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Empatia na infância: Você está criando uma criança que se preocupa com os outros?

Empatia, substantivo feminino. De acordo com o dicionário da Língua Portuguesa: “ação de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria nas mesmas circunstâncias”. A habilidade de se colocar no lugar do outro não depende apenas da genética e, portanto, cabe a nós, adultos, orientar nossas crianças para que se tornem seres humanos mais empáticos, colaborando para um mundo melhor.

Mais empatia, por favor!

Desde o início da vida, os pequenos demonstram a capacidade de perceber o outro, no entanto, o desenvolvimento da empatia na infância é algo que deve ser trabalhado e incentivado pela família e pela escola, desde muito cedo. Já falamos aqui sobre a importância da primeira infância para que as crianças alcancem seu melhor potencial e com a empatia não é diferente. É importante que ela seja desenvolvida durante os primeiros anos de vida, fase em que os pequenos estão se formando e se colocando no mundo. Confira dicas simples para criar seu pequeno de forma mais empática:

1. Seja o exemplo

Como em qualquer outra situação, o primeiro passo é o exemplo. As crianças absorvem tudo, tantos as coisas positivas, quanto as negativas. Portanto, se você quer que seu filho tenha empatia pelos outros, tenha você também. Deixe que ele perceba e veja em você sua preocupação como os outros e com as consequências de suas atitudes. Assim, ele vai assimilar que também deve sempre estar atento às pessoas ao seu redor.

2. Trabalhe os sentimentos

Ajudar os pequenos a lidar com os diversos sentimentos que possam surgir é muito importante para que ele se torne um adulto mais sensível. Seja com brincadeiras, jogos, histórias, conversas ou colo e muito carinho, estar próximo da criança nos momentos em que ela tem que lidar com alguma sensação nova ou difícil, é fundamental para que ela se sinta segura e protegida para enfrentar seus problemas. Além de colaborar para a autoestima do seu pequeno, trabalhar os sentimentos o torna uma pessoa mais propensa a compreender o sentimento alheio e a se colocar no lugar do outro.

3. Estimule que ele conviva socialmente

O convívio social é muito importante para que a criança entenda que o mundo não gira em torno dela. Conhecer novas pessoas, com ideias, hábitos e personalidades diferentes vai despertar o olhar do seu pequeno para o mundo ao seu redor e, com sua ajuda, ele vai entender que as diferenças existem e não são nenhum problema. Além disso, o convívio social permite que ele se comunique e lide com situações adversas, o que é muito importante para sua construção enquanto ser humano.

4. Converse, converse e converse

O diálogo é sempre a melhor saída. Seja nos momentos bons ou ruins, nos acertos ou nos erros. Conversar com seu pequeno vai possibilitar que ele compreenda o que está acontecendo, permitindo uma reflexão sobre si mesmo e suas atitudes. Se ele fizer algo errado que afete outra pessoa, explique para ele as consequências de seus atos, deixe que ele perceba como suas atitudes podem afetar as outras pessoas e qual a melhor maneira de agir coletivamente.

5. Conte histórias!

Através das histórias, temos a possibilidade de viver e ver pelos olhos de outras pessoas. Os personagens dos livros infantis têm muito o que ensinar para os pequenos – e até para os adultos! Ao entrar em contato com o mundo imaginário da literatura, as crianças podem viver diferentes experiências, se colocando e se vendo no lugar dos personagens. Isso contribui para que ele conheça e entenda as diferentes perspectivas de mundo, o que colabora para que ele tenha mais empatia!11

Jogo dos papéis: trocando de lugar por um dia

Em algum momento da vida você já deve ter pensado: “se meu filho ficasse no meu lugar e soubesse o que eu passo tudo seria tão mais fácil…”. Da mesma forma seu pequeno já deve ter pensado: “meu pai não entende o que estou passando”. Primeiramente, essa discordância e essa sensação de que o outro não sabe como é ser eu é normal.

Como, então, estimular a empatia?

Uma brincadeira em família é capaz de divertir, criar memórias e, acima de tudo, unir os familiares. Assim será possível cada membro perceber e entender os problemas do outro. Uma atividade que estimula a empatia é o Jogo dos Papéis.

A brincadeira funciona como?

  • O primeiro passo é escrever os nomes de cada membro da família em papeizinhos, como costumamos fazer em amigo secreto no fim do ano. Os papéis devem ser cortados, dobrados e guardados em um potinho;
  • O condutor do jogo (que pode mudar a cada rodada da brincadeira) propõe uma situação hipotética como: “quero continuar brincando ao invés de tomar banho”, “não quero comer salada”, “quero ver TV até mais tarde” e outras situações que acontecem dentro de casa;
  • Sem mostrar qual foi o papel sorteado, as pessoas da família têm que agir conforme ele. Por alguns instantes o filho agirá como pai, a mãe virará o filho e assim sucessivamente;
  • A brincadeira mostra de forma prática como a dinâmica da vida da outra pessoa é desafiadora. Por isso, após cada rodada é normal que surjam algumas emoções. Portanto, ao final é um momento de sentar e conversar, abraçar e demonstrar carinho. Nesse momento é importante agir conforme o coração mandar.

Hoje em dia falar sobre sentimentos é algo raro entre as famílias. Exercitar a empatia é a chave para que o lar tenha uma convivência boa e harmoniosa. Use uma atividade como essa para trazer ainda mais alegria para sua casa! Você e sua família merecem!

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Fonte: leiturinha

Imagem: freepik