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Como trabalhar a memória na educação infantil? Conheça 7 dicas!

Quem trabalha ou cuida de crianças pode ficar na dúvida de como trabalhar a memória na infância. Antes de tudo, é importante destacar que a mente funciona como um músculo: ela precisa ser estimulada!

Para isso, existem vários exercícios específicos que ajudam nesse desenvolvimento — e não precisam ser atividades chatas! Pelo contrário: dá para se divertir e, ao mesmo tempo, trabalhar a memória. Vamos ver como isso funciona!🥰

Afinal, como trabalhar a memória das crianças?

O desenvolvimento das crianças tem diversas particularidades. E estimular diferentes áreas, como a memória, é mais fácil do que você pode imaginar.

São diversas atividades — já presentes no dia a dia dos pequenos — que ajudam a construir uma memória de elefante. Acompanhe.

1. Jogo da memória

Este jogo já é um clássico muito divertido que faz sucesso entre as crianças. Além de ser uma forma superlegal de estimular a memória, vocês podem escolher um jogo com diferentes imagens (que podem ser de desenhos animados) ou até reinventar a brincadeira e fazer o próprio jogo em casa, com números ou continhas matemáticas, por exemplo.

Outra ótima ideia é escolher jogos de tabuleiro🎲 que estimulam a lembrança e, ao mesmo tempo, desenvolvem outras áreas do cérebro da criança, como: raciocínio rápido, resolução de problemas e elaboração de questionamentos.

2. Lembrar o dia

Também é possível treinar a memória das crianças sem precisar de um jogo. Uma boa sugestão é combinar com elas que, toda noite antes de dormir, vocês vão contar como foi o seu dia, relembrando tudo o que aconteceu.👀 Além de ser um bom exercício de memória, o momento funciona para viver de novo as boas emoções do dia e fortalecer o vínculo entre vocês!

Durante a conversa, aproveite para perguntar sobre os sentimentos que apareceram em cada situação inusitada. Isso vai ajudar a criança a se autoconhecer e também dar nome às suas emoções.

3. Cantigas

Além de serem importantes fontes de folclore e diferentes culturas, as cantigas🎵 estimulam a criatividade, a imaginação e a memória das crianças com danças e letras simples, curtas e fáceis de memorizar! Então, que tal relembrar e compartilhar com seu pequeno as que são suas favoritas?

Ah! Sabia que as cantigas folclóricas também são ótimas para ajudar na compreensão das palavras e sons? Pois é! Por causa disso, elas abrangem diferentes níveis de desenvolvimento das crianças.

4. O que tinha aqui?

Essa é uma atividade simples, mas bem divertida!⭐ Para começar, basta colocar vários objetos em cima da mesa e pedir para que seu pequeno observe por um tempo os objetos com atenção.

Depois, retire todos os objetos da mesa e peça para a criança dizer quais objetos estavam lá. Ah! Para deixar a brincadeira mais desafiadora, você também pode recolocar os objetos na mesa, deixando um ou dois de fora para que eles tentem descobrir qual(quais) objeto(s) não está(estão) ali.

5. Contar histórias

Ler para uma criança é uma ótima atividade para trabalhar a memória. Se você quer dicas para contar histórias, aqui vai uma: use e abuse dos sons quando estiver contando uma história para a meninada. Faça gestos para incentivar a imaginação 🤸 e também a fixação.

Depois que contar a história, peça para a criança destacar os principais momentos ou para recontar tudo o que ouviu do seu jeitinho.

6. Incentivar a leitura

leitura compartilhada 📖 também é uma ótima maneira de trabalhar a memória na infância, já que diversas outras áreas do cérebro são trabalhadas.

Nesse momento, você consegue criar um vínculo com os pequenos, além de ajudá-los nas palavras mais difíceis. Isso também é memorização!

7. Atividades e brincadeiras que ajudam a memória

Além das atividades já citadas, saiba que existe uma série de exercícios simples que ajudam inclusive no desenvolvimento da memória de longo prazo, como exercícios físicos, jogos de adivinhação e até mesmo pequenos desafios, tais como lembrar o endereço dos avós, da escola ou das ruas próximas de casa.

O importante é não fazer dessas atividades algo chato ou que demande um grande esforço. Lembre-se de que é sempre possível inovar e simplificar a vida!😉

Como ler para uma criança: dicas e benefícios da leitura

Nos últimos anos, os adultos passaram mais tempo em casa, aproveitando cada instante com seus filhos. Momentos para jogar, brincar, ver filmes e, claro, ler para uma criança. A leitura em família é um dos maiores presentes que pais, mães e responsáveis podem oferecer para os pequenos e pequenas. Contudo, você sabe como ler livros com uma criança?🤔

Se você também quer saber como mergulhar nos livros para crianças e viver momentos inesquecíveis em família, descubra algumas dicas a seguir. Acompanhe!

A importância da leitura na infância

Diversos estudos mencionam os benefícios da introdução de crianças e adolescentes no universo da leitura compartilhada, já que essa prática pode contribuir para o desenvolvimento saudável.

São muitas as vantagens colhidas pela leitura infantil logo nas primeiras semanas de vida de um bebê.👶Entre as principais, estão:

  • Criação de laços de afeto e proximidade com pais, mães e responsáveis;
  • Desenvolvimento cognitivo e incentivo à imaginação e à criatividade;
  • Estímulo à aprendizagem da linguagem, expressões e alfabetização;
  • Expansão do vocabulário e maior compreensão e interpretação de textos variados;
  • Contribuição para o desempenho escolar;
  • Ampliação da percepção de mundo;
  • Fortalecimento do sentimento de empatia.

Vale lembrar que todas essas situações podem ser ainda mais observadas com o passar do tempo, conforme as crianças crescem. Afinal, quanto maior a exposição dos filhos à literatura e a compreensão sobre a importância da leitura, mais visíveis serão esses benefícios!📚🌈

Além de trazer relaxamento e muita diversão, ler para uma criança proporciona à família um momento para exercitar a fantasia e o faz de conta. Nesse sentido, a leitura compartilhada fortalece os vínculos familiares. 👨‍👩‍👧‍👦

E essa prática pode ser incentivada a partir da leitura dos pais com a criança, e também do contrário! Isso porque o pequeno leitor também pode ser incentivado a fazer a leitura para os mais velhos. Legal, não é mesmo?

Nesse sentido, a leitura dá às crianças o protagonismo que necessitam para se desenvolver de forma segura e saudável. Sem contar que elas podem sentir um enorme prazer em ser os anfitriões da leitura do dia!📖

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Dicas de como ler para uma criança

Existem várias maneiras de estimular o hábito da leitura para uma criança, incentivando-a a conhecer coisas novas, sejam histórias emocionantes, engraçadas ou inspiradoras! Na sequência, você confere algumas sugestões práticas de como ler livros para uma criança, criando um momento ainda mais especial.😍

Cada fase do desenvolvimento infantil é uma etapa diferente. Assim, confira a seguir dicas, sugestões e formas de abordagem para a mediação de leitura de acordo com cada faixa etária.

Do nascimento aos 2 anos

Mesmo ainda na barriga da mãe,👶 o bebê já consegue ouvir sons externos. Inclusive das pessoas que mais interagem com ele, como a própria mãe, seu pai, avós e irmãos! Por isso, mesmo antes do nascimento, é possível ler para os bebês! Em seguida, é fundamental que os responsáveis já criem uma rotina de leitura e de contação de histórias para o recém-nascido.

Aos poucos, conforme a criança vai crescendo, a interatividade com histórias pode aumentar gradativamente. Nesse sentido, livros com fotografias, imagens e desenhos de cidades, objetos e situações do cotidiano, além de reprodução de sons de animais são formas de estimular a criatividade e a imaginação.

Ainda, livros interativos para crianças📚 são outro importante estímulo. Com esses, as crianças poderão não só ver as ilustrações como sentir diversas texturas e cheiros, promovendo a exploração sensorial. Um verdadeiro ver com as mãos!

Dos 3 aos 5 anos

Essa é a idade dos porquês e das infinitas repetições das mesmas histórias, não é mesmo? Os pais, mães e responsáveis devem aproveitar isso da melhor forma possível, incentivando-os a ler e a contar as histórias de que mais gostam muitas e muitas vezes!

Após ler para uma criança, o adulto também pode pedir para ela ler para eles: seja contando a mesma história a partir de sua imaginação, ou, ainda, interpretando trechos da história lida como se fosse uma apresentação teatral.🎭 Deixe a criatividade rolar!

Além disso, a interatividade com os livros para crianças deve acontecer aos poucos e de forma lúdica. Assim, a criança vai percebendo que as histórias também podem ser contadas e narradas de outras maneiras, utilizando diferentes vozes e entonações, por exemplo. É uma leitura compartilhada super gostosa!

Dos 6 aos 8 anos

Nesta fase, a criança já está sendo alfabetizada e compreendendo melhor o mundo que está ao seu redor. Portanto, essa é uma excelente oportunidade para os adultos começarem a abordar temas importantes e mais complexos, como a diversidade, a sustentabilidade e a cidadania a partir da leitura infantil.🌏🗣️

➡ Aqui, o incentivo e o encorajamento à leitura em voz alta é muito importante. Afinal, a leitura compartilhada de livros para crianças é um valioso instrumento de aprendizado e compreensão das histórias! Dessa maneira, é essencial ler para uma criança, mesmo que ela já tenha autonomia suficiente para fazer essa atividade sozinha.

A partir dos 9 anos

Conforme a criança vai crescendo👦🧒, é imprescindível que os adultos introduzam histórias que tenham mais proximidade com a sua realidade. É o caso de temas como a adolescência, a amizade, a escola e muito mais. Apesar de serem alfabetizadas, a preocupação agora é com relação à interpretação, compreensão dos textos e visão de mundo!💬

Lembre-se sempre de que um adulto que teve bastante contato com a leitura durante sua infância, terá grandes chances de ser um cidadão mais crítico e consciente de suas responsabilidades — sobretudo em relação ao coletivo. Assim, ler para uma criança auxilia na sua formação por toda a vida!

Brincadeiras de Festa Junina que os puerinhos adoram

Chegou a época de comidas gostosas e muita diversão! Reunimos dicas de brincadeiras de Festa Junina típicas para divertir os pequenos – e os adultos também.

 

Brincadeiras de Festa Junina para fazer com as crianças

Parece que ontem mesmo estávamos comemorando o Natal, mas os meses passaram voando e já chegou junho de novo! Com o friozinho voltando, começaram também as Festas Juninas.

É hora de se deliciar com os pratos típicos. Muitos são feitos à base de milho, já que é época da colheita: a canjica, o curau e a pamonha. Não podemos esquecer da pipoca e do milho cozido, além de em algumas regiões ser comum comer pinhão. E, os adultos, espantam o frio com vinho quente e quentão!

As crianças até aproveitam as delícias da festa, mas o que elas mais gostam mesmo é das brincadeiras. São muitos os jogos da cultura popular que viraram tradição nas comemorações de São João, Santo Antônio e São Pedro.

Brincadeiras de Festa Junina

Nós reunimos aqui as brincadeiras de Festa Junina favoritas, nas quais todo mundo pode participar. Veja abaixo ideias para tornar a festa uma grande diversão em família!

1 – Pesca

Pesca, brincadeira de Festa Junina
Foto: www.sogipa.com.br

Essa é uma das brincadeiras mais tradicionais! Em uma grande caixa ou bacia com areia, colocam-se peixinhos de papelão, plástico ou madeira. O objetivo é pescá-los usando uma vara. Para isso, os peixes podem ter argolinhas na boca ou então um furo, onde entre o anzol. Outra ideia é usar ímãs, colando um em cada peixe e outro na ponta da vara.

2 – Boca do Palhaço

Vamos ver quem é bom de mira, sô! Essa brincadeira é fácil de criar: basta desenhar um grande rosto de palhaço em um papelão e recortar um buraco na sua boca. Pendure o palhaço ou apóie-o de pé de alguma forma. As pessoas devem acertar a bolinha (de tênis ou de borracha) no buraco, jogando de uma certa distância.

3 – Jogo de Argolas

Essa brincadeira junina também é super fácil de fazer, e ainda ajuda a reutilizar garrafas de vidro ou de plástico. Junte 10 garrafas do mesmo tamanho; você pode decorá-las com o tema junino e definir o número de ponto que cada uma vai valer. Dispondo-as em triângulo, cada jogador tem 10 argolas para jogar de uma certa distância e acertar as garrafas.

4 – Tomba Latas

Tomba latas: brincadeira de Festa Junina
Foto: www.magicstareventos.com.br

Mais uma brincadeira junina divertida com materiais reciclados! Junte 10 latas de alumínio (pode ser de achocolatado, leite em pó, ou até latas menores de milho e leite condensado) e decore-as como quiser. Para jogar, faça uma pirâmide com 4 na base, 3 em cima e assim por diante. Com bolinhas de borracha ou até de meia, a brincadeira é derrubar as latas acertando-as de longe.

5 – Rabo do Burro

Essa brincadeira sempre acaba em muita risada! Em uma parede, cole um grande desenho de um burrinho sem rabo. A ideia é fazer um rabo separado, de papel crepom por exemplo. Segurando o rabo com uma fita adesiva na ponta, a criança ou adulto que for brincar deve ter os olhos vendados e girar algumas vezes. Então, andar até o desenho e colar o rabo no lugar certo. Será que alguém vai conseguir acertar?

6 – Quadrilha

Uma das partes mais tradicionais de qualquer Festa Junina! Os dançarinos usam trajes típicos e maquiagem caipira: chapéus de palha, bochechas com blush e pintinhas, bigode e cavanhaque, dente pintado de preto…

O tema tradicional da quadrilha junina é um casamento do interior, estrelado pela noiva, o noivo, um padre e outros personagens. A música é conhecida praticamente no país todo e o marcador da quadrilha narra a dança em cada parte: o balancê, o passeio na roça, o túnel e o caracol. Veja mais sobre a história da quadrilha e como organizar a sua.

7 – Bingo

O bingo de Festa Junina é cheio de animação, pois os adultos e crianças se divertem juntos. Na brincadeira, quem completar a cartela de números primeiro ganha o prêmio. Além de vibrar a cada número escolhido, a risada também é garantida pelo apresentador que sorteia os números.

8 – Corrida do saco

Corrida de saco: brincadeira de Festa Junina
Foto: www.mzdecoracoes.wordpress.com

Essa brincadeira antiga e típica do interior consiste em uma corrida, na qual os participantes devem pular dentro de um saco grande (de farinha, por exemplo). É mais difícil do que parece, mas muito divertido! Quem atingir a reta final primeiro ganha a partida.

9 – Corrida do ovo na colher

Essa brincadeira é daquelas para divertir os pequenos e ajudar no desenvolvimento do equilíbrio corporal deles. Com um ovo na colher, o desafio é ultrapassar a linha de chegada sem derrubar o ovo e quebrá-lo.

10 – Catar amendoim

Nessa brincadeira de Festa Junina, espalham-se alguns amendoins com casca no chão. Os participantes ficam em uma linha e correm até os amendoins, pegando um por um com uma colher para trazer de volta até a linha. Vence quem conseguir pegar o maior número de amendoins no tempo combinado.

Essa brincadeira junina se baseia em um verdadeiro correio para distribuir mensagens românticas ou de amizade na sua Festa Junina. Os convidados escrevem as mensagens, podendo se identificar ou ficar anônimos. Então, os entregadores levam cada mensagem para seu destinatário ou então lêem a mensagem na frente de todos. Uma dica é deixar cartõezinhos decorados prontos com espaço para escrever, junto com bombons para deixar tudo mais gostoso.

12 – Cabo de guerra

Crianças brincando de cabo de guerra
Imagem: Shutterstock

O cabo de guerra é uma brincadeira tradicional em que dois grupos se dividem para disputar qual deles é o mais forte. A vitória é da equipe que conseguir puxar a corda para além da marcação feita no campo.

13 – Maçã na água

Nessa brincadeira, a ideia é pescar maçãs ao invés de peixes. Em um balde de água, coloque várias maçãs boiando: ao mesmo tempo, cada participante deve tentar pegar uma maçã com a boca, com as mãos para trás. Quem conseguir pegar primeiro, ganha a rodada.

14 – Pula fogueira

Nas festas de São João, a fogueira tem o significado de festejar a vitória da luz contra a escuridão, além de ser usada para espantar o frio e os insetos. É tradição pular fogueiras, mas não queremos ninguém se machucando. Então, que tal fazer uma fogueira com papel crepom e rolos de papel? Assim todos podem brincar de pular a noite toda!

15 – Bolha de sabão

Quem não adora brincar de fazer bolhas gigantes de sabão? Essa é uma prenda comum em muitas Festas Juninas, e faz o maior sucesso entre os pequenos. Aproveite para incentivá-los a brincar nos espaços ao ar livre da festa sem sujar a casa, e se divertir ainda mais.

Esperamos que goste das brincadeiras de Festa Junina e, se tiver mais ideias, compartilhe com a gente nos comentários. Bom arraiá! 🔥

Festa Junina, diversão e leitura

livro personalizado Turma da Mônica pelo Brasil nas Festas Populares

Quer deixar o arraiá dos pequenos ainda mais animado? O livro personalizado “Festas Populares da Turma da Mônica” apresenta a tradicional festa junina e diversas outras comemorações típicas que alegram as regiões do país.

Recompensar as crianças funciona?

Se tem uma coisa que todos os pais concordam é que educar os filhos é a tarefa mais difícil que existe, certo? Pois é, mas apesar da dificuldade, essa também é a tarefa mais importante do mundo. O grande problema é que para fazer isso não existe manual de instruções ou regras que sempre dão certo ou errado. Na maioria das vezes, a gente vai aprendendo na prática, querendo acertar sempre, mas errando de vez em quando. E está tudo bem! Criar os filhos também é um processo de aprendizado. Na tentativa de educar e fazer com que as crianças colaborem em casa, algumas famílias optam por recompensar as crianças diante das tarefas realizadas. Mas será que esse método realmente funciona ou traz algum tipo de risco?

Recompensar as crianças funciona?

É claro que as crianças (assim como os adultos) precisam ser motivadas e estimuladas no dia a dia, mas isso não necessariamente significa que elas precisam ganhar um prêmio toda vez que fizerem algo que foi pedido.

Nesses casos, existe a chance de que elas comecem a barganhar e só colaborem ou realizem suas tarefas se receberem algo em troca. Além disso, as crianças podem introjetar a ideia de que apenas o resultado é importante, e não o processo em si.

Qual a alternativa então?

Mas dessa forma, o que pode ser feito para estimular a cooperação dos pequenos e o comprometimento deles com seus afazeres?

1 – Estabeleçam juntos uma lista de direitos e deveres. Pensem no que é responsabilidade das crianças e no que elas têm direito, sempre tendo em vista metas reais e adequadas a idade de cada uma delas.

2 – Atente-se ao processo e à evolução das crianças, não apenas nos resultados.

3 – Valorizem os novos aprendizados e conquistas.

4 – Certifiquem-se de que estão cumprindo a parte de vocês nos combinados, sem prometer nada que não possam fazer.

5 – Abram espaço para dialogar. Permitam que as crianças possam falar sobre o que sentem.

É claro que vez ou outra uma recompensa pode acontecer, mas é preciso que esses casos sejam muito pontuais. 

Uma boa alternativa para ajudar as crianças a entenderem o processo é mostrar os ganhos secundários com a colaboração de todos.

Por exemplo: ao invés de dizer ao filho “se você guardar seus brinquedos rapidamente todos os dias dessa semana você ganha um prêmio no final dela”, vale mais a pena dizer “se você guardar seus brinquedos rapidamente, sobra um tempinho para lermos uma história antes de dormir, que tal?”.

Dessa forma, aos poucos e com paciência a criança vai ganhando maturidade e deixa de associar suas responsabilidades a premiações que muitas vezes não tem relação nenhuma com a tarefa. Aos pouquinhos, ela vai percebendo as consequências de realizar ou não uma atividade e, dessa forma, vai aprendendo a se disciplinar e ser mais colaborativa.

Como ajudar um filho com ansiedade? Dicas para trabalhar a paciência e controlar a ansiedade

Atualmente, a ansiedade é um dos problemas que mais levam os adultos ao divã do terapeuta. Isso porque nem sempre é fácil conciliar as exigências da vida moderna com o estresse vindo de conflitos familiares e de dificuldades no trabalho. Porém, o que fazer quando a dúvida é sobre como ajudar um filho com ansiedade?

Afinal de contas, as crianças não estão livres dela, muito menos dos transtornos que a ansiedade pode gerar, sabia? Com causas diversas, esse problema pode acometê-las em qualquer idade, cabendo aos pais e familiares dar o suporte necessário para que lidem de forma adequada com a questão.

Pensando nesse desafio, compartilhamos por aqui o que você precisa saber sobre esse tema! Vamos conferir?

O que é ansiedade e o que é transtorno de ansiedade?

Antes de qualquer coisa, é preciso saber que a ansiedade e o transtorno de ansiedade não são a mesma coisa. Há uma diferença importante entre os dois termos que os pais devem conhecer, e nós vamos esclarecer!

A ansiedade é uma reação totalmente normal dos seres vivos — o que é chamado pela biologia de resposta inata. Basicamente, ela surge por conta da produção e liberação de determinados hormônios no nosso corpo, como o cortisol e a noradrenalina.

Na natureza, a função da ansiedade é justamente garantir que estejamos vigilantes e prontos para lutar pela sobrevivência frente a situações desafiadoras, estressantes ou perigosas. Ou seja, é algo normal e todos podemos ter um episódio de ansiedade em qualquer momento de nossa vida — desde a primeira infância até a terceira idade.

Um exemplo que deixa isso bem claro é quando uma pessoa está fazendo uma trilha na floresta e se depara com uma cobra. Como método de autodefesa, visto que esse é um animal muitas vezes venenoso e que provoca medo, o organismo aumenta consideravelmente os níveis dos hormônios citados anteriormente e fica em alerta máximo, pronto para escapar ou reagir, se for preciso.

O transtorno de ansiedade, por outro lado, ocorre quando esse quadro de ansiedade fica desregulado, tornando-se frequente, excessivo e sem controle. A grande questão é que, para alguns indivíduos, não há um motivo que justifique o aparecimento dele (como um problema iminente ou uma ameaça de vida). Ao contrário, a ansiedade é generalizada.

Já para outros sujeitos, ela surge por razões que podem ser identificadas, mas que não justificam o nível de ansiedade gerado e que tanto os afeta negativamente. Em alguns casos, diariamente. Como resultado, quem sofre com desse tipo de transtorno deixa de ser alguém funcional, o que impacta diretamente em sua qualidade de vida.

Não é para menos que devemos redobrar a atenção com as crianças, pois, se adultos já são bastante prejudicados quando têm uma ansiedade fora do normal, com as crianças isso pode ser ainda mais grave, dada a pouca idade que possuem para lidar com ela.

Conheça 10 dicas para controlar a ansiedade nas crianças

Separamos algumas dicas sobre como ajudar um filho com ansiedade, para que você consiga identificá-la de modo precoce, para que saiba como agir de maneira efetiva para controlá-la e, com o tempo, reduzi-la ao máximo. Confira a seguir!

1. Conheça os sintomas da ansiedade infantil

A ansiedade infantil conta com alguns sintomas que são fáceis de serem notados, não só por quem está ansioso, mas também por quem convive com essa pessoa (seja ela uma pessoa adulta ou uma criança). Por isso, é importante estar atento aos sinais que o seu filho demonstra. Entre os principais, estão:

  • irritabilidade e/ou agressividade excessiva;
  • alterações nos hábitos de sono e pesadelos frequentes, com sono durante o dia devido às noites mal dormidas;
  • preocupação constante — que pode ser com a escola, com a segurança dos membros da família, com a saúde ou com o futuro, de maneira geral;
  • impaciência — que pode levar a ataques de birra, por exemplo;
  • dificuldade de concentração nas aulas e fora do período escolar — como nas tarefas de casa, nos estudos ou mesmo nos momentos de lazer, durante jogos e brincadeiras;
  • alterações no apetite, para mais ou para menos;
  • desleixo com a própria higiene;
  • queda no rendimento escolar.

Nem sempre as crianças sabem comunicar aos adultos suas emoções. Por isso, é importante ter atenção em mudanças de hábitos ou comportamentos. Identificar precocemente transtornos de ansiedade nas crianças e, então, lidar com eles da melhor forma, é essencial para evitar repercussões negativas na qualidade de vida e no desenvolvimento dos pequenos.

2. Apoie, em vez de julgar ou reprimir

Se seu filho demonstrar algum sinal de que está sofrendo de transtorno de ansiedade, o primeiro passo para ajudá-lo a enfrentar o problema é manter as portas do seu relacionamento com ele bem abertas.

Assim, nada de ridicularizar suas preocupações, aumentar a cobrança em relação à escola ou punir a criança pela dificuldade de concentração, combinado? Até mesmo a demonstração exagerada de preocupação por parte dos pais pode levar a criança a se fechar cada vez mais.

Nesses casos, é importante que os pais se mantenham tranquilos e ajam de modo a mostrar ao filho que há um espaço seguro no seu relacionamento, para que ele possa expressar suas angústias e aprenda, por meio do diálogo com os adultos, a resolvê-las.

3. Pesquise os motivos por trás da ansiedade

Não é incomum que a ansiedade infantil seja uma reação a situações temporárias de estresse — como a chegada de um novo irmãozinho, a separação dos pais, a perda de um ente querido ou a mudança de cidade ou de escola. Nesses casos, fica mais fácil para os pais direcionarem esforços, mostrando ao filho como enfrentar aquele desafio específico, sempre por meio de incentivos que estimulem a autoconfiança da criança.

No entanto, se os sinais que citamos se tornarem cada vez mais frequentes e intensos, sem uma razão momentânea e clara por trás, podemos estar diante de um problema diferente, que merece atenção redobrada por parte da família, isto é, que estamos lidando na verdade com um transtorno de ansiedade.

Abaixo, você vai conferir alguns desses sinais, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).

Transtorno de ansiedade de separação

A ansiedade da separação é comum em crianças de até 2 anos, sendo caracterizada como o medo de ficar longe de alguma figura adulta, em especial, a materna e/ou a paterna. Esse sentimento costuma desaparecer conforme a criança começa a entender que os pais retornam depois da ausência.

Quando o problema é persistente, a criança pode sofrer de transtorno da ansiedade de separação, com um medo intenso de que os pais não voltem, sofram algum acidente etc.. Nesses casos, pode haver somatização da preocupação excessiva, resultando em dores de barriga e de cabeça, enjoos e outros problemas, sempre que os adultos de referência precisam se ausentar.

Transtorno de ansiedade social

Assim como a ansiedade da separação, a chamada ansiedade social também é comum. Por exemplo, ela ocorre quando nos sentimos nervosos por falar em público, ao iniciar conversas com desconhecidos, entre outras situações afins. No entanto, se o sentimento de angústia é incapacitante e excessivo, é sinal de que há um transtorno ocorrendo.

Com as crianças não é diferente: se os eventos de interação social são tão temidos pelos pequenos a ponto de eles tentarem evitá-los ou começarem a apresentar sintomas, como: tremores, sudorese, dores de barriga ou de cabeça, mutismo e taquicardia, é preciso ter atenção.

Fobias específicas

A fobia se caracteriza por um medo excessivo e incontrolável de algo específico. Por exemplo, de animais, da escuridão, de lugares fechados, de trovões, entre outros. As fobias são fruto de alguma situação traumática ou de um choque intenso vivenciados, muitas vezes, ainda na infância.

Caso a fobia seja muito grave, ela pode levar à ocorrência de ataques de pânico e comportamentos prejudiciais. Por exemplo, há o medo irracional de tudo aquilo que lembra a fonte da fobia.

Crianças que têm uma fobia precisam ser acompanhadas de perto pelos pais, além de demandarem tratamento psicológico, pois se ela não for devidamente tratada, pode se estender por toda a vida.

Estresse pós-traumático

Quando a criança cai de bicicleta pela primeira vez, pode ter dificuldade para voltar a tentar, porque se torna receosa em relação à possibilidade de cair de novo, não é? Agora, se a criança passa por situações graves que provocam sentimentos fortes de medo e/ou tristeza, a ansiedade pode se tornar generalizada e insistente.

É o caso de situações traumáticas, como acidentes de carro, bullying escolar, perda de amigos ou de parentes queridos, abusos e violência. Todos esses acontecimentos devem ser abordados por meio da busca de informações e, se necessário, do apoio de um profissional.

Influência do meio e da educação parental

Por fim, a ansiedade nas crianças também pode surgir a partir da influência do meio, quando há observação e absorção dos comportamentos que ela vê no ambiente. Por exemplo, se os pais estão ansiosos, podem estimular involuntariamente esse sentimento nos pequenos.

O estilo de educação parental também é capaz de contribuir com o surgimento de transtornos de ansiedade, seja por haver uma superproteção, seja por críticas e pressão excessivas, por exemplo — aspectos dos quais falaremos mais adiante.

4. Treine a paciência com pequenas esperas

A quarta dica sobre como ajudar um filho com ansiedade é ajudá-lo a exercitar a paciência, para que possa ficar mais tranquilo em situações de nervosismo, pressão ou apenas de espera. Afinal de contas, essa habilidade será essencial na sua vida adulta.

Dessa forma, mostre à criança como ela pode se distrair com uma revista, um livro ou um brinquedo na sala de espera do médico, por exemplo. Ressalte a necessidade de aguardar com calma para que a comida fique pronta e também a ensine a esperar sua vez para falar e ser ouvida. Esse é um aprendizado lento, mas que deve começar desde cedo!

5. Dê o exemplo e cumpra suas promessas

Quem é pai ou mãe sabe bem como os filhos tendem a imitar o comportamento dos adultos, mesmo sem saber exatamente o que aquela reação quer dizer. Por vezes, a cópia é tão exata que chega a ser cômica! Diante disso, fica claro que uma das melhores maneiras de ensinar uma criança a ser paciente é demonstrando paciência e tolerância também em relação a ela.

Isso implica deixar a criança a par de situações em que você não consegue o que quer de imediato. Ao contrário, precisa lidar com prazos, atrasos e contratempos que surgiram ao longo do caminho. Aqui, incluímos situações que envolvem não só controlar as próprias expectativas, mas também saber encarar de maneira inteligente as frustrações.

Outros bons exemplos são: não ter uma reação exagerada quando o filho se atrasa; mostrar que a espera vale a pena ao cumprir a promessa de ouvi-lo; ou brincar com ele somente depois de terminar o que estava fazendo no momento em que pediu a sua atenção.

6. Entenda que nem tudo é ansiedade exagerada

É preciso que os pais saibam diferenciar situações de pura pirraça e falta de disciplina daquelas em que ocorrem respostas ansiosas. Por exemplo:

  • birra: quando a criança chora porque os adultos não compram o que ela quer no supermercado;
  • resposta ansiosa: quando a criança não quer esperar pelos convidados para partir o bolo de aniversário.

Isso é fundamental porque nem todos os comportamentos das crianças são, necessariamente, movidos por uma ansiedade exagerada que traz, como resultado, sintomas físicos, mudanças de atitudes e prejuízos na vida social.

Nesses momentos, o que costuma ajudar é entender que o modo como as crianças lidam com o tempo é diferente do nosso. Por isso, às vezes, precisamos apenas aceitar suas limitações. Uma criança cansada ou com fome, por exemplo, dificilmente ficará calma enquanto espera para se deitar ou para comer.

Da mesma forma, pode ser melhor não compartilhar com o filho planos para um futuro que ele ainda não consegue enxergar. Farão uma viagem meses depois? Espere para dar a notícia aos poucos, evitando que a criança fique ansiosa com muita antecipação.

7. Desenvolva atividades relaxantes

Em momentos de grande ansiedade nas crianças, os pais podem praticar atividades relaxantes e que ajudem os pequenos a controlar os sintomas do medo, da irritação e da preocupação. A respiração profunda e consciente é uma boa técnica. Para deixá-la mais lúdica, você pode fazer assim:

  • peça ao pequeno para se deitar de barriga para cima;
  • coloque algum objeto em cima de sua barriga, como um urso de pelúcia ou a própria mão;
  • oriente a criança a respirar profundamente;
  • mostre que, ao puxar o ar, o brinquedo ou a mão sobe e, ao soltar o ar, o brinquedo ou a mão desce.

Auxilie a criança a realizar esse exercício várias vezes, prestando atenção nos movimentos, pois isso ajudará a desviar o foco da preocupação que causou a ansiedade.

Outra ideia é imaginar um “lugar seguro”: toda vez que a criança se sentir ansiosa, ajude-a a viajar em pensamento para o seu local preferido, em que ela normalmente se sente feliz e despreocupada. Também é interessante estimulá-la a, quando estiver ansiosa, procurar locais com plantas e flores, já que o contato com a natureza tem efeito calmante e relaxante nas pessoas em geral.

8. Desenvolva um diálogo aberto com o pequeno

tempo compartilhado e o diálogo são muito importantes para que as crianças exponham seus receios e, a partir disso, possam começar a lidar com eles. Você pode, inclusive, ajudá-las a entender melhor a ansiedade e suas causas. Para tanto, estimule que elas falem sobre seus incômodos e, assim, possam desmistificar o medo.

Nessa tarefa, você pode criar um personagem fictício que personifique tal ansiedade. Sempre que a criança se sentir ansiosa, peça que ela atribua essa sensação ao personagem e explique para ele o que está sentindo — pode ser alguém imaginário ou mesmo um brinquedo.

Outra dica é prezar sempre pelos elogios construtivos. O reforço positivo é muito importante para que a criança se sinta capaz de enfrentar a ansiedade. Sempre enfatize o quanto ela se esforçou para falar em público, o quanto ela melhorou no rendimento escolar, entre outras situações que possam ser valorizadas.

Esse tipo de estímulo ajuda as crianças a ficarem mais otimistas frente à ansiedade, além de ajudá-las a perceberem que conseguem superar as situações desencadeadoras das sensações negativas.

9. Não evite sempre as causas de ansiedade

É claro que os pais querem evitar situações que prejudiquem o bem-estar dos filhos. No entanto, é importante ter em mente que fazer isso sempre também não é saudável.

Lembre-se do que falamos lá no início: a ansiedade é uma resposta natural do nosso organismo. Portanto, o ideal é ajudar o pequeno a enfrentar os próprios medos de forma progressiva, respeitando seus limites — desde o início da infância —, até mesmo para que ele saiba reconhecer como é estar ansioso e como ele se comporta nesses momentos.

Porém, atenção: em casos de traumas, essa exposição a ambientes ou situações estressantes deve ser feita com muito cuidado, preferencialmente com o suporte e a orientação de um psicólogo.

10. Saiba quando é hora de procurar tratamento

Concluindo as dicas de como ajudar um filho com ansiedade, saiba que é preciso reconhecer quando se deve procurar por ajuda profissional para tratar a ansiedade na criança. Isto é, quando ela estiver comprometendo sua vida e seu relacionamento com outras pessoas, impedindo-a de realizar as tarefas diárias e de curtir momentos sem preocupação.

Como você viu, se a ansiedade se torna incapacitante, muito frequente ou intensa, pode ser algum transtorno que exige intervenção profissional. E, nesses casos, quanto mais precoce for o tratamento, menos repercussões negativas ocorrerão no desenvolvimento infantil. Então, é importante redobrar a atenção em relação aos sinais físicos, emocionais e comportamentais da criança.

Se você acha que esse é o caso do seu filho, não hesite em conversar com outros pais e educadores sobre a ansiedade nas crianças, eventualmente buscando o auxílio de um terapeuta infantil, capaz de se aprofundar na questão. Lembre-se de que os pais também não precisam enfrentar mais essa preocupação sozinhos!

Que atitudes tornam a criança ansiosa ou pioram a ansiedade?

Muitos psiquiatras e psicólogos são categóricos em pontuar que as crianças de hoje são levadas, desde cedo, a envolver-se em inúmeras atividades além da escola, ficando, assim, muitas vezes expostas a cobranças recorrentes.

Para completar, os pequenos passam cada vez mais tempo hiperconectados, graças ao acesso que têm à tecnologia — o que estimula uma visão muito “instantânea e automática” do mundo.

Por tudo isso, é necessário observar os hábitos e comportamentos que, de maneira intencional ou não, podem contribuir para piorar esse quadro de ansiedade. Confira a seguir alguns desses hábitos e comportamentos, para evitá-los ao máximo!

Fazer cobranças em excesso

As cobranças que não consideram a individualidade e os limites da criança podem ter um efeito totalmente contrário à motivação, levando à insegurança, ao estresse e à ansiedade.

Então, é preciso estimular o desempenho escolar e das demais atividades do dia a dia, mas sem sobrecarregar as crianças para que elas sejam perfeitas. É fundamental considerar os gostos, os limites e a personalidade dos pequenos para potencializar suas habilidades, deixando-os confiantes para que consigam explorar o potencial que têm.

Relembrar de forma recorrente os erros

Todos os seres humanos erram, sejam crianças, sejam adultos. É importante aceitar que o erro faz parte da vida e é com eles que podemos aprender a acertar. Contudo, focar apenas nos erros das crianças pode deixá-las com medo de tentar novamente e fracassar, ficando, assim, completamente sem autoconfiança.

Por isso, quando o pequeno fizer algo de forma errada, o ideal é conversar e explicar por que aquilo não é o correto, mas jamais ficar remoendo isso depois. É importante também focar nas tentativas acertadas das crianças.

Não dar valor às pequenas conquistas da criança

Aprender a amarrar o cadarço do tênis, a olhar as horas… Toda a nossa vida, principalmente na infância, é feita de pequenas conquistas. Nem sempre as pessoas são as primeiras em tudo; no entanto, isso não significa que as experiências não permitem aprendizados relevantes.

É por isso que os adultos também devem valorizar os pequenos passos da criança. Não estamos dizendo que tudo tem que ser elogiado. Não é ficar dando recompensas para tudo, mas um “Muito bem, você está no caminho certo!” ou um “Parabéns por ter chegado até aqui!” podem fazer toda a diferença na autoconfiança e na autoestima da criança.

Expor problemas e frustrações do casal

Todos os casais têm problemas em casa. Divergências em estilo de vida, falta de tempo, separações e crises de dinheiro são algumas coisas inevitáveis. Porém, ficar expondo e discutindo essas questões na frente dos filhos pode fazer com que eles se sintam culpados, inseguros e ansiosos com o rumo que o futuro da família vai tomar.

Obviamente que, quando eles ficarem maiores, alguns assuntos deverão ser tratados. Afinal de contas, os filhos também são afetados direta ou indiretamente pelas decisões do casal. Porém, é preciso respeitar a idade e o tempo da criança, além de sempre conversar com ela de forma adequada.

Fazer tarefas no lugar da criança por não a considerar capaz

Embora o primeiro instinto dos pais seja sempre proteger seus filhos, é importante lembrar que a superproteção impede que as crianças aprendam a lidar com algumas consequências negativas das decisões tomadas, além de não permitir que elas aprendam com os seus erros.

Muitos pais realizam algumas tarefas no lugar dos filhos. Quando isso acontece, eles fazem com que as crianças pensem que não têm capacidade de cuidar de suas próprias coisas. Logo, isso as deixa inseguras sobre suas capacidades e habilidades.

Então, é preciso deixar o pequeno tentar, encorajá-lo e incentivá-lo, porque não é sempre que os pais estarão por perto para fazerem todas as coisas por ele.

Fazer muitas críticas

No processo de como ajudar um filho com ansiedade, é complicado quando muitos pais adotam uma criação bem rígida, com exigências e regras em excesso na rotina das crianças. Será mesmo que elas têm preparo para uma carga tão pesada assim?

Em Nova York, os pesquisadores da Binghamton University buscaram essa resposta. Eles analisaram a maneira como as crianças reagiam enquanto os responsáveis estavam fazendo críticas. Quando analisaram os resultados, os estudiosos concluíram que os filhos de pais muito críticos prestam bem menos atenção às expressões faciais, quando comparados às demais crianças.

Tal comportamento pode acabar afetando as relações com outras pessoas. Além disso, pode ser um dos motivos pelos quais as crianças expostas a altas críticas correm mais risco de desenvolverem ansiedade ou depressão.

Os pais que mostram comportamento de rejeição pelos filhos de forma constante, com críticas em excesso, podem levá-los a pensar que são inadequados, incompetentes, além de terem uma visão negativa do mundo.

Fazer comparações

“O Joãozinho nem estudou e tirou notas melhores que a sua.”. “O seu primo é excelente nos esportes. Você deveria se espelhar nele para ver se melhora.”. “O filho do vizinho ganhou uma medalha hoje na escola. Você nunca me deu esse tipo de orgulho; só serve para dar trabalho.”.

Já viu ou ouviu frases desse tipo serem ditas por adultos para crianças? Pois é, infelizmente, elas ocorrem mais do que deveriam em muitas famílias — e é necessário ficar de olho para não as reproduzir!

Não interessa se a criança fez algo que você reprovou ou não atendeu às suas expectativas. É importante entender que compará-la com outras pessoas, como familiares ou amigos, pode acabar impactando negativamente em sua autoconfiança.

Isso é válido, inclusive, até mesmo quando a intenção é motivar ou elogiar. Afinal, ao fazer uma comparação com outra pessoa, você cria um sentimento de disputa ou gera certa pressão, que pode causar insegurança e frustração.

Priorizar sempre os compromissos do trabalho

Ser ausente, prometer e não cumprir ou ser displicente com os compromissos da família são algumas atitudes que, sem dúvida alguma, impactam no desenvolvimento das crianças, deixando-as desconfiadas, inseguras e ansiosas.

Portanto, embora você esteja com o dia cheio de muitos compromissos de trabalho, é fundamental estar presente na rotina dos filhos. O medo, a tristeza e a ansiedade infantil vão fazer parte, sim, do crescimento dos pequenos; no entanto, não podem existir em excesso.

Mesmo que alguns acontecimentos obriguem as crianças a lidarem com frustrações e problemas de maneira impactante — e isso envolve, por exemplo, a separação dos pais, o nascimento de um irmão etc. —, quando esses sentimentos passam a criar pânico nos pequenos, paralisando-os, é necessário ter muita atenção.

Como agir em casos de crise de ansiedade?

Além do interesse em saber como ajudar um filho com ansiedade, muitos pais se questionam sobre como agir quando a criança entra em uma crise ansiosa, o que pode levá-la a ficar descontrolada emocionalmente, ter ataques de pânico ou, ainda pior, passar por episódios de despersonalização e desrealização — isto é, quando ela se sente separada do próprio corpo ou incapaz de reconhecer a realidade em volta dela, respectivamente.

Diante de casos assim, é fundamental que você mantenha a calma para não se tornar, mesmo sem intenção, uma fonte extra de estresse e irritação para a criança, o que só aumentará os sintomas que ela já está enfrentando.

Também é importante não cobrar, exigir ou impor que a criança melhore imediatamente, como se houvesse um interruptor de “liga e desliga” disponível para ela. O ideal é mostrar o seu carinho e apoio incondicionais, levando-a para um espaço mais reservado, calmo e silencioso.

A partir daí, você pode fazer junto dela alguns exercícios de respiração — o que é importante para melhorar a oxigenação no cérebro —, além de iniciar conversas relaxantes sobre coisas que são do seu interesse (como séries, desenhos, quadrinhos, brinquedos, entre outros). Aqui, vale qualquer coisa que funcione como uma distração e que a ajude a se afastar, pouco a pouco, dos sintomas da ansiedade.

Como é o tratamento do transtorno de ansiedade?

Não foi só uma vez que falamos até aqui sobre o acompanhamento profissional para ajudar um filho com ansiedade e recuperar a sua saúde mental. Porém, você deve se perguntar como ocorre esse processo e, em especial, o que acontece, não é mesmo? Por isso, reservamos este último tópico para esclarecer o assunto.

O tratamento da ansiedade se inicia com a psicoterapia semanal. Por meio de sessões de atendimento, o psicólogo vai levantar junto à criança as possíveis causas do problema e/ou os gatilhos que o acionam. Em paralelo, ele vai dar o suporte à criança para que ela fale sobre o que sente e consiga entender, de forma mais clara, pelo que está passando.

O psicólogo também vai ensinar alguns métodos para que a criança reduza os sintomas da ansiedade, controle os pensamentos invasivos e fique menos sensível aos gatilhos presentes em sua rotina. Por fim, o profissional também vai orientar os pais sobre como agir diante do caso e tornar o lar um lugar mais positivo e receptivo.

A atuação do médico psiquiatra ocorre mensalmente, em paralelo à atuação do psicólogo, complementando-a. No entanto, ao contrário do que acontece no tratamento de adultos — no qual são receitados medicamentos desde o início para controlar os sintomas do transtorno —, aqui o objetivo é evitar o uso de remédios, limitando-os a situações extremas.

Afinal, estamos falando de crianças, cujo organismo é mais sensível, e de fármacos muitas vezes fortes e que podem gerar efeitos colaterais significativos. Não é para menos que muitos psiquiatras recorrem à prescrição de produtos fitoterápicos.

Esses remédios são feitos à base de plantas medicinais (como camomila, valeriana, erva cidreira, maracujá, entre outras), que têm efeito cientificamente comprovado na redução do nível de ansiedade e não contam com elementos químicos em sua composição, o que facilita seu uso em diferentes faixas etárias.

Saber como ajudar um filho com ansiedade é uma tarefa multifatorial. Envolve mudanças de comportamento na relação com a criança dentro do núcleo familiar, incentivo a atividades que proporcionem bem-estar psicológico e emocional (como a prática de esportes e de leitura) e um acompanhamento terapêutico.

A partir desse mix de ações, você tem como proporcionar mais saúde mental ao seu filho, além de um ambiente acolhedor para ajudá-lo a superar qualquer dificuldade que surja ao tentar entender, lidar e controlar as manifestações da ansiedade. Dessa forma, a criança crescerá rodeada de carinho e bem-estar. E é exatamente isso que todos os pais desejam aos filhos, não é mesmo?

Musicalização na educação infantil: benefícios e diversas possibilidades para colocar em prática

Ouvir música é um hábito que está presente antes mesmo de o bebê nascer. A relação que se estabelece por meio dos sons 🎼 é extremamente benéfica. Assim, a musicalização na educação infantil já faz parte do currículo escolar de muitas instituições e vem sendo protagonista no desenvolvimento das crianças.

Explorar esse recurso além da sala de aula, fazendo um trabalho conjunto, é uma excelente forma de garantir que os benefícios sejam potencializados e a criança cresça de maneira saudável física e emocionalmente.💗

Entenda mais sobre o conceito de musicalização infantil, seus ganhos para a criança e como aplicá-lo, na prática!

O que é musicalização infantil?

Pode-se definir a musicalização infantil 🎶 como atividades que estimulam o reconhecimento e a sensibilidade a sons e ritmos, colocando a criança, inclusive, como cocriadora de conhecimentos sobre esse tema.

Assim, o grande objetivo da musicalização na educação infantil é estimular as habilidades sociais, emocionais, físicas e psicológicas de maneira lúdica. Além disso, ela também contribui diretamente com o desenvolvimento da inteligência emocional. 💭

Vale ressaltar que a musicalização é tão importante quanto a leitura; ou seja, são ferramentas complementares que oferecem ganhos para a criança em diversos sentidos.

Os benefícios da musicalização na educação infantil

De forma mais prática, as atividades de musicalização infantil contribuem com muitos benefícios para as crianças de todas as idades.🧒🏼Saiba mais na sequência!

Desenvolvimento cognitivo

A música é um recurso que tem influência direta em algumas partes do cérebro humano 🧠, sendo um facilitador para o desenvolvimento cognitivo e, em especial, para a aprendizagem infantil.

Assim, o desenvolvimento infantil, em especial, escolar, tem ganhos significativos com o trabalho da musicalização na educação infantil.

Estimula a criatividade

A criatividade 📝 por si só é uma habilidade bastante presente nas crianças e pode — e deve — ser potencializada. A musicalização infantil pode ter uma influência de grande valia nesse processo.

A presença da arte 🎭 junto a conhecimentos técnicos permite que a criatividade seja elevada e que a criança crie conceitos e percepções a respeito de suas vivências com o fator criatividade como diferencial.

As brincadeiras para estimular a criatividade podem ser exploradas sob o viés da musicalização, da leitura 📖 e de diversas outras áreas.

Potencializa a concentração e memória

Se o desenvolvimento cognitivo tem ganhos expressivos com as atividades de musicalização infantil, isso também reflete na concentração e na 🧐 memória das crianças.

O envolvimento proporcionado pelo ritmo, pelos sons 🎧 e pelos instrumentos faz com que a criança esteja inteiramente presente naquele momento, desenvolvendo sua consciência sobre a importância da concentração e da memória.

Vale pontuar também que em um mundo de estímulos constantes, principalmente por meio das telas 💻a importância da musicalização na educação infantil também está nesse “respiro” de viver o momento.

Ajuda com a coordenação motora

A consciência corporal 👯 proporcionada pela musicalização na educação infantil traz à tona benefícios importantes para a coordenação motora das crianças. O uso de instrumentos musicais 🎻 nesses momentos faz com que os pequenos compreendam seus limites físicos e reconheçam suas habilidades.

Aliando a música com a dança, a criança pode também explorar movimentos do corpo, aumentando a sensação de bem-estar.

Desenvolve a confiança

Ao perceber que pode ir além, que se sente bem e que pode explorar seu corpo e sua mente com a musicalização infantil, a criança passa a se sentir mais confiante e sua autoestima é elevada.🙋🏼‍♂️ Isso gera reflexos por toda sua vida, contribuindo com sua formação de caráter e também sua socialização.

Como aplicar a musicalização na educação infantil?

Ao compreender a importância da 🎵 musicalização na educação infantil, é hora de saber como aplicá-la de maneira prática no dia a dia da criança, para que seja um processo natural e prazeroso.

Aula de musicalização

Em primeiro lugar, considerar uma sala confortável e aconchegante e um tapete para que as crianças possam tirar os calçados👟 e se sentar é importante. A preparação do ambiente reflete diretamente no engajamento dos pequenos.

Sobre os materiais, o mais comum é a bandinha rítmica, que são instrumentos de percussão🥁 em tamanho menor que o real, feitos especialmente para essa finalidade. Alguns exemplos são:

  • tambores;
  • chocalhos;
  • reco-recos;
  • ganzás;
  • triângulos;
  • pratos.

A partir desses instrumentos, pode-se fazer exercícios rítmicos, explorar diferentes sons 🔊 dos instrumentos e acompanhar canções do repertório infantil.

Juliana Abra, professora de música, também fala sobre as almofadas, que podem ter diversos propósitos.

“Sentar-se sobre elas no chão para trazer mais conforto, deitar-se para um relaxamento com música e também para delimitar espaços de atuação, como formar uma roda, uma fila ou usar a imaginação e transformar as almofadas em barco, avião etc.”

As aulas de música também podem contar com tecidos ou lenços para se trabalhar com movimentos e cores em diversas atividades, assim como as bolas ⚽, de diferentes cores, tamanhos e texturas.

“Dessa forma também utilizamos os copos que, além do movimento, possibilitam a percussão quando batidos sobre o chão, a mesa ou um banco. Tudo sempre aliado à música, é claro. Cabe ao professor em questão utilizar os materiais para trabalhar algum conceito musical ou propriedade do som. Por exemplo, passar os copos no “pulso” da música, ou seja, no ritmo apropriado.”

Como trabalhar a musicalização em casa?

Além do ambiente escolar, as atividades de musicalização infantil podem ser também exploradas em casa 🏠 com a família. Essa extensão da prática potencializa os benefícios da musicalização, além de reforçar os laços familiares.👨‍👩‍👧‍👦 Confira algumas ideias sobre como trabalhar a musicalização infantil em casa. ⤵️

A criação de canções 🎤 é um recurso que permite a inserção da musicalização em casa de maneira natural e que estimula a imaginação por meio da rotina. Criar músicas para algumas atividades pode ser extremamente benéfico para deixar o dia a dia mais leve.

Incentivar a expressão corporal por meio de palmas e batidas 👏🏼 também pode ser um exercício feito em família. Seja com novos ritmos, seja com cantigas ou também com aquela playlist que todos gostam.

Também é possível apresentar a musicalização infantil em filmes 🎦 que tenham músicas e cantigas. Essa relação entre diferentes tipos de arte é bastante rica para as crianças exercitarem a sua memorização.

A ludicidade da musicalização infantil com o uso de bonecos e fantoches ganha ainda mais encanto. Trabalhar com esses personagens🫅🏻 cantando, desenvolvendo sons e ritmos pode criar momentos únicos.

Musicalização infantil: arte e desenvolvimento

musicalização na educação infantil é um instrumento de desenvolvimento emocional, psicológico e físico para a criança 💝, possibilitando seu reconhecimento como ser humano, seu posicionamento diante dos demais e também sua relação nos espaços que ocupa.

Assim, é essencial trazer esse recurso para o dia a dia, não somente da escola, mas também em casa, com a família e os amigos. Isso permite criar momentos de diversão e interação.🧒🏼🧒🏼

A importância de deixar sua criança brincando sozinha

Muitos pais têm dúvidas sobre deixar a criança brincando sozinha, se isso é bom para o desenvolvimento dela e se vale a pena separar um tempo pra isso. Então já saiba que toda brincadeira por si só já é construtiva, saudável e estimulante! 🧒 Mesmo quando a criança está brincando sozinha e sem brinquedo, ela está se desenvolvendo emocionalmente.

Durante a infância, se as crianças podem contar com a presença atenta e não ansiosa de um cuidador (mãe, pai, avós ou qualquer outra pessoa), elas brincam, criam fantasias e expressam sentimentos que muitas vezes não compartilham quando estão com outras crianças. Vamos entender melhor sobre essa boa prática?

Brincar sozinho também é importante e divertido

É fundamental entender que as crianças não precisam de interação o tempo todo.🤗 Algumas vezes, o importante é ter alguém que esteja lá caso ela necessite, mas que lhe permita desfrutar de maneira tranquila de sua própria companhia. Isso ensina muito sobre autoconfiança, autoestima e segurança.

Cabe ressaltar que esse “estar sozinho” não deve significar a vontade de estar sozinho para fugir de qualquer ocasião. Significa, na verdade, gostar de estar consigo mesmo e aproveitar esses momentos com recursos emocionais que se desenvolvem a partir da experiência de “estar só na presença de alguém”.

Donald Winnicott, pediatra e psicanalista inglês, dizia: “a capacidade para ficar sozinho constitui um dos indicadores mais importantes de maturidade dentro do desenvolvimento emocional”.

Por isso, os adultos precisam, algumas vezes, segurar a própria ansiedade e dar espaço e tempo para que as crianças possam se conhecer e desfrutar da própria companhia. É normal e saudável ter crianças que brincam sozinhas.

Os benefícios de deixar sua criança brincando sozinha

Até aqui, já vimos que deixar a criança brincando sozinha faz parte do desenvolvimento saudável dela. Desta forma, incentivamos o protagonismo infantil, que tem como principal objetivo tornar a criança participante ativa de seu desenvolvimento.

Os benefícios são diversos, e aqui separamos alguns deles.😉 Olha só!

Liberdade de criar

Quando a criança brinca sozinha, ela ativa a imaginação sem julgamentos. Quando as brincadeiras que estimulam a criatividade são incentivadas, a capacidade criativa é ampliada, e a criança ganha mais liberdade para criar cenários, histórias e personagens cada vez mais inusitados.

Com o passar do tempo, essas características serão ampliadas, e a criança se sentirá cada vez mais curiosa para descobrir novas coisas e inovar em tudo o que ela se dispor a fazer.

Desenvolve autonomia e autoconfiança

Quando as crianças brincam sozinhas, 🤸 elas se sentem mais confiantes e conseguem ter mais independência para realizar as atividades. Por causa disso, o desenvolvimento da autonomia e da autoconfiança acontece naturalmente — enquanto brincam, também constroem novas habilidades.

Diminui a ansiedade

ansiedade do dia a dia pode ter diversas causas. Nas crianças, ela pode acontecer devido à falta dos pais. Mas ao brincarem sozinhas, elas conseguem se entreter e se sentir bem consigo mesmas, sem o medo da perda nem do abandono.

Independência social

Quando a criança brinca sozinha, ela se desprende da necessidade de interação para ficar bem. Isso ajuda a desenvolver a independência sozinha, tornando-a uma pessoa cada vez mais livre e bem resolvida consigo mesma.😃

Hora de brincar! Como estimular?

Agora que você conhece as vantagens de deixar sua criança brincando sozinha, por onde começar? O que é preciso ser feito? Como brincar sozinha? Vamos ver aqui!

Crie um ambiente para brincar

Para que a sua criança se sinta confortável para brincar sozinha, é preciso ter um ambiente que incentive esse tipo de brincadeira. Pense da seguinte forma: quando você vai trabalhar, é mais fácil se concentrar em um espaço feito pra isso. Com as crianças é o mesmo.

Por isso, crie um ambiente de brincadeiras, que deixe seu pequeno ou pequena à vontade para a criatividade rolar solta. ✨

Deixe a brincadeira fluir

Um ponto muito importante aqui é: segure sua ansiedade e deixe a brincadeira acontecer. 🤠 Não queira interromper achando que vai ajudar — pelo contrário, você atrapalha. Mas isso não significa que, se a criança pedir alguma ajuda, você não vai ajudar. Apenas deixe que ela peça, e não se envolva sem ser requisitado.

Incentive

Em alguns casos, as crianças se sentem um pouco inseguras para brincarem sozinhas.

Mas incentive esse momento: indique brincadeiras para brincar sozinho e forneça brinquedos para brincar sozinho. Diga palavras de afirmação para encorajá-las e, quando a brincadeira acabar, pergunte como elas se sentiram no momento de brincadeira.

O que é protagonismo infantil?

Provavelmente você já ouviu falar sobre protagonismo infantil 🤸 nas reuniões da escola, mas esse conceito precisa ir muito além dos muros das instituições de ensino e servir para a vida. Afinal, é extremamente importante dar espaço para a criança aprender e buscar conhecimento, reconhecendo seu papel na sociedade.

Mas será que você está incentivando esses comportamentos da melhor maneira? Aqui você vai conhecer mais sobre o tema e descobrir diversas maneiras de incentivar as crianças ao protagonismo infantil.

Afinal, o que é protagonismo infantil?

No dia a dia, muitas coisas precisam ser ensinadas para as crianças e há várias maneiras de fazer isso. Uma delas é fornecer um grande volume de informações e deixar a criança apenas ouvindo. Outra é incentivá-la a buscar por conhecimentos e ter mais autonomia no dia a dia.🎈

Essa segunda definição está bastante alinhada com o conceito de protagonismo infantil. É dessa maneira que se pode reconhecer os pequenos como indivíduos que conseguem participar do seu processo de desenvolvimento e que têm direito a isso.

Qual a importância do protagonismo infantil?

Agora que você já sabe o que é o protagonismo infantil, deve estar se perguntando: por que isso é tão importante? São vários os motivos, e aqui separamos 3 deles!

Preparação para a vida adulta

A sociedade precisa de pessoas preparadas para tomar decisões e fazer a diferença.✔ E é exatamente isso que o protagonismo infantil incentiva e ajuda a desenvolver.

Ao estimulá-lo, a família está formando um adulto preparado para os desafios que enfrentará. Quer uma dica para desenvolver esse protagonismo no seu filho? Aqui tem um livro infantil que traz o olhar das crianças sobre o mundo dos adultos.

Senso de responsabilidade

Quando as crianças percebem que podem fazer escolhas e que isso traz consequências (boas ou ruins), elas percebem que são responsáveis, mesmo que parcialmente, pelos resultados.

Isso estimula o senso de responsabilidade😉 ao mesmo tempo que cria autonomia e desenvolve a consciência sobre a importância de participar de discussões e decisões.

Desenvolvimento da empatia e da autoconfiança

Crianças incentivadas a ser protagonistas tendem a explorar mais o mundo ao seu redor. Posteriormente, a habilidade de refletir sobre o que foi vivido deve ser trabalhada. Com ela vem o desenvolvimento da autoconfiança.👍

Ao mesmo tempo, nesse processo, os pequenos compreendem que, da mesma forma que eles têm escolha, seus coleguinhas também têm direito a dar opiniões. Uma dica para consolidar esse aprendizado é oferecer livros que trabalhem a empatia com as crianças. Assim, passam a compreender melhor as ações dos demais.

Aprende a solucionar problemas

Quantos problemas por dia você soluciona? Quantos imprevistos encontra durante a semana? São muitos os desafios enfrentados na vida adulta. E isso também acontecerá quando as crianças crescerem.

Por isso, é importante preparar as crianças para que saibam resolver esses contratempos sem angústia.💖 Quando o protagonismo infantil é incentivado desde cedo, as crianças aprendem a fazer escolhas melhores. Consequentemente, a habilidade de solucionar problemas será desenvolvida — e isso os transformará em adultos mais preparados para a vida.

Como incentivar o protagonismo infantil? 6 dicas

Na hora de incentivar o protagonismo infantil, o que fazer? É mais simples do que imagina, veja só!

Incentive pequenas decisões

Na tentativa de proteger, é comum que a família decida tudo pelas crianças.👪 Mas agora que você sabe o que é protagonismo infantil e os benefícios que ele traz, provavelmente já percebeu que isso terá que mudar.

Claro que nem sempre é possível permitir que a criança decida. Afinal, ela está em processo de aprendizagem. Entretanto, algumas coisas podem ser escolhidas:

  • Qual livro vão querer comprar;
  • Se preferem roupa verde, amarela, azul, entre outras;
  • Qual desenho vão assistir;
  • Se preferem que o passeio de sábado seja no parquinho ou na praça.

Ouça

Falar é bom, mas é preciso ouvir as crianças. Abra espaço para o diálogo e incentive a criança a se expressar. Mostre que ela tem o direito de ter a sua própria opinião.

Proponha doações

O armário está cheio de roupas que não servem mais? Há brinquedos que já não são mais interessantes? Hora de doar! E a criança deve participar disso.😉Essa prática ajuda a criança a crescer com mais consciência do seu papel na sociedade. Além disso, colabora para que ela crie uma visão mais humana e real do mundo.

Crie ambientes acolhedores

Quando você abre espaço para o erro e para a refação, você cria ambientes que estimulam a autonomia.🥰 Consequentemente, você vai estimular o protagonismo infantil da sua criança.

Não tenha medo de errar — e se tiver, não repasse isso para seus filhos. Afinal, testar, falhar, refazer fazem parte da vida.

Desenvolva a consciência coletiva

protagonismo infantil também está muito ligado ao papel que a sua criança tem no mundo. E isso passa pela consciência coletiva,👯 por entender que ela não está só e que precisa colaborar com outras pessoas para crescer saudável e se manter como uma participante da sociedade.

Incentive o autoconhecimento

Pode parecer muito cedo para que a criança passe a se conhecer, mas nunca é tarde para se descobrir. Quando começamos a dar nome às emoções, aos sentimentos e às necessidades, fica mais fácil entender a si e aos outros. Isso ajuda a criar empatia e construir relacionamentos mais saudáveis.

Tudo o que você leu até aqui ajuda a criar uma criança protagonista no mundo, que se tornará um jovem e um adulto mais preparado para os desafios.

Apraxia da fala na infância: o que é e como tratar?

Algumas questões relacionadas à fala não podem ser percebidas logo nos primeiros meses de vida de um bebê, mas a partir de 2 anos, por exemplo, é possível identificar sinais de apraxia de fala na infância.

Essa condição pode ser bem simples de identificar, com os profissionais certos, e também de tratar. Para entender o que é apraxia de fala na infância, continue neste conteúdo e veja como descobrir, diagnosticar e fazer o tratamento corretamente. 01

O que é apraxia da fala?

Segundo a Associação Brasileira de Apraxia de Fala (AbraPraxia) é um tipo de transtorno neurológico que afeta a forma como a criança faz os movimentos para falar, ou seja, como se ela não soubesse de que forma mexer os lábios para se comunicar.

O que acontece é que, na apraxia da fala na infância, a criança consegue pensar no que quer dizer, mas não consegue converter o pensamento em palavras — ou seja, é um distúrbio motor, mas o raciocínio continua preservado.

Falar é um ato que exige muita sofisticação e envolve músculos da boca, da face, língua, palato e faringe, e em caso de apraxia é como se tivesse uma falha na comunicação entre o cérebro e os músculos responsáveis pela fala.

Isso não significa que ela não entenda, apenas tem uma dificuldade em produzir e sequenciar, o que compromete o desenvolvimento da fala.

Como saber se a criança tem apraxia da fala?

apraxia de fala na infância (AFI) pode afetar duas em cada mil crianças, podendo ser um fato isolado ou ter ligação com outros distúrbios.

É sempre importante que os responsáveis estejam atentos aos marcos de desenvolvimento de uma criança, para identificar previamente quando algo está fora do padrão.

É possível observar também alguns dos sintomas, como:

  • Geralmente são bebês mais quietos e emitem poucos sons;
  • Apresentam dificuldade em produzir sons de vogais e consoantes;
  • Atraso na fala;
  • Trocas na fala com muita frequência;
  • É difícil compreender o que a criança está falando;
  • Dificuldade em falar palavras mais extensas — quanto maior a palavra, maior a dificuldade;
  • A melodia da fala é diferente, lenta ou estranha;
  • Pode apresentar outras dificuldades motoras, como para se alimentar ou mastigar.

Como é feito o diagnóstico?

O profissional responsável por avaliar e diagnosticar uma criança com suspeita de apraxia de fala é o fonoaudiólogo, por meio de exames musculares, testes clínicos, de imagem e reprodução de sons com outros médicos especializados.

Os pais podem marcar uma consulta caso tenham identificado um ou mais sintomas citados acima.

Com que idade é diagnosticada a apraxia da fala?

Esse distúrbio pode ser notado a partir dos 2 anos, pois é nessa faixa que a criança começa a se expressar melhor, formando frases, e já tem um vocabulário rico para se expressar.

Como é feito o tratamento da apraxia?

Agora que você já compreendeu o que é, deve estar se perguntando como tratar apraxia de fala na infância? A apraxia da fala tem cura? E a resposta é sim! A apraxia tem cura e o tratamento, durante todo o período, é feito com fonoaudiólogo em conversas para o desenvolvimento da criança.

É importante estar sempre atento aos sinais que o bebê pode dar, e a ajuda da família e envolvimento no tratamento é essencial para o resultado. Confira algumas dicas para desenvolver a fala do seu bebê durante esse momento:

  • Inclua no ambiente familiar músicas infantis, principalmente as com vocabulário de fácil compreensão, pois auxiliam no desenvolvimento da linguagem;
  • Assista a vídeos produzidos por fonoaudiólogas ensinando sobre pronúncia e palavras por sílabas às crianças, costumam focar bem na forma de abertura da boca e movimento da língua;
  • Busque informações e estudos além das consultas, para saber a melhor forma de ajudar;
  • Converse na escola e solicite ajuda dos professores;
  • Proporcione um ambiente seguro e compreensivo à criança, para que se sinta confortável durante o processo.

A leitura também pode ser um ponto crucial no desenvolvimento da fala, mesmo para aqueles que ainda não sabem ler e vão contar com a ajuda dos responsáveis neste momento.

Por meio da contação de histórias ela terá repertório suficiente para reproduzir posteriormente, auxiliando na prática de cura da apraxia de fala infantil. Não é a coisa mais fofa ver um bebê tentando contar do seu jeito sobre a narrativa de um livro? Experimente na sua casa também!

O ideal é que todos participem, seja em casa ou na escola, para haver uma melhora significativa e a criança não encontrar maiores prejuízos a curto e longo prazo.

O perigo dos rótulos na infância

Você já parou para pensar o impacto dos rótulos na infância e como a nossa visão sobre as crianças espelham a visão que elas têm sobre si mesmas? Tudo aquilo que falamos sobre elas deixa uma marca e vai contribuindo para a formação da autoestima e autoimagem delas.

Dizer que uma criança é bagunceira, desorganizada, agitada, teimosa, entre outras coisas, pode influenciar diretamente a percepção que elas têm de si e a forma como se colocam no mundo, diante dos outros. Confira mais detalhes abaixo:

O perigo dos rótulos na infância

Os rótulos na infância são perigosos! Em qualquer fase da vida, mas especialmente nesse período, quando estamos nos descobrindo, amadurecendo e formando nossa visão sobre tudo.

Os olhos dos adultos, especialmente dos pais, funcionam como espelhos para as crianças e elas se enxergam a partir deles. Se uma delas escuta diversas vezes que é “terrível” pode aos poucos se identificar com esse rótulo, se convencer disso e imaginar que é assim que ocupa seu lugar no mundo, que esse é seu papel.

Dessa forma, o prejuízo pode ser tão grande que uma criança seja impedida de descobrir suas qualidades e potencialidades antes mesmo de tentar, porque já foi desacreditada anteriormente.

Como podemos agir para evitar que os rótulos na infância aconteçam?

A resposta é simples: evitando os rótulos! Se a criança se comporta mal, descumpre um combinado ou tem uma atitude que não é boa, os pais podem reprovar o comportamento dizendo que aquilo não foi bacana, mas jamais reprovar a criança. Dizer “sua atitude não foi legal” é diferente de dizer “você não é legal”.

Além disso, quando a criança demonstrar cooperação, parceria ou cumprir com os combinados, os pais devem elogiar sua atitude, afastando os rótulos negativos e incentivando a criança.

Dessa forma, ela poderá ganhar confiança em si mesma e se arriscar em novos aprendizados, com a certeza de que, se falhar, terá o apoio que precisa para consertar o erro e seguir em frente.