Qual o papel dos pais na prevenção à violência nas escolas?

Cada criança que morre, também morre um pouco da nossa esperança! Gostaríamos de começar esse texto com essa afirmação, pois é assim que nos sentimos quando acontece um ataque à escola. Nas últimas semanas fomos surpreendidos com uma onda de medo e violência nas escolas após um ataque armado a uma escola de educação infantil em Blumenau – SC.

Acreditamos que cada leitor tem um filho, neto, sobrinho e, naquele momento, este fato contribuiu para que pudéssemos ser ainda mais empáticos com as dores que aqueles pais e mães sentiram.

Nos fez nos conectarmos com suas dores, chorar e pensar como podemos contribuir para que crianças não sofram violência nas escolas ou em outros espaços onde estão para serem cuidadas e protegidas. Sabemos que a violência é um fenômeno causado por diversas dimensões. Porém, é importante pensar nos papéis e responsabilidades das famílias na prevenção a esse fenômeno.

Daí vêm algumas perguntas: Qual o nosso papel na prevenção da violência nas escolas, pai? Temos um papel relevante? Se temos, como podemos desenvolver? 

Vamos começar a responder estas perguntas. Nosso papel está na educação próxima e dialógica com os nossos filhos e filhas. A educação dialógica corresponde a uma educação baseada no cuidado, no afeto, no diálogo constante e com proximidade.

Pai, conversar com a criança desde a mais tenra idade não é perda de tempo, é necessidade primordial.

Aqui, eu quero trazer algumas dicas que podem ajudar nisso, pai: 

– Comer junto. 

Pai, sentar-se com a criança para realizar, ao menos uma refeição ajuda a entender a dimensão da família. Como já sabemos, o entendimento do conceito de família é amplo, já que família, segundo as Nações Unidas “é gente com quem se conta”. 

– Criar ambientes de brincadeiras entre o pai e a criança.

Brincadeiras em que hajam espaços para conversar sobre a brincadeira, refletindo sobre a brincadeira.

– Ler para as crianças.

Ler cria um ambiente de fortalecimento dos vínculos entre o contador da história e a criança

👉Ler com as crianças: uma forma de conectar pai e filho

– Jogar com a criança.

A partir da idade da criança, desenvolver o jogo que seja específico a sua faixa etária. E aqui, eu gostaria de abrir um parênteses para um diálogo importante:

Pai de meninos e meninas com idades para jogos na internet, é necessário monitorar o que eles e elas estão jogando; com quem estão jogando; que missões esses jogos determinam que as crianças desenvolvam.

Faz parte dos limites, em muitas situações dizer não! Todavia, pai, aconselhamos justificar a negação ao seu filho ou sua filha. Essa linha do limite e da concessão é muito tênue. E você vai precisar entender sempre o momento da imposição do limite. Pai, não há uma receita de bolo para isso. A paternidade, assim como a maternidade, muitas vezes, é um lugar que nos faz sentir culpados, mas a gente vai aprendendo a lidar diariamente com isso.

– Ensinar os nossos filhos a lidar com o não.

Pai, aqui vai uma dica, dizer não é importante no processo de educação. Nossos filhos e nossas filhas precisam aprender a lidar com a frustração. Nem sempre é fácil negar alguma coisa aos nossos pequenos. Nos causa sofrimento. Porém é possível fazer com amor e afeto. Justificar o não é necessário e pedagógico. Ainda que no início haja a famosa “birra” da criança, é possível acalmá-la e, assim, apontar o motivo.

– Criar a criança num ambiente saudável.

Estabelecer um ambiente distante de situações em que as crianças sejam testemunhas ou vítimas de práticas de violências (aqui estamos falando de violências verbais, violências físicas, violência sexual, assédio e todas as formas de violência). Onde elas, as crianças, não sejam incentivadas a praticar violências; onde elas conheçam os canais de denúncia para qualquer tipo de violência que presenciam ou sofram.

– Ser parceiro da escola.

Pai, seja aliado da unidade de ensino onde seu filho ou sua filha estuda. Participe das reuniões, sempre que possível. Coloque-se disponível para que a escola, sempre que julgar necessário, entre em contato com você. Frequente a escola sempre que for possível e necessário. Busque entender como seu filho ou sua filha está se desenvolvendo naquele ambiente. Desenvolva as atividades em casa com a sua criança.

👉Qual o papel do pai na adaptação escolar das crianças?

Na prática, pai, tudo isso vai ajudar para que nossos meninos e meninas não se desenvolvam como pessoas violentas, mas como indivíduos que contribuem para uma sociedade pacífica, que sensibilizam seus amigos e colegas para essas práticas. Dessa forma, o papel dos pais é fundamental para esse modelo de sociedade que precisamos construir.

Crianças são para crescer, e esperançar! Eu estou disposto a criar esse mundo! E você, pai?

Musicalização na educação infantil: benefícios e diversas possibilidades para colocar em prática

Ouvir música é um hábito que está presente antes mesmo de o bebê nascer. A relação que se estabelece por meio dos sons 🎼 é extremamente benéfica. Assim, a musicalização na educação infantil já faz parte do currículo escolar de muitas instituições e vem sendo protagonista no desenvolvimento das crianças.

Explorar esse recurso além da sala de aula, fazendo um trabalho conjunto, é uma excelente forma de garantir que os benefícios sejam potencializados e a criança cresça de maneira saudável física e emocionalmente.💗

Entenda mais sobre o conceito de musicalização infantil, seus ganhos para a criança e como aplicá-lo, na prática!

O que é musicalização infantil?

Pode-se definir a musicalização infantil 🎶 como atividades que estimulam o reconhecimento e a sensibilidade a sons e ritmos, colocando a criança, inclusive, como cocriadora de conhecimentos sobre esse tema.

Assim, o grande objetivo da musicalização na educação infantil é estimular as habilidades sociais, emocionais, físicas e psicológicas de maneira lúdica. Além disso, ela também contribui diretamente com o desenvolvimento da inteligência emocional. 💭

Vale ressaltar que a musicalização é tão importante quanto a leitura; ou seja, são ferramentas complementares que oferecem ganhos para a criança em diversos sentidos.

Os benefícios da musicalização na educação infantil

De forma mais prática, as atividades de musicalização infantil contribuem com muitos benefícios para as crianças de todas as idades.🧒🏼Saiba mais na sequência!

Desenvolvimento cognitivo

A música é um recurso que tem influência direta em algumas partes do cérebro humano 🧠, sendo um facilitador para o desenvolvimento cognitivo e, em especial, para a aprendizagem infantil.

Assim, o desenvolvimento infantil, em especial, escolar, tem ganhos significativos com o trabalho da musicalização na educação infantil.

Estimula a criatividade

A criatividade 📝 por si só é uma habilidade bastante presente nas crianças e pode — e deve — ser potencializada. A musicalização infantil pode ter uma influência de grande valia nesse processo.

A presença da arte 🎭 junto a conhecimentos técnicos permite que a criatividade seja elevada e que a criança crie conceitos e percepções a respeito de suas vivências com o fator criatividade como diferencial.

As brincadeiras para estimular a criatividade podem ser exploradas sob o viés da musicalização, da leitura 📖 e de diversas outras áreas.

Potencializa a concentração e memória

Se o desenvolvimento cognitivo tem ganhos expressivos com as atividades de musicalização infantil, isso também reflete na concentração e na 🧐 memória das crianças.

O envolvimento proporcionado pelo ritmo, pelos sons 🎧 e pelos instrumentos faz com que a criança esteja inteiramente presente naquele momento, desenvolvendo sua consciência sobre a importância da concentração e da memória.

Vale pontuar também que em um mundo de estímulos constantes, principalmente por meio das telas 💻a importância da musicalização na educação infantil também está nesse “respiro” de viver o momento.

Ajuda com a coordenação motora

A consciência corporal 👯 proporcionada pela musicalização na educação infantil traz à tona benefícios importantes para a coordenação motora das crianças. O uso de instrumentos musicais 🎻 nesses momentos faz com que os pequenos compreendam seus limites físicos e reconheçam suas habilidades.

Aliando a música com a dança, a criança pode também explorar movimentos do corpo, aumentando a sensação de bem-estar.

Desenvolve a confiança

Ao perceber que pode ir além, que se sente bem e que pode explorar seu corpo e sua mente com a musicalização infantil, a criança passa a se sentir mais confiante e sua autoestima é elevada.🙋🏼‍♂️ Isso gera reflexos por toda sua vida, contribuindo com sua formação de caráter e também sua socialização.

Como aplicar a musicalização na educação infantil?

Ao compreender a importância da 🎵 musicalização na educação infantil, é hora de saber como aplicá-la de maneira prática no dia a dia da criança, para que seja um processo natural e prazeroso.

Aula de musicalização

Em primeiro lugar, considerar uma sala confortável e aconchegante e um tapete para que as crianças possam tirar os calçados👟 e se sentar é importante. A preparação do ambiente reflete diretamente no engajamento dos pequenos.

Sobre os materiais, o mais comum é a bandinha rítmica, que são instrumentos de percussão🥁 em tamanho menor que o real, feitos especialmente para essa finalidade. Alguns exemplos são:

  • tambores;
  • chocalhos;
  • reco-recos;
  • ganzás;
  • triângulos;
  • pratos.

A partir desses instrumentos, pode-se fazer exercícios rítmicos, explorar diferentes sons 🔊 dos instrumentos e acompanhar canções do repertório infantil.

Juliana Abra, professora de música, também fala sobre as almofadas, que podem ter diversos propósitos.

“Sentar-se sobre elas no chão para trazer mais conforto, deitar-se para um relaxamento com música e também para delimitar espaços de atuação, como formar uma roda, uma fila ou usar a imaginação e transformar as almofadas em barco, avião etc.”

As aulas de música também podem contar com tecidos ou lenços para se trabalhar com movimentos e cores em diversas atividades, assim como as bolas ⚽, de diferentes cores, tamanhos e texturas.

“Dessa forma também utilizamos os copos que, além do movimento, possibilitam a percussão quando batidos sobre o chão, a mesa ou um banco. Tudo sempre aliado à música, é claro. Cabe ao professor em questão utilizar os materiais para trabalhar algum conceito musical ou propriedade do som. Por exemplo, passar os copos no “pulso” da música, ou seja, no ritmo apropriado.”

Como trabalhar a musicalização em casa?

Além do ambiente escolar, as atividades de musicalização infantil podem ser também exploradas em casa 🏠 com a família. Essa extensão da prática potencializa os benefícios da musicalização, além de reforçar os laços familiares.👨‍👩‍👧‍👦 Confira algumas ideias sobre como trabalhar a musicalização infantil em casa. ⤵️

A criação de canções 🎤 é um recurso que permite a inserção da musicalização em casa de maneira natural e que estimula a imaginação por meio da rotina. Criar músicas para algumas atividades pode ser extremamente benéfico para deixar o dia a dia mais leve.

Incentivar a expressão corporal por meio de palmas e batidas 👏🏼 também pode ser um exercício feito em família. Seja com novos ritmos, seja com cantigas ou também com aquela playlist que todos gostam.

Também é possível apresentar a musicalização infantil em filmes 🎦 que tenham músicas e cantigas. Essa relação entre diferentes tipos de arte é bastante rica para as crianças exercitarem a sua memorização.

A ludicidade da musicalização infantil com o uso de bonecos e fantoches ganha ainda mais encanto. Trabalhar com esses personagens🫅🏻 cantando, desenvolvendo sons e ritmos pode criar momentos únicos.

Musicalização infantil: arte e desenvolvimento

musicalização na educação infantil é um instrumento de desenvolvimento emocional, psicológico e físico para a criança 💝, possibilitando seu reconhecimento como ser humano, seu posicionamento diante dos demais e também sua relação nos espaços que ocupa.

Assim, é essencial trazer esse recurso para o dia a dia, não somente da escola, mas também em casa, com a família e os amigos. Isso permite criar momentos de diversão e interação.🧒🏼🧒🏼

O que é protagonismo infantil?

Provavelmente você já ouviu falar sobre protagonismo infantil 🤸 nas reuniões da escola, mas esse conceito precisa ir muito além dos muros das instituições de ensino e servir para a vida. Afinal, é extremamente importante dar espaço para a criança aprender e buscar conhecimento, reconhecendo seu papel na sociedade.

Mas será que você está incentivando esses comportamentos da melhor maneira? Aqui você vai conhecer mais sobre o tema e descobrir diversas maneiras de incentivar as crianças ao protagonismo infantil.

Afinal, o que é protagonismo infantil?

No dia a dia, muitas coisas precisam ser ensinadas para as crianças e há várias maneiras de fazer isso. Uma delas é fornecer um grande volume de informações e deixar a criança apenas ouvindo. Outra é incentivá-la a buscar por conhecimentos e ter mais autonomia no dia a dia.🎈

Essa segunda definição está bastante alinhada com o conceito de protagonismo infantil. É dessa maneira que se pode reconhecer os pequenos como indivíduos que conseguem participar do seu processo de desenvolvimento e que têm direito a isso.

Qual a importância do protagonismo infantil?

Agora que você já sabe o que é o protagonismo infantil, deve estar se perguntando: por que isso é tão importante? São vários os motivos, e aqui separamos 3 deles!

Preparação para a vida adulta

A sociedade precisa de pessoas preparadas para tomar decisões e fazer a diferença.✔ E é exatamente isso que o protagonismo infantil incentiva e ajuda a desenvolver.

Ao estimulá-lo, a família está formando um adulto preparado para os desafios que enfrentará. Quer uma dica para desenvolver esse protagonismo no seu filho? Aqui tem um livro infantil que traz o olhar das crianças sobre o mundo dos adultos.

Senso de responsabilidade

Quando as crianças percebem que podem fazer escolhas e que isso traz consequências (boas ou ruins), elas percebem que são responsáveis, mesmo que parcialmente, pelos resultados.

Isso estimula o senso de responsabilidade😉 ao mesmo tempo que cria autonomia e desenvolve a consciência sobre a importância de participar de discussões e decisões.

Desenvolvimento da empatia e da autoconfiança

Crianças incentivadas a ser protagonistas tendem a explorar mais o mundo ao seu redor. Posteriormente, a habilidade de refletir sobre o que foi vivido deve ser trabalhada. Com ela vem o desenvolvimento da autoconfiança.👍

Ao mesmo tempo, nesse processo, os pequenos compreendem que, da mesma forma que eles têm escolha, seus coleguinhas também têm direito a dar opiniões. Uma dica para consolidar esse aprendizado é oferecer livros que trabalhem a empatia com as crianças. Assim, passam a compreender melhor as ações dos demais.

Aprende a solucionar problemas

Quantos problemas por dia você soluciona? Quantos imprevistos encontra durante a semana? São muitos os desafios enfrentados na vida adulta. E isso também acontecerá quando as crianças crescerem.

Por isso, é importante preparar as crianças para que saibam resolver esses contratempos sem angústia.💖 Quando o protagonismo infantil é incentivado desde cedo, as crianças aprendem a fazer escolhas melhores. Consequentemente, a habilidade de solucionar problemas será desenvolvida — e isso os transformará em adultos mais preparados para a vida.

Como incentivar o protagonismo infantil? 6 dicas

Na hora de incentivar o protagonismo infantil, o que fazer? É mais simples do que imagina, veja só!

Incentive pequenas decisões

Na tentativa de proteger, é comum que a família decida tudo pelas crianças.👪 Mas agora que você sabe o que é protagonismo infantil e os benefícios que ele traz, provavelmente já percebeu que isso terá que mudar.

Claro que nem sempre é possível permitir que a criança decida. Afinal, ela está em processo de aprendizagem. Entretanto, algumas coisas podem ser escolhidas:

  • Qual livro vão querer comprar;
  • Se preferem roupa verde, amarela, azul, entre outras;
  • Qual desenho vão assistir;
  • Se preferem que o passeio de sábado seja no parquinho ou na praça.

Ouça

Falar é bom, mas é preciso ouvir as crianças. Abra espaço para o diálogo e incentive a criança a se expressar. Mostre que ela tem o direito de ter a sua própria opinião.

Proponha doações

O armário está cheio de roupas que não servem mais? Há brinquedos que já não são mais interessantes? Hora de doar! E a criança deve participar disso.😉Essa prática ajuda a criança a crescer com mais consciência do seu papel na sociedade. Além disso, colabora para que ela crie uma visão mais humana e real do mundo.

Crie ambientes acolhedores

Quando você abre espaço para o erro e para a refação, você cria ambientes que estimulam a autonomia.🥰 Consequentemente, você vai estimular o protagonismo infantil da sua criança.

Não tenha medo de errar — e se tiver, não repasse isso para seus filhos. Afinal, testar, falhar, refazer fazem parte da vida.

Desenvolva a consciência coletiva

protagonismo infantil também está muito ligado ao papel que a sua criança tem no mundo. E isso passa pela consciência coletiva,👯 por entender que ela não está só e que precisa colaborar com outras pessoas para crescer saudável e se manter como uma participante da sociedade.

Incentive o autoconhecimento

Pode parecer muito cedo para que a criança passe a se conhecer, mas nunca é tarde para se descobrir. Quando começamos a dar nome às emoções, aos sentimentos e às necessidades, fica mais fácil entender a si e aos outros. Isso ajuda a criar empatia e construir relacionamentos mais saudáveis.

Tudo o que você leu até aqui ajuda a criar uma criança protagonista no mundo, que se tornará um jovem e um adulto mais preparado para os desafios.

Apraxia da fala na infância: o que é e como tratar?

Algumas questões relacionadas à fala não podem ser percebidas logo nos primeiros meses de vida de um bebê, mas a partir de 2 anos, por exemplo, é possível identificar sinais de apraxia de fala na infância.

Essa condição pode ser bem simples de identificar, com os profissionais certos, e também de tratar. Para entender o que é apraxia de fala na infância, continue neste conteúdo e veja como descobrir, diagnosticar e fazer o tratamento corretamente. 01

O que é apraxia da fala?

Segundo a Associação Brasileira de Apraxia de Fala (AbraPraxia) é um tipo de transtorno neurológico que afeta a forma como a criança faz os movimentos para falar, ou seja, como se ela não soubesse de que forma mexer os lábios para se comunicar.

O que acontece é que, na apraxia da fala na infância, a criança consegue pensar no que quer dizer, mas não consegue converter o pensamento em palavras — ou seja, é um distúrbio motor, mas o raciocínio continua preservado.

Falar é um ato que exige muita sofisticação e envolve músculos da boca, da face, língua, palato e faringe, e em caso de apraxia é como se tivesse uma falha na comunicação entre o cérebro e os músculos responsáveis pela fala.

Isso não significa que ela não entenda, apenas tem uma dificuldade em produzir e sequenciar, o que compromete o desenvolvimento da fala.

Como saber se a criança tem apraxia da fala?

apraxia de fala na infância (AFI) pode afetar duas em cada mil crianças, podendo ser um fato isolado ou ter ligação com outros distúrbios.

É sempre importante que os responsáveis estejam atentos aos marcos de desenvolvimento de uma criança, para identificar previamente quando algo está fora do padrão.

É possível observar também alguns dos sintomas, como:

  • Geralmente são bebês mais quietos e emitem poucos sons;
  • Apresentam dificuldade em produzir sons de vogais e consoantes;
  • Atraso na fala;
  • Trocas na fala com muita frequência;
  • É difícil compreender o que a criança está falando;
  • Dificuldade em falar palavras mais extensas — quanto maior a palavra, maior a dificuldade;
  • A melodia da fala é diferente, lenta ou estranha;
  • Pode apresentar outras dificuldades motoras, como para se alimentar ou mastigar.

Como é feito o diagnóstico?

O profissional responsável por avaliar e diagnosticar uma criança com suspeita de apraxia de fala é o fonoaudiólogo, por meio de exames musculares, testes clínicos, de imagem e reprodução de sons com outros médicos especializados.

Os pais podem marcar uma consulta caso tenham identificado um ou mais sintomas citados acima.

Com que idade é diagnosticada a apraxia da fala?

Esse distúrbio pode ser notado a partir dos 2 anos, pois é nessa faixa que a criança começa a se expressar melhor, formando frases, e já tem um vocabulário rico para se expressar.

Como é feito o tratamento da apraxia?

Agora que você já compreendeu o que é, deve estar se perguntando como tratar apraxia de fala na infância? A apraxia da fala tem cura? E a resposta é sim! A apraxia tem cura e o tratamento, durante todo o período, é feito com fonoaudiólogo em conversas para o desenvolvimento da criança.

É importante estar sempre atento aos sinais que o bebê pode dar, e a ajuda da família e envolvimento no tratamento é essencial para o resultado. Confira algumas dicas para desenvolver a fala do seu bebê durante esse momento:

  • Inclua no ambiente familiar músicas infantis, principalmente as com vocabulário de fácil compreensão, pois auxiliam no desenvolvimento da linguagem;
  • Assista a vídeos produzidos por fonoaudiólogas ensinando sobre pronúncia e palavras por sílabas às crianças, costumam focar bem na forma de abertura da boca e movimento da língua;
  • Busque informações e estudos além das consultas, para saber a melhor forma de ajudar;
  • Converse na escola e solicite ajuda dos professores;
  • Proporcione um ambiente seguro e compreensivo à criança, para que se sinta confortável durante o processo.

A leitura também pode ser um ponto crucial no desenvolvimento da fala, mesmo para aqueles que ainda não sabem ler e vão contar com a ajuda dos responsáveis neste momento.

Por meio da contação de histórias ela terá repertório suficiente para reproduzir posteriormente, auxiliando na prática de cura da apraxia de fala infantil. Não é a coisa mais fofa ver um bebê tentando contar do seu jeito sobre a narrativa de um livro? Experimente na sua casa também!

O ideal é que todos participem, seja em casa ou na escola, para haver uma melhora significativa e a criança não encontrar maiores prejuízos a curto e longo prazo.

O perigo dos rótulos na infância

Você já parou para pensar o impacto dos rótulos na infância e como a nossa visão sobre as crianças espelham a visão que elas têm sobre si mesmas? Tudo aquilo que falamos sobre elas deixa uma marca e vai contribuindo para a formação da autoestima e autoimagem delas.

Dizer que uma criança é bagunceira, desorganizada, agitada, teimosa, entre outras coisas, pode influenciar diretamente a percepção que elas têm de si e a forma como se colocam no mundo, diante dos outros. Confira mais detalhes abaixo:

O perigo dos rótulos na infância

Os rótulos na infância são perigosos! Em qualquer fase da vida, mas especialmente nesse período, quando estamos nos descobrindo, amadurecendo e formando nossa visão sobre tudo.

Os olhos dos adultos, especialmente dos pais, funcionam como espelhos para as crianças e elas se enxergam a partir deles. Se uma delas escuta diversas vezes que é “terrível” pode aos poucos se identificar com esse rótulo, se convencer disso e imaginar que é assim que ocupa seu lugar no mundo, que esse é seu papel.

Dessa forma, o prejuízo pode ser tão grande que uma criança seja impedida de descobrir suas qualidades e potencialidades antes mesmo de tentar, porque já foi desacreditada anteriormente.

Como podemos agir para evitar que os rótulos na infância aconteçam?

A resposta é simples: evitando os rótulos! Se a criança se comporta mal, descumpre um combinado ou tem uma atitude que não é boa, os pais podem reprovar o comportamento dizendo que aquilo não foi bacana, mas jamais reprovar a criança. Dizer “sua atitude não foi legal” é diferente de dizer “você não é legal”.

Além disso, quando a criança demonstrar cooperação, parceria ou cumprir com os combinados, os pais devem elogiar sua atitude, afastando os rótulos negativos e incentivando a criança.

Dessa forma, ela poderá ganhar confiança em si mesma e se arriscar em novos aprendizados, com a certeza de que, se falhar, terá o apoio que precisa para consertar o erro e seguir em frente.

Como ensinar uma criança a ler: você está fazendo do jeito certo?

A alfabetização infantil é um processo longo e, para ser desenvolvida de forma saudável e produtiva, deve se considerar diversos pontos. É essencial garantir que nessa época de vida haja condições adequadas para a absorção do conhecimento, bem como ensinar uma criança a ler da maneira correta. 📖

Um dos principais pontos é que forçar a criança a alguma tarefa não é nada vantajoso — forçar a leitura, por exemplo. Com o tempo, essas atividades “forçadas” serão associadas a castigos, aumentando o desinteresse por parte dela. 😢

Uma das principais maneiras de estimular a leitura infantil é, geralmente, em casa. Ler antes de dormir é uma excelente forma de estímulo para as crianças. Durante o crescimento, a criança tem como referência seus pais, e inspira-se em suas atitudes e modo de viver. Sendo assim, ao ver sua mãe ler, a criança se interessará na atividade e, gradualmente, começar a adquirir hábitos de leitura. 😍

O início da alfabetização

Alguns pais não conhecem os métodos mais saudáveis de como ensinar uma criança a ler e podem, indiretamente, causar o desinteresse da criança com a alfabetização. Forçar não é, nunca, a melhor forma. Esse processo deve ser divertido, tanto para a criança quanto para o responsável. Lousas, jogos de letras e livros de alfabetização são uma boa pedida.🧩

A leitura é um investimento a longo prazo, uma vez que é fundamental para desenvolver habilidades como memória, imaginação e atenção. Para ajudar nesse processo, algumas atividades para ensinar a ler e escrever podem ser uma ótima opção, principalmente quando lúdicas, para incentivar e motivar os pequenos. 💛

Investir em livros infantis e de alfabetização desde cedo é um incentivo a mais, e há diversas opções de livros com músicas, figuras, imagens, palavras para ensinar a ler e histórias para todos os gostos.

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Como ensinar uma criança a ler

Aprender a ler não é um processo simples, mas pode ser divertido. Então como ensinar a ler? Nesse momento, é preciso ter calma e respeitar o tempo da criança. ⏱️

Aos poucos, ao utilizar de métodos específicos do lúdico, aproveitando de bons materiais didáticos e brincadeiras, a criança começará a fazer as associações de sílabas e logo estará lendo sozinha. Para isso, a Leiturinha trouxe algumas dicas importantes de como ler livros. Acompanhe! 👀

Conhecendo o alfabeto

O alfabeto é ensinado, formalmente, por um professor, mas os familiares também podem contribuir para que esse processo de aprendizado seja mais atrativo e rápido. O ambiente familiar pode — e deve — ser um ambiente educacional, com hábitos de escrita e leitura desde os primeiros anos da criança. 👦🏽

Por exemplo, quando a criança escuta alguma historinha da mãe, acaba percebendo que a leitura é feita da esquerda para direita — uma das primeiras e mais importantes regras de leitura. 📚

O bebê ou criança deve conhecer primeiramente as letras do alfabeto para que depois sejam formadas palavras — ou seja, ela deve aprender que essas letras formam palavras. Dessas letras, as vogais devem ser as primeiras a serem introduzidas.

Durante todo o processo de alfabetização, quanto mais as crianças tiverem contato com as letras, melhor será para ler frases no futuro. Um bom começo é ensinar as letras do nome da criança, das pessoas da família e até dos amiguinhos da escola. Não se esqueça de explorar, inclusive, os sons das letras. Assim, começará o processo de associação das letras com pessoas, objetos, animais e muito mais…  🔠

Brincando de alfabeto

A hora da leitura deve ser sempre divertida, com o máximo de utensílios para entreter a criança. Alfabetos móveis, almanaques, lousas e outros joguinhos como caça-palavras, palavras-cruzadas e ligar-pontos são ótimas opções, pois são usadas, geralmente, letras grandes e coloridas para despertar o interesse das crianças. 🧒🏻

Método fônico

O método fônico é outra alternativa. As músicas de alfabetos visam introduzir as vogais e consoantes fazendo a associação dos sons com as letras. A música é uma grande chave para isso, funcionando como atrativo para que o alfabeto seja memorizado. 🧠

No método fônico de alfabetização, o foco é auxiliar os pequenos leitores a compreenderem a forma que as letras e os sons estão interligados, para ajudá-los a aplicar na hora da leitura. Com isso, as crianças têm a chance de explorar não só os elementos neurológicos, como também os sensoriais.

Método silábico

O método silábico, depois do conhecimento do alfabeto infantil, consiste na formação de palavras por sílabas. Por exemplo, depois do a-e-i-o-u, introduzir formações silábicas como na-ne-ni-no-nu, ma-me-mi-mo-mu etc. 🗣️

Em linhas gerais, o método silábico é uma soma ao método fonético, uma vez que, após as crianças conhecerem os sons das letras, elas também conhecerão os sons das sílabas e, assim, formarão as combinações correspondentes. 🔤

Dessa maneira, as crianças conhecem melhor o alfabeto e conseguirão montar suas próprias palavras com as sílabas.

Os melhores poemas de Cecília Meireles para crianças

Quem gosta de poesia vai se apaixonar pelos poemas de Cecília Meireles.💙 Eles são ótimos para ler juntinho das crianças. Vamos descobrir mais sobre eles?

Os melhores poemas de Cecília Meireles para crianças

Os poemas de Cecília Meireles são leves e musicados, perfeitos para ler para uma criança. Aqui, separamos alguns como o poema “A bailarina” e o poema “Leilão de jardim”. 🌼

“Quando eu ainda não sabia ler, brincava com livros e imaginava-os cheios de vozes, contando o mundo.” (Cecília Meireles)

1. Ou isto ou aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

2. A bailarina

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá

Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.

3. As meninas

Arabela
abria a janela.

Carolina
erguia a cortina.

E Maria
olhava e sorria:
“Bom dia!”

Arabela
foi sempre a mais bela.

Carolina,
a mais sábia menina.

E Maria
apenas sorria:
“Bom dia!”

Pensaremos em cada menina
que vivia naquela janela;

uma que se chamava Arabela,
uma que se chamou Carolina.

Mas a profunda saudade
é Maria, Maria, Maria,

que dizia com voz de amizade:
“Bom dia!”

4. O eco

O menino pergunta ao eco
Onde é que ele se esconde.
Mas o eco só responde: Onde? Onde?

O menino também lhe pede:
Eco, vem passear comigo!

Mas não sabe se o eco é amigo
ou inimigo.

Pois só lhe ouve dizer: Migo!

5. A chácara do Chico Bolacha

Na chácara do Chico Bolacha,
o que se procura
nunca se acha!

Quando chove muito,
o Chico brinca de barco,
porque a chácara vira charco.

Quando não chove nada,
Chico trabalha com a enxada
e logo se machuca
e fica de mão inchada.

Por isso, com o Chico Bolacha
o que se procura
nunca se acha!

Dizem que a chácara do Chico
só tem mesmo chuchu
e um cachorro coxo
que se chama Caxambu.

Outras coisas ninguém procura,
porque não acha,
coitado do Chico Bolacha!

6. Leilão de jardim

Quem me compra um jardim com flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis
nos ninhos?

Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?

Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?11

(Este é meu leilão!)

7. A língua do Nhem

Havia uma velhinha
que andava aborrecida
pois dava a sua vida
para falar com alguém.

E estava sempre em casa
a boa velhinha
resmungando sozinha:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…

O gato que dormia
no canto da cozinha
escutando a velhinha,
principiou também

a miar nessa língua
e se ela resmungava,
o gatinho a acompanhava:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…

Depois veio o cachorro
da casa da vizinha,
pato, cabra e galinha
de cá, de lá, de além,

e todos aprenderam
a falar noite e dia
naquela melodia
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…

De modo que a velhinha
que muito padecia
por não ter companhia
nem falar com ninguém,

ficou toda contente,
pois mal a boca abria
tudo lhe respondia:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…

8. Para ir à Lua

Enquanto não têm foguetes
para ir à Lua
os meninos deslizam de patinete
pelas calçadas da rua.

Vão cegos de velocidade:
mesmo que quebrem o nariz,
que grande felicidade!
Ser veloz é ser feliz.

Ah! se pudessem ser anjos
de longas asas!
Mas são apenas marmanjos!

9. Jogo de bola

A bela bola
rola:
a bela bola do Raul.

Bola amarela,
a da Arabela.

A do Raul,
azul.

Rola a amarela
e pula a azul.

A bola é mole,
é mole e rola.

A bola é bela,
é bela e pula.

É bella, rola e pula,
é mole, amarela, azul.

A de Raul é de Arabela,
e a de Arabela é de Raul.

10. Colar de Carolina

Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.

O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.

E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral

nas colunas da colina.

Existe idade certa para introduzir o inglês?

Quando falamos sobre inglês na infância, muitas dúvidas sempre surgem: apenas em escolas? Pode fazer em casa? Quando começar? Por isso, hoje vamos falar sobre quando começar (e essa é uma das maiores dúvidas que recebo!).

E sobre o título, a resposta é: SIM E NÃO. Calma, deixe eu explicar 👇

Não tem uma idade certa, simplesmente porque quanto antes introduzirmos, melhor. E quando eu digo que é melhor, quero dizer em várias áreas, como:

  • Absorção (quanto mais cedo, mais o cérebro absorve o novo idioma),
  • Facilidade (quanto mais cedo, mais fácil para a criança aceitar o novo idioma),
  • Comunicação (quanto mais cedo, melhor a criança se comunica no inglês),
  • Interesse (quanto mais cedo, mais chances de a criança se interessar pelo inglês).

Existe idade certa para introduzir o inglês?

Todo mundo sabe e sempre fala: quanto mais cedo, melhor. Ou seja, sem idade certa, mas sabendo que quanto mais cedo, melhor, mesmo que isso signifique que o seu mais cedo é com 5 anos ou 8 ou 12. Para começar deve ser: agora, o quanto antes, hoje, amanhã, mas o mais rápido possível.

Agora, sobre a minha resposta afirmativa, fique tranquilo, porque a intenção não é te enganar, deixe eu te explicar certinho!

O cérebro de um bebê é muito mais plástico (isso se refere à facilidade de ele se “moldar” a qualquer nova informação que é passada constantemente) do que o de uma criança mais velha ou mesmo de um adulto.

Além disso, as crianças mais novas – até os 4/5 anos – possuem mais facilidade em adquirir outra língua. O cérebro, até essa idade, processa os idiomas de uma maneira diferente da nossa, é como se fosse uma janela de aquisição que facilita MUITO essa absorção ao novo idioma. Então, se eu te dissesse quando começar, sem dúvidas seria até os 4 anos, mas, mais específico ainda: o quanto antes!

 

 

10 dicas para lidar com os desafios da volta às aulas

Por vezes, medo e insegurança são algumas das emoções que precedem a volta às aulas. Esses sentimentos são normais e comuns em várias idades! Afinal, as crianças precisam lidar com novos professores, novos colegas e um ambiente novo, além dos novos conteúdos a serem aprendidos! 😟 Pois é, mudanças geram preocupação. Entretanto, é importante saber falar sobre elas. Pensando nisso, que tal 10 dicas para lidar com os desafios da volta às aulas e apoiar as crianças? Acompanhe abaixo!

 

10 DICAS PARA LIDAR COM OS DESAFIOS DA VOLTA ÀS AULAS

Existem diversos motivos que podem dificultar o retorno para a escola. A mudança abrupta de rotina é um deles, por exemplo. Afinal, ao longo das ⛱️ férias, geralmente temos mais tempo disponível para ficar com as crianças, o que pode dificultar a volta às aulas para os pequenos e pequenas.

Nesse sentido, é importante que os pais, mães e pessoas responsáveis criem mecanismos para amenizar os impactos da mudança de rotina, afim de tornar o retorno à escola o mais prazeroso possível. Pensando nisso, elaboramos 10 dicas que podem auxiliar você e sua criança na volta às aulas. Confira!

1. CONVERSEM ABERTAMENTE SOBRE OS MEDOS

Converse de forma franca e sem julgamentos sobre os medos do seu pequeno ou pequena. Nesse momento, será estabelecido entre vocês um vínculo especial, que deverá se estender por todo o ano letivo. Por isso, acolha as inseguranças das crianças e dialogue de forma aberta sobre elas. Deixe claro que em todo o tempo, você terá 👨‍👨‍👦 disposição para escutar os seus problemas e irá ajudá-las a enfrentá-los.

2. AJUDE A CRIANÇA A ENCARAR A REALIDADE

Tratar a escola como um ambiente agradável e importante na formação das crianças é um fator decisivo na forma que seu pequeno irá encarar essa obrigação. Portanto, nunca se refira à escola como uma punição ou castigo. Sugerir recompensas, como passeios ou presentes, decorrentes do ato de ir à escola ou estudar não é uma opção saudável.

3. VOLTEM AOS POUCOS PARA A ROTINA

Durante as férias, é comum que a rotina diária mude. Vamos dormir mais tarde e também acordamos mais tarde, não é mesmo? E acabamos por acostumar nosso corpo com essas pequenas mudanças!

Por isso, a transição para os horários escolares deve ser feita de forma gradual. Uma boa dica é tentar ir para a cama mais cedo e também despertar mais cedo alguns dias antes da volta oficial à escola. ⏰ Assim, o retorno será mais tranquilo e menos estressante!

4. FAÇAM JUNTOS UM CHECKLIST

Com seu pequeno ou pequena, organize a escrivaninha e suas gavetas. Tire tudo o que não será mais utilizado e deixe espaço livre para os novos materiais. Além disso, se possível, reserve um local exclusivo para estudo, que seja confortável e agradável.

Também confira se sua mochila está nos conformes, checando ainda cada material como cadernos, lápis e livros. Por fim, convide a criança para conferir seus uniformes e utensílios como lancheira, estojo, lápis e borracha. ✅

5. DEFINAM UMA ROTINA DE HORÁRIOS

Crie uma rotina de horários junto com as crianças, antes mesmo de tudo recomeçar. Nela, deverão ser considerados também os momentos de lazer, como os momentos de leitura 📖, de visitas aos parques, ao cinema e para a casa de amigos.

Inclua, ainda, os horários de aulas na escola e atividades extracurriculares, como o inglês, a aula de música e outros esportes. Isso ajudará seu pequeno ou pequena a se localizar ao longo do ano!

6. ESTEJA JUNTO DOS PEQUENOS E PEQUENAS

Se puder, vá até a escola no retorno às aulas e se apresente para os novos professores. Isso dará mais segurança para a sua criança! Afinal, eles passarão muitos dias juntos, não é mesmo? Além disso, um bom relacionamento entre família e escola é imprescindível para o bem-estar dos estudantes.

Caso não seja possível essa visita, no final do dia, sente-se com o aluno ou aluna e pergunte como foi a sua experiência. Pergunte sobre os novos professores e os novos colegas de sala. O que fizeram ao longo da aula? Onde você se sentou? Como você se sentiu? Isso deixará as crianças mais felizes e confiantes! 💕

7. MANTENHAM CONTATO COM OS VELHOS E NOVOS AMIGOS

É importante deixar claro que, mesmo que seu pequeno tenha mudado de escola ou de classe, ele ou ela poderá manter contato com os antigos amigos. E conhecer novas pessoas também é muito benéfico!

É normal que, no começo, as crianças fiquem um pouco deslocadas em uma nova escola, por exemplo. Mas aos poucos, elas irão encontrar novos colegas com os quais se identificam.

8. ENCAREM JUNTOS OS NOVOS DESAFIOS

A princípio, as novas matérias e novos conteúdos a serem aprendidos podem parecer um bicho de sete cabeças! Portanto, tranquilize seu pequeno ou pequena em relação a eles. Reforce que você e o(a) professor(a) estarão presentes para ajudar em toda e qualquer dificuldade. 👊

Por isso, uma dica é estar junto nesse momento: leia com as crianças a introdução dos novos materiais, como as apostilas e livros didáticos, por exemplo.

9. NÃO COMECE COM COBRANÇAS FORA DE MEDIDA

O momento é de readaptação. Então, começar com muitas cobranças poderá deixar seu pequeno ou pequena ainda mais assustado(a) nessa volta às aulas. E caso a criança apresente uma grande resistência ao retorno para a escola, não diga que se deve ir a escola e pronto. O melhor é entender o motivo dessa resistência, tudo bem?

Pode ser que isso seja passageiro! Ou, então, que aponte um problema mais grave, como a depressão infantil ou um caso de bullying.

10. LEMBRE-SE DE QUE OS LIVROS PODERÃO AJUDAR!

A leitura é uma ótima maneira de estimular os pequenos e pequenas a lidarem com os próprios sentimentos e as mudanças da volta às aulas. 📚 Com os livros infantis, as crianças aprendem, vivem momentos de diversão, se identificam com os personagens e refletem sobre as situações, por exemplo. Ou seja, ler é uma ferramenta importante para elaboração, criatividade e resolução de problemas!

Além disso, vale reforçar que, apesar de todos os desafios, o ambiente escolar tem muito a colaborar para o crescimento intelectual, psicológico e emocional das crianças. Na escola, elas aprendem muito sobre independência, socialização e criatividade e muito mais.

Portanto, é importante incentivar que as crianças lidem com os sentimentos de insegurança e medo trazidos pela volta às aulas. E que, de forma alguma, deixem de enxergar o ambiente escolar como um espaço de aprendizado e diversão!

A LEITURA COMO COMPANHEIRA PARA TODOS OS MOMENTOS

Você gostou das dicas da Leiturinha para a volta às aulas? Quer continuar lendo e vivendo as melhores histórias com as crianças?

Então, chegou a hora de conhecer o Clube Leiturinha: o maior clube de livros infantis do Brasil! Acesse o site, escolha o plano ideal para sua família e receba todo o mês o livro ideal para seu pequeno, na sua casa! 📚❤️18

Empatia na infância: Você está criando uma criança que se preocupa com os outros?

Empatia, substantivo feminino. De acordo com o dicionário da Língua Portuguesa: “ação de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria nas mesmas circunstâncias”. A habilidade de se colocar no lugar do outro não depende apenas da genética e, portanto, cabe a nós, adultos, orientar nossas crianças para que se tornem seres humanos mais empáticos, colaborando para um mundo melhor.

Mais empatia, por favor!

Desde o início da vida, os pequenos demonstram a capacidade de perceber o outro, no entanto, o desenvolvimento da empatia na infância é algo que deve ser trabalhado e incentivado pela família e pela escola, desde muito cedo. Já falamos aqui sobre a importância da primeira infância para que as crianças alcancem seu melhor potencial e com a empatia não é diferente. É importante que ela seja desenvolvida durante os primeiros anos de vida, fase em que os pequenos estão se formando e se colocando no mundo. Confira dicas simples para criar seu pequeno de forma mais empática:

1. Seja o exemplo

Como em qualquer outra situação, o primeiro passo é o exemplo. As crianças absorvem tudo, tantos as coisas positivas, quanto as negativas. Portanto, se você quer que seu filho tenha empatia pelos outros, tenha você também. Deixe que ele perceba e veja em você sua preocupação como os outros e com as consequências de suas atitudes. Assim, ele vai assimilar que também deve sempre estar atento às pessoas ao seu redor.

2. Trabalhe os sentimentos

Ajudar os pequenos a lidar com os diversos sentimentos que possam surgir é muito importante para que ele se torne um adulto mais sensível. Seja com brincadeiras, jogos, histórias, conversas ou colo e muito carinho, estar próximo da criança nos momentos em que ela tem que lidar com alguma sensação nova ou difícil, é fundamental para que ela se sinta segura e protegida para enfrentar seus problemas. Além de colaborar para a autoestima do seu pequeno, trabalhar os sentimentos o torna uma pessoa mais propensa a compreender o sentimento alheio e a se colocar no lugar do outro.

3. Estimule que ele conviva socialmente

O convívio social é muito importante para que a criança entenda que o mundo não gira em torno dela. Conhecer novas pessoas, com ideias, hábitos e personalidades diferentes vai despertar o olhar do seu pequeno para o mundo ao seu redor e, com sua ajuda, ele vai entender que as diferenças existem e não são nenhum problema. Além disso, o convívio social permite que ele se comunique e lide com situações adversas, o que é muito importante para sua construção enquanto ser humano.

4. Converse, converse e converse

O diálogo é sempre a melhor saída. Seja nos momentos bons ou ruins, nos acertos ou nos erros. Conversar com seu pequeno vai possibilitar que ele compreenda o que está acontecendo, permitindo uma reflexão sobre si mesmo e suas atitudes. Se ele fizer algo errado que afete outra pessoa, explique para ele as consequências de seus atos, deixe que ele perceba como suas atitudes podem afetar as outras pessoas e qual a melhor maneira de agir coletivamente.

5. Conte histórias!

Através das histórias, temos a possibilidade de viver e ver pelos olhos de outras pessoas. Os personagens dos livros infantis têm muito o que ensinar para os pequenos – e até para os adultos! Ao entrar em contato com o mundo imaginário da literatura, as crianças podem viver diferentes experiências, se colocando e se vendo no lugar dos personagens. Isso contribui para que ele conheça e entenda as diferentes perspectivas de mundo, o que colabora para que ele tenha mais empatia!11