entendimento do conceito de família é amplo, já que família, segundo as Nações Unidas “é gente com quem se conta”. 

– Criar ambientes de brincadeiras entre o pai e a criança.

Brincadeiras em que hajam espaços para conversar sobre a brincadeira, refletindo sobre a brincadeira.

– Ler para as crianças.

Ler cria um ambiente de fortalecimento dos vínculos entre o contador da história e a criança

👉Ler com as crianças: uma forma de conectar pai e filho

– Jogar com a criança.

A partir da idade da criança, desenvolver o jogo que seja específico a sua faixa etária. E aqui, eu gostaria de abrir um parênteses para um diálogo importante:

Pai de meninos e meninas com idades para jogos na internet, é necessário monitorar o que eles e elas estão jogando; com quem estão jogando; que missões esses jogos determinam que as crianças desenvolvam.

Faz parte dos limites, em muitas situações dizer não! Todavia, pai, aconselhamos justificar a negação ao seu filho ou sua filha. Essa linha do limite e da concessão é muito tênue. E você vai precisar entender sempre o momento da imposição do limite. Pai, não há uma receita de bolo para isso. A paternidade, assim como a maternidade, muitas vezes, é um lugar que nos faz sentir culpados, mas a gente vai aprendendo a lidar diariamente com isso.

– Ensinar os nossos filhos a lidar com o não.

Pai, aqui vai uma dica, dizer não é importante no processo de educação. Nossos filhos e nossas filhas precisam aprender a lidar com a frustração. Nem sempre é fácil negar alguma coisa aos nossos pequenos. Nos causa sofrimento. Porém é possível fazer com amor e afeto. Justificar o não é necessário e pedagógico. Ainda que no início haja a famosa “birra” da criança, é possível acalmá-la e, assim, apontar o motivo.

– Criar a criança num ambiente saudável.

Estabelecer um ambiente distante de situações em que as crianças sejam testemunhas ou vítimas de práticas de violências (aqui estamos falando de violências verbais, violências físicas, violência sexual, assédio e todas as formas de violência). Onde elas, as crianças, não sejam incentivadas a praticar violências; onde elas conheçam os canais de denúncia para qualquer tipo de violência que presenciam ou sofram.

– Ser parceiro da escola.

Pai, seja aliado da unidade de ensino onde seu filho ou sua filha estuda. Participe das reuniões, sempre que possível. Coloque-se disponível para que a escola, sempre que julgar necessário, entre em contato com você. Frequente a escola sempre que for possível e necessário. Busque entender como seu filho ou sua filha está se desenvolvendo naquele ambiente. Desenvolva as atividades em casa com a sua criança.

👉Qual o papel do pai na adaptação escolar das crianças?

Na prática, pai, tudo isso vai ajudar para que nossos meninos e meninas não se desenvolvam como pessoas violentas, mas como indivíduos que contribuem para uma sociedade pacífica, que sensibilizam seus amigos e colegas para essas práticas. Dessa forma, o papel dos pais é fundamental para esse modelo de sociedade que precisamos construir.

Crianças são para crescer, e esperançar! Eu estou disposto a criar esse mundo! E você, pai?

O perigo dos rótulos na infância

Você já parou para pensar o impacto dos rótulos na infância e como a nossa visão sobre as crianças espelham a visão que elas têm sobre si mesmas? Tudo aquilo que falamos sobre elas deixa uma marca e vai contribuindo para a formação da autoestima e autoimagem delas.

Dizer que uma criança é bagunceira, desorganizada, agitada, teimosa, entre outras coisas, pode influenciar diretamente a percepção que elas têm de si e a forma como se colocam no mundo, diante dos outros. Confira mais detalhes abaixo:

O perigo dos rótulos na infância

Os rótulos na infância são perigosos! Em qualquer fase da vida, mas especialmente nesse período, quando estamos nos descobrindo, amadurecendo e formando nossa visão sobre tudo.

Os olhos dos adultos, especialmente dos pais, funcionam como espelhos para as crianças e elas se enxergam a partir deles. Se uma delas escuta diversas vezes que é “terrível” pode aos poucos se identificar com esse rótulo, se convencer disso e imaginar que é assim que ocupa seu lugar no mundo, que esse é seu papel.

Dessa forma, o prejuízo pode ser tão grande que uma criança seja impedida de descobrir suas qualidades e potencialidades antes mesmo de tentar, porque já foi desacreditada anteriormente.

Como podemos agir para evitar que os rótulos na infância aconteçam?

A resposta é simples: evitando os rótulos! Se a criança se comporta mal, descumpre um combinado ou tem uma atitude que não é boa, os pais podem reprovar o comportamento dizendo que aquilo não foi bacana, mas jamais reprovar a criança. Dizer “sua atitude não foi legal” é diferente de dizer “você não é legal”.

Além disso, quando a criança demonstrar cooperação, parceria ou cumprir com os combinados, os pais devem elogiar sua atitude, afastando os rótulos negativos e incentivando a criança.

Dessa forma, ela poderá ganhar confiança em si mesma e se arriscar em novos aprendizados, com a certeza de que, se falhar, terá o apoio que precisa para consertar o erro e seguir em frente.

Escrita espelhada

A escrita espelhada trata-se de uma escrita invertida (da direita para esquerda), que é muito comum durante o processo de aprendizado da escrita e alfabetização. Assim que a criança começa a escrever as primeiras palavras essa troca irá aparecer algumas vezes, mas caso ela cresça e mantenha esta característica, é preciso se atentar a esta questão. Por isso, vamos explicar um pouco sobre as causas deste tipo de escrita e o que se pode fazer para mudar este quadro.

A primeira possível causa da escrita espelhada é o problema de algumas crianças, principalmente as canhotas, com a lateralidade. De acordo com especialistas, isso ocorre pois há uma preponderância de um hemisfério do cérebro, sendo o hemisfério direito no caso das pessoas canhotas. Sendo assim, é normal que crianças canhotas desenvolvam essa maneira de escrever, já que é algo natural delas, pois estão agindo de acordo com sua forma de ver o mundo e executar as ações.

O outro fator que gera essa característica, é um problema em relação a percepção. Entre os 4 aos 7 anos acontece o processo de desenvolvimento da percepção e das habilidades motoras. Dessa forma, as crianças nesta fase têm maior dificuldade em reconhecer todas as formas das letras ou passá-las para o papel.

Por fim, é preciso destacar que a escrita espelhada está associada à dislexia, mas ela não é um sintoma exclusivo desse transtorno. Assim, pode ser que seja apenas uma dificuldade momentânea, já que a criança está em processo de construção da escrita. Mas de qualquer forma, esteja atenta a outros sinais que possam surgir e estejam relacionados a tal transtorno.
Diante desta situação, existem várias atividades que podem ser feitas para ajudar os pequenos neste processo, e separamos algumas delas para vocês se inspirarem:

-O primeiro passo é identificar quais letras a criança tem mais dificuldade de lembrar ou de passar para o papel.

-Utilize um giz para desenhar uma letra no chão e peça para que a criança caminhe sobre a letra, seguindo a ordem dos traços.

-Passe o dedo nas costas do pequeno formando alguma letra e peça para que ele adivinhe qual é.

-Desenhe letras grandes e ocas para que a criança possa pintar por dentro dos espaços ocos, e entenda melhor sobre as formas corretas.

-Lembre-se de depois, deixar ela tentando escrever as letras sem apoio visual ou de outra pessoa.

Visando sempre o melhor desenvolvimento dos pequenos, nós da Pueri Dei praticamos diversas atividades que são essenciais para tal aprendizado. Incentivando as crianças a treinarem a lateralidade (direita e esquerda), entenderem os conceitos de noção espacial, simetria, e outros aspectos necessários para o aprendizado pleno da escrita.