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Sua criança ainda acredita em Papai Noel?

Quem se lembra com saudade dos tempos de criança, quando o Natal significava, além de reunir a família, aguardar ansiosamente pelo esperado Papai Noel? Escrever a cartinha, espiar o pé da cama ou da Árvore de Natal logo pela manhã… Seja qual fosse a tradição da sua família, uma coisa é certa: provavelmente você passou boa parte da infância imaginando como o famoso velhinho dava conta de levar presentes a todas as crianças do mundo, não é mesmo?

Mas com o tempo, conforme crescemos, vamos percebendo que o bom velhinho, na verdade, não passava de uma fantasia. Que nossos presentes eram, na verdade, comprados pelos nossos pais. E que, aparentemente, só nós não sabíamos disso! Afinal, porque tantos pais alimentam essa crença? E sua criança, também acredita em Papai Noel?

Toda criança acredita em Papai Noel?

Assim como acontece com o Coelhinho da Páscoa ou com a Fada do Dente, o fato das crianças acreditarem ou não no Papai Noel vai depender do estímulo dos pais. É comum que, por volta dos três anos de idade, com a imaginação a mil, os pequenos e pequenas estejam mais propensos a acreditar em histórias como essa. Por não terem muito bem definido ainda o que é real e o que é fantasia, é nessa fase que a crença no bom velhinho pode surgir.

No entanto, isso só ocorrerá se a família alimentar a fantasia, entrando na brincadeira também. Por fim, geralmente por volta dos sete anos, as crianças por si só vão percebendo que essa história de Papai Noel não é bem assim. Ou seja, com a noção de realidade mais bem desenvolvida, acabam deixando de acreditar nessa figura natalina.

Devemos estimular que nossos pequenos acreditem no Papai Noel?

Essa é uma resposta muito particular, que depende dos costumes e crenças da família. Contudo, podemos afirmar que estimular a fantasia em um momento em que as crianças já são, por si mesmos, muito imaginativos, é importante para incentivar a criatividade e a imaginação. Habilidades essas que são muito importantes para toda a vida.

Por meio da ludicidade, as crianças se desenvolvem, aprendem e compreendem o mundo ao seu redor e também a si mesmas. Portanto, desde que a crença no Papai Noel não seja uma ferramenta para educar por meio da chantagem ou do medo, estimular essa fantasia só tem a agregar nos momentos em família. Além disso, entrar na brincadeira e se permitir fantasiar junto com as crianças renderá momentos e memórias que, com certeza, serão levadas até a vida adulta!

Nesse sentido, é importante lembrar que o peso e a forma como seu filho ou filha irá encarar tudo isso, vai depender da forma como vocês enquanto adultos vão lidar com a situação. O Papai Noel não precisa ser o centro das comemorações, por exemplo. Os presentes materiais também não precisam ser a parte mais importante da noite. É possível brincar e estimular a imaginação com as histórias de Papai Noel, sem que o consumismo prevaleça. Afinal, Natal é sempre tempo de pensar sobre generosidade, solidariedade e gratidão!

E aí na sua casa? Sua criança acredita em Papai Noel? Vocês tem rituais para celebrar o Natal com o bom velhinho? Conte para a gente como é o seu Natal em família!

A importância de deixar as crianças correrem riscos

Você deixa seu filho correr riscos?

Subir em árvores, correr pelo pátio, pular corda, brincar no gira-gira ou balançar no balanço do parquinho… São brincadeiras que podem render joelhos ralados e alguns roxos pelo corpo, mas qual criança não adora tudo isso? Afinal, brincar é um momento de diversão, de se desafiar, aprender e… Se arriscar! Sim. Por mais que o primeiro impulso de muitos pais e mães seja o de superproteger os filhos, algumas pesquisas apontam que os pequenos e pequenas precisam correr riscos para aprenderem sobre seus próprios limites e possibilidades.

Os benefícios das brincadeiras com certos riscos para os pequenos

Uma vez que os riscos fazem parte da nossa vida, desde a infância até a velhice, saber que eles existem e aprender a lidar com essas situações fora da zona de conforto é fundamental para que as crianças sejam mais seguras, confiantes e resilientes. Além disso, se expor a brincadeiras com certa medida de riscos, proporciona aprendizados que, mais tarde, poderão ser aplicados a outras áreas da vida. Isso quer dizer que crianças que topam desafios e situações de risco em brincadeiras, quando forem adultas, poderão ter a mesma coragem no momento de tomarem outras decisões arriscadas, como mudança de emprego, morar fora do país, empreender em novos negócios e investir em projetos inovadores, por exemplo.

As brincadeiras que possibilitam que os pequenos se arrisquem também são positivas para uma vida mais saudável, uma vez que representam uma atividade física, além de incentivarem a criatividade, as habilidades sociais e a superação de desafios e frustrações, ensinando os pequenos a não desistirem. Nesse aspecto, brincar ao ar livre, com elementos naturais, ou em playgrounds possibilita uma série de benefícios que, muitas vezes, brincar apenas dentro de casa não contempla.

Os limites entre o risco “bom” e o risco “ruim”

Claro que quando dizemos correr riscos, não estamos falando em deixar as crianças mais suscetíveis a acidentes ou colocar sua vida e saúde em real perigo, mas sim em um contexto de brincadeiras e atividades – principalmente ao ar livre – com a presença e a supervisão de adultos. Por isso, é importante avaliar em cada situação quais as chances de a criança se machucar e quais as consequências que isso terá em sua vida. Afinal, o medo e a noção de perigo também são fundamentais e, para além disso, é importante entender e respeitar os limites de cada um.

Assim, esse termômetro varia de família para família e, principalmente, da forma como cada pai/mãe educa seu filho. Se para alguns a criança cair e quebrar o braço é  algo que faz parte da vida, para outros isso pode ser inadmissível. O importante é ter em mente que nem sempre vamos estar por perto e, por isso, preparar os pequenos para a independência e autonomia é um fator fundamental, ainda que isso possa ser um pouco doído às vezes!09

Qual é a importância da leitura na Educação Infantil?

De modo geral, os livros têm a capacidade de formar cidadãos ativos na organização de uma sociedade mais consciente e crítica. Mas qual é a importância da leitura na educação infantil, especificamente? Neste texto, você irá descobrir por que desenvolver o hábito da leitura desde a infância é fundamental e por quais razões a influência dos educadores nesse estágio é imprescindível.

👉 Leia mais: 4 benefícios de criar um hábito de leitura com as crianças16

Projeto de leitura para educação infantil: Qual a influência na vida das crianças?

A leitura é uma das ferramentas mais poderosas das quais dispomos para a interação com o ambiente e também para a nossa compreensão do mundo. Nesse sentido, é necessário que a criança se familiarize com os livros desde o seu primeiro ano de vida.

Seja em casa ou na escola, por meio da contação de histórias e, depois, da alfabetização infantil, a literatura estimula diferentes habilidades nas crianças. Os livros apoiam o desenvolvimento da linguagem, a ampliação de vocabulário, a criatividade e a descoberta do mundo imaginário, por exemplo.

Dessa maneira, a educação deve resgatar o repertório que toda história infantil oferece para apresentar às crianças as diferenças entre as culturas e as pessoas. Além disso, é possível ensiná-las a lidar com as questões de forma ética, e também ajudá-las a lidar com as emoções e os sentimentos durante seu desenvolvimento.

Os projetos de leitura na educação infantil têm um outro papel fundamental para a formação das crianças: o de criar pequenas e pequenos leitores, que vejam o momento de contato com os livros para além de uma obrigação. E que desfrutem dessas situações!

A literatura na educação infantil promove, justamente, o contato com uma forma mais lúdica. É uma maneira da criança expandir seu repertório imaginativo, encontrando nos livros verdadeiros amigos.

Incentivar a leitura na infância, portanto, tem o grande poder de mudar vidas e apresentar o mundo, criando uma realidade em que os livros se tornam mais do que aliados da educação em si.

Importância da leitura na educação infantil: crie uma rotina de leitura

A leitura deve ser introduzida de forma natural no dia a dia das crianças, e não deve ser algo imposto. Mesmo em sala de aula. Para isso, leve em consideração o tempo de atenção que as crianças dedicam à leitura e respeite este limite.

Conforme os pequenos e pequenas crescem, vá observando quais assuntos chamam mais a sua atenção. Permita que a criança leia com você ou para você, faça perguntas sobre o enredo e estimule conversas em torno da história lida. 📚✨Faça do momento de leitura um momento prazeroso para adultos e crianças.

Quando a literatura é vista como um momento de descontração e de diversão, criar o hábito de ler se torna menos desafiador e, certamente, muito mais prazeroso. Seja na escola ou em casa!

Dessa maneira, instituir um momento para leitura pode gerar experiências positivas. Leve as crianças para o pátio ou para perto das árvores, por exemplo. Deixe que elas escolham os livros que desejam ler e crie fichas de leitura, para serem preenchidas depois. Crie rodas de leitura e estimule a troca entre os alunos. São algumas dicas para criar uma rotina de leitura, não só em casa, mas também em sala de aula!

Leitura na educação infantil na prática: Conheça os estágios da criança leitora

Durante o desenvolvimento infantil, além da idade, existem outros fatores que influenciam no estágio de leitura em que a criança se encontra: seu amadurecimento psíquico, afetivo e intelectual e seu conhecimento sobre os mecanismos de leitura. Tudo isso dirá se a criança se encaixa nas fases de pré-leitor, leitor iniciante, leitor em processo, leitor fluente ou leitor crítico.

Embora a faixa etária ainda seja o principal filtro para selecionar os livros mais adequados para as crianças, cada uma se desenvolve de uma maneira. Por isso, adaptações de conteúdo podem ser feitas para que cada criança possa ler o que for mais apropriado para sua idade e seu nível de leitura. Confira:

👶De dez meses a dois anos

O ideal é que as histórias sejam rápidas e curtas, com gravuras simples e atrativas. Há livros feitos de pano, plástico e que vêm com fantoches, que são ideais para despertar a curiosidade dos mais novos.

👦De dois a três anos

Os livros infantis devem conter histórias rápidas, com texto simples e poucos personagens. Além disso, é importante que o enredo possa ser contextualizado com a rotina da criança.

É possível oferecer livros com fantoches, livros musicais e livros de histórias, que contribuem para aumentar o repertório de palavras conhecidas pela criança e ajudam a formar algumas noções básicas.

👧De três a seis anos

Os livros devem conter histórias que proponham vivências que se consolidam nos ambientes familiar e escolar e devem apresentar várias imagens️. Livros de dobradura e o uso de fantasias pelo contador da história são indicados para envolver ainda mais as crianças com a história contada.

A importância da leitura na infância é incontestável. Ela é imprescindível para a formação de bons leitores e de cidadãos mais conscientes e críticos, por isso, o incentivo dos pais e da escola é fundamental.

A escola como primeiro contato da criança com o mundo

Você também acredita que a escola é o primeiro contato da criança com o mundo? Para muitos, independente da idade em que os pequenos e pequenas iniciam a educação formal, é na escola que eles terão o primeiro contato com a vida em sociedade. Afinal, é nesse espaço que as crianças estabelecem suas primeiras relações sociais, para além do núcleo familiar. Pensando nisso, vamos conversar sobre esse assunto? Acompanhe o texto a seguir e entenda essa afirmação! 👩‍🏫❤️

 

Por que a escola é o primeiro contato da criança com o mundo?

“Família e escola têm deveres diferentes e complementares na vida de meninas e meninos. A família é o lugar do cuidado e de aprendizagens não curriculares, dentro de um ambiente privado. A escola é o lugar da aprendizagem curricular e é o principal espaço público em que o estudante interage com outras pessoas, socializa e aprende.” (UNICEF)

A escola é um espaço importantíssimo, que permite que as crianças vivam novas experiências, conheçam outras visões de mundo e façam suas próprias descobertas, para além do mundinho ao seu redor. Assim, o ambiente escolar tem o poder de transformar e expandir a realidade dos pequenos e pequenas. Inclusive, para além do seu contexto familiar.

Na escola, as crianças não apenas aprendem novas habilidades e competências, mas exercitam os aprendizados. 💪🧠 Ou seja, é um espaço para estudar, treinar e aperfeiçoar seus conhecimentos, suas capacidades e até seus talentos.

Além disso, vale lembrar que a escola também é fundamental para identificar transtornos de desenvolvimento (como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ou autismo) e/ou de aprendizagem (como a dislexia), podendo encaminhar as crianças para os serviços de saúde adequados. É o caso do(a) psicólogo(a) infantil e dos profissionais de fonoaudiologia, por exemplo.

Ainda, os professores são capazes de reconhecer e denunciar situações de violência contra crianças e violência doméstica. Nesse sentido, a escola também pode ser vista como uma instituição que age de forma efetiva para a proteção de crianças e adolescentes.

Quer saber mais? Então, descubra o papel que a escola exerce na infância e descubra como ela pode mudar a vida dos estudantes:

1. A escola promove a socialização

Na escola, as crianças têm a oportunidade de conviver com os demais pequenos e pequenas, de diferentes faixas etárias, famílias, costumes, culturas e, acima de tudo, diferentes ritmos de aprendizado. Dessa maneira, a escola é indispensável para que as crianças pratiquem o respeito e a empatia, por exemplo, além de terem a chance de vivenciar e exercitar a diversidade e inclusão.

Além disso, é na escola que costumam acontecer as primeiras amizades, não é mesmo? Algumas dessas, inclusive, são amizades que duram pela vida inteira! Portanto, a escola é um espaço imprescindível para a sociabilidade. 💬

2. A escola incentiva a inteligência emocional

Quando estão em um espaço diferente, com diversas outras crianças, os pequenos e pequenas devem lidar com diversas situações e, ao mesmo tempo, com as emoções que elas causam. Neles mesmos e também nos seus colegas de sala! Assim, a escola encoraja os relacionamentos interpessoais.

Ainda, as atividades lúdicas, os trabalhos em grupo, os jogos e as brincadeiras são algumas maneiras de trabalhar a inteligência emocional no ambiente escolar. Por isso, que tal propor esse tipo de atividade para os estudantes?

3. A escola exercita habilidades cognitivas e socioemocionais

No ambiente escolar, as crianças são incentivadas a trabalhar diversas competências, como a memória, a concentração, a criatividade, a tomada de decisões, a motricidade e muito mais. Portanto, esse espaço lúdico para o exercício das habilidades cognitivas e também socioemocionais é fundamental para o desenvolvimento infantil.

Em casa, é possível que os adultos comecem a trabalhar as emoções com as crianças, inclusive por meio dos livros infantis. 📚 Contudo, é na escola que as crianças irão vivenciar seus conflitos, obstáculos e desafios, que irão colocar todo esse aprendizado à prova!

4. A escola amplia o repertório dos pequenos e pequenas

No contato diário com outras crianças, os professores e também demais funcionários da escola, os pequenos e pequenas ampliam suas visões de mundo, ganhando vocabulário e novos pontos de vista, por exemplo. Por isso, a escola é bastante importante para a criação de seres humanos mais críticos, conscientes e responsáveis.

Muito além de uma rotina na vida dos estudantes, o que também é bastante importante, a escola é um espaço para despertar novos interesses, apresentar novos saberes e até definir novas preferências. Afinal, mesmo que as famílias se esforcem para apresentar o mundo todo para os filhos, nem os adultos conhecem o mundo inteiro, não é mesmo? 😉

Como trabalhar a memória na educação infantil? Conheça 7 dicas!

Quem trabalha ou cuida de crianças pode ficar na dúvida de como trabalhar a memória na infância. Antes de tudo, é importante destacar que a mente funciona como um músculo: ela precisa ser estimulada!

Para isso, existem vários exercícios específicos que ajudam nesse desenvolvimento — e não precisam ser atividades chatas! Pelo contrário: dá para se divertir e, ao mesmo tempo, trabalhar a memória. Vamos ver como isso funciona!🥰

Afinal, como trabalhar a memória das crianças?

O desenvolvimento das crianças tem diversas particularidades. E estimular diferentes áreas, como a memória, é mais fácil do que você pode imaginar.

São diversas atividades — já presentes no dia a dia dos pequenos — que ajudam a construir uma memória de elefante. Acompanhe.

1. Jogo da memória

Este jogo já é um clássico muito divertido que faz sucesso entre as crianças. Além de ser uma forma superlegal de estimular a memória, vocês podem escolher um jogo com diferentes imagens (que podem ser de desenhos animados) ou até reinventar a brincadeira e fazer o próprio jogo em casa, com números ou continhas matemáticas, por exemplo.

Outra ótima ideia é escolher jogos de tabuleiro🎲 que estimulam a lembrança e, ao mesmo tempo, desenvolvem outras áreas do cérebro da criança, como: raciocínio rápido, resolução de problemas e elaboração de questionamentos.

2. Lembrar o dia

Também é possível treinar a memória das crianças sem precisar de um jogo. Uma boa sugestão é combinar com elas que, toda noite antes de dormir, vocês vão contar como foi o seu dia, relembrando tudo o que aconteceu.👀 Além de ser um bom exercício de memória, o momento funciona para viver de novo as boas emoções do dia e fortalecer o vínculo entre vocês!

Durante a conversa, aproveite para perguntar sobre os sentimentos que apareceram em cada situação inusitada. Isso vai ajudar a criança a se autoconhecer e também dar nome às suas emoções.

3. Cantigas

Além de serem importantes fontes de folclore e diferentes culturas, as cantigas🎵 estimulam a criatividade, a imaginação e a memória das crianças com danças e letras simples, curtas e fáceis de memorizar! Então, que tal relembrar e compartilhar com seu pequeno as que são suas favoritas?

Ah! Sabia que as cantigas folclóricas também são ótimas para ajudar na compreensão das palavras e sons? Pois é! Por causa disso, elas abrangem diferentes níveis de desenvolvimento das crianças.

4. O que tinha aqui?

Essa é uma atividade simples, mas bem divertida!⭐ Para começar, basta colocar vários objetos em cima da mesa e pedir para que seu pequeno observe por um tempo os objetos com atenção.

Depois, retire todos os objetos da mesa e peça para a criança dizer quais objetos estavam lá. Ah! Para deixar a brincadeira mais desafiadora, você também pode recolocar os objetos na mesa, deixando um ou dois de fora para que eles tentem descobrir qual(quais) objeto(s) não está(estão) ali.

5. Contar histórias

Ler para uma criança é uma ótima atividade para trabalhar a memória. Se você quer dicas para contar histórias, aqui vai uma: use e abuse dos sons quando estiver contando uma história para a meninada. Faça gestos para incentivar a imaginação 🤸 e também a fixação.

Depois que contar a história, peça para a criança destacar os principais momentos ou para recontar tudo o que ouviu do seu jeitinho.

6. Incentivar a leitura

leitura compartilhada 📖 também é uma ótima maneira de trabalhar a memória na infância, já que diversas outras áreas do cérebro são trabalhadas.

Nesse momento, você consegue criar um vínculo com os pequenos, além de ajudá-los nas palavras mais difíceis. Isso também é memorização!

7. Atividades e brincadeiras que ajudam a memória

Além das atividades já citadas, saiba que existe uma série de exercícios simples que ajudam inclusive no desenvolvimento da memória de longo prazo, como exercícios físicos, jogos de adivinhação e até mesmo pequenos desafios, tais como lembrar o endereço dos avós, da escola ou das ruas próximas de casa.

O importante é não fazer dessas atividades algo chato ou que demande um grande esforço. Lembre-se de que é sempre possível inovar e simplificar a vida!😉

Brincadeiras de Festa Junina que os puerinhos adoram

Chegou a época de comidas gostosas e muita diversão! Reunimos dicas de brincadeiras de Festa Junina típicas para divertir os pequenos – e os adultos também.

 

Brincadeiras de Festa Junina para fazer com as crianças

Parece que ontem mesmo estávamos comemorando o Natal, mas os meses passaram voando e já chegou junho de novo! Com o friozinho voltando, começaram também as Festas Juninas.

É hora de se deliciar com os pratos típicos. Muitos são feitos à base de milho, já que é época da colheita: a canjica, o curau e a pamonha. Não podemos esquecer da pipoca e do milho cozido, além de em algumas regiões ser comum comer pinhão. E, os adultos, espantam o frio com vinho quente e quentão!

As crianças até aproveitam as delícias da festa, mas o que elas mais gostam mesmo é das brincadeiras. São muitos os jogos da cultura popular que viraram tradição nas comemorações de São João, Santo Antônio e São Pedro.

Brincadeiras de Festa Junina

Nós reunimos aqui as brincadeiras de Festa Junina favoritas, nas quais todo mundo pode participar. Veja abaixo ideias para tornar a festa uma grande diversão em família!

1 – Pesca

Pesca, brincadeira de Festa Junina
Foto: www.sogipa.com.br

Essa é uma das brincadeiras mais tradicionais! Em uma grande caixa ou bacia com areia, colocam-se peixinhos de papelão, plástico ou madeira. O objetivo é pescá-los usando uma vara. Para isso, os peixes podem ter argolinhas na boca ou então um furo, onde entre o anzol. Outra ideia é usar ímãs, colando um em cada peixe e outro na ponta da vara.

2 – Boca do Palhaço

Vamos ver quem é bom de mira, sô! Essa brincadeira é fácil de criar: basta desenhar um grande rosto de palhaço em um papelão e recortar um buraco na sua boca. Pendure o palhaço ou apóie-o de pé de alguma forma. As pessoas devem acertar a bolinha (de tênis ou de borracha) no buraco, jogando de uma certa distância.

3 – Jogo de Argolas

Essa brincadeira junina também é super fácil de fazer, e ainda ajuda a reutilizar garrafas de vidro ou de plástico. Junte 10 garrafas do mesmo tamanho; você pode decorá-las com o tema junino e definir o número de ponto que cada uma vai valer. Dispondo-as em triângulo, cada jogador tem 10 argolas para jogar de uma certa distância e acertar as garrafas.

4 – Tomba Latas

Tomba latas: brincadeira de Festa Junina
Foto: www.magicstareventos.com.br

Mais uma brincadeira junina divertida com materiais reciclados! Junte 10 latas de alumínio (pode ser de achocolatado, leite em pó, ou até latas menores de milho e leite condensado) e decore-as como quiser. Para jogar, faça uma pirâmide com 4 na base, 3 em cima e assim por diante. Com bolinhas de borracha ou até de meia, a brincadeira é derrubar as latas acertando-as de longe.

5 – Rabo do Burro

Essa brincadeira sempre acaba em muita risada! Em uma parede, cole um grande desenho de um burrinho sem rabo. A ideia é fazer um rabo separado, de papel crepom por exemplo. Segurando o rabo com uma fita adesiva na ponta, a criança ou adulto que for brincar deve ter os olhos vendados e girar algumas vezes. Então, andar até o desenho e colar o rabo no lugar certo. Será que alguém vai conseguir acertar?

6 – Quadrilha

Uma das partes mais tradicionais de qualquer Festa Junina! Os dançarinos usam trajes típicos e maquiagem caipira: chapéus de palha, bochechas com blush e pintinhas, bigode e cavanhaque, dente pintado de preto…

O tema tradicional da quadrilha junina é um casamento do interior, estrelado pela noiva, o noivo, um padre e outros personagens. A música é conhecida praticamente no país todo e o marcador da quadrilha narra a dança em cada parte: o balancê, o passeio na roça, o túnel e o caracol. Veja mais sobre a história da quadrilha e como organizar a sua.

7 – Bingo

O bingo de Festa Junina é cheio de animação, pois os adultos e crianças se divertem juntos. Na brincadeira, quem completar a cartela de números primeiro ganha o prêmio. Além de vibrar a cada número escolhido, a risada também é garantida pelo apresentador que sorteia os números.

8 – Corrida do saco

Corrida de saco: brincadeira de Festa Junina
Foto: www.mzdecoracoes.wordpress.com

Essa brincadeira antiga e típica do interior consiste em uma corrida, na qual os participantes devem pular dentro de um saco grande (de farinha, por exemplo). É mais difícil do que parece, mas muito divertido! Quem atingir a reta final primeiro ganha a partida.

9 – Corrida do ovo na colher

Essa brincadeira é daquelas para divertir os pequenos e ajudar no desenvolvimento do equilíbrio corporal deles. Com um ovo na colher, o desafio é ultrapassar a linha de chegada sem derrubar o ovo e quebrá-lo.

10 – Catar amendoim

Nessa brincadeira de Festa Junina, espalham-se alguns amendoins com casca no chão. Os participantes ficam em uma linha e correm até os amendoins, pegando um por um com uma colher para trazer de volta até a linha. Vence quem conseguir pegar o maior número de amendoins no tempo combinado.

Essa brincadeira junina se baseia em um verdadeiro correio para distribuir mensagens românticas ou de amizade na sua Festa Junina. Os convidados escrevem as mensagens, podendo se identificar ou ficar anônimos. Então, os entregadores levam cada mensagem para seu destinatário ou então lêem a mensagem na frente de todos. Uma dica é deixar cartõezinhos decorados prontos com espaço para escrever, junto com bombons para deixar tudo mais gostoso.

12 – Cabo de guerra

Crianças brincando de cabo de guerra
Imagem: Shutterstock

O cabo de guerra é uma brincadeira tradicional em que dois grupos se dividem para disputar qual deles é o mais forte. A vitória é da equipe que conseguir puxar a corda para além da marcação feita no campo.

13 – Maçã na água

Nessa brincadeira, a ideia é pescar maçãs ao invés de peixes. Em um balde de água, coloque várias maçãs boiando: ao mesmo tempo, cada participante deve tentar pegar uma maçã com a boca, com as mãos para trás. Quem conseguir pegar primeiro, ganha a rodada.

14 – Pula fogueira

Nas festas de São João, a fogueira tem o significado de festejar a vitória da luz contra a escuridão, além de ser usada para espantar o frio e os insetos. É tradição pular fogueiras, mas não queremos ninguém se machucando. Então, que tal fazer uma fogueira com papel crepom e rolos de papel? Assim todos podem brincar de pular a noite toda!

15 – Bolha de sabão

Quem não adora brincar de fazer bolhas gigantes de sabão? Essa é uma prenda comum em muitas Festas Juninas, e faz o maior sucesso entre os pequenos. Aproveite para incentivá-los a brincar nos espaços ao ar livre da festa sem sujar a casa, e se divertir ainda mais.

Esperamos que goste das brincadeiras de Festa Junina e, se tiver mais ideias, compartilhe com a gente nos comentários. Bom arraiá! 🔥

Festa Junina, diversão e leitura

livro personalizado Turma da Mônica pelo Brasil nas Festas Populares

Quer deixar o arraiá dos pequenos ainda mais animado? O livro personalizado “Festas Populares da Turma da Mônica” apresenta a tradicional festa junina e diversas outras comemorações típicas que alegram as regiões do país.

Recompensar as crianças funciona?

Se tem uma coisa que todos os pais concordam é que educar os filhos é a tarefa mais difícil que existe, certo? Pois é, mas apesar da dificuldade, essa também é a tarefa mais importante do mundo. O grande problema é que para fazer isso não existe manual de instruções ou regras que sempre dão certo ou errado. Na maioria das vezes, a gente vai aprendendo na prática, querendo acertar sempre, mas errando de vez em quando. E está tudo bem! Criar os filhos também é um processo de aprendizado. Na tentativa de educar e fazer com que as crianças colaborem em casa, algumas famílias optam por recompensar as crianças diante das tarefas realizadas. Mas será que esse método realmente funciona ou traz algum tipo de risco?

Recompensar as crianças funciona?

É claro que as crianças (assim como os adultos) precisam ser motivadas e estimuladas no dia a dia, mas isso não necessariamente significa que elas precisam ganhar um prêmio toda vez que fizerem algo que foi pedido.

Nesses casos, existe a chance de que elas comecem a barganhar e só colaborem ou realizem suas tarefas se receberem algo em troca. Além disso, as crianças podem introjetar a ideia de que apenas o resultado é importante, e não o processo em si.

Qual a alternativa então?

Mas dessa forma, o que pode ser feito para estimular a cooperação dos pequenos e o comprometimento deles com seus afazeres?

1 – Estabeleçam juntos uma lista de direitos e deveres. Pensem no que é responsabilidade das crianças e no que elas têm direito, sempre tendo em vista metas reais e adequadas a idade de cada uma delas.

2 – Atente-se ao processo e à evolução das crianças, não apenas nos resultados.

3 – Valorizem os novos aprendizados e conquistas.

4 – Certifiquem-se de que estão cumprindo a parte de vocês nos combinados, sem prometer nada que não possam fazer.

5 – Abram espaço para dialogar. Permitam que as crianças possam falar sobre o que sentem.

É claro que vez ou outra uma recompensa pode acontecer, mas é preciso que esses casos sejam muito pontuais. 

Uma boa alternativa para ajudar as crianças a entenderem o processo é mostrar os ganhos secundários com a colaboração de todos.

Por exemplo: ao invés de dizer ao filho “se você guardar seus brinquedos rapidamente todos os dias dessa semana você ganha um prêmio no final dela”, vale mais a pena dizer “se você guardar seus brinquedos rapidamente, sobra um tempinho para lermos uma história antes de dormir, que tal?”.

Dessa forma, aos poucos e com paciência a criança vai ganhando maturidade e deixa de associar suas responsabilidades a premiações que muitas vezes não tem relação nenhuma com a tarefa. Aos pouquinhos, ela vai percebendo as consequências de realizar ou não uma atividade e, dessa forma, vai aprendendo a se disciplinar e ser mais colaborativa.

Como ajudar um filho com ansiedade? Dicas para trabalhar a paciência e controlar a ansiedade

Atualmente, a ansiedade é um dos problemas que mais levam os adultos ao divã do terapeuta. Isso porque nem sempre é fácil conciliar as exigências da vida moderna com o estresse vindo de conflitos familiares e de dificuldades no trabalho. Porém, o que fazer quando a dúvida é sobre como ajudar um filho com ansiedade?

Afinal de contas, as crianças não estão livres dela, muito menos dos transtornos que a ansiedade pode gerar, sabia? Com causas diversas, esse problema pode acometê-las em qualquer idade, cabendo aos pais e familiares dar o suporte necessário para que lidem de forma adequada com a questão.

Pensando nesse desafio, compartilhamos por aqui o que você precisa saber sobre esse tema! Vamos conferir?

O que é ansiedade e o que é transtorno de ansiedade?

Antes de qualquer coisa, é preciso saber que a ansiedade e o transtorno de ansiedade não são a mesma coisa. Há uma diferença importante entre os dois termos que os pais devem conhecer, e nós vamos esclarecer!

A ansiedade é uma reação totalmente normal dos seres vivos — o que é chamado pela biologia de resposta inata. Basicamente, ela surge por conta da produção e liberação de determinados hormônios no nosso corpo, como o cortisol e a noradrenalina.

Na natureza, a função da ansiedade é justamente garantir que estejamos vigilantes e prontos para lutar pela sobrevivência frente a situações desafiadoras, estressantes ou perigosas. Ou seja, é algo normal e todos podemos ter um episódio de ansiedade em qualquer momento de nossa vida — desde a primeira infância até a terceira idade.

Um exemplo que deixa isso bem claro é quando uma pessoa está fazendo uma trilha na floresta e se depara com uma cobra. Como método de autodefesa, visto que esse é um animal muitas vezes venenoso e que provoca medo, o organismo aumenta consideravelmente os níveis dos hormônios citados anteriormente e fica em alerta máximo, pronto para escapar ou reagir, se for preciso.

O transtorno de ansiedade, por outro lado, ocorre quando esse quadro de ansiedade fica desregulado, tornando-se frequente, excessivo e sem controle. A grande questão é que, para alguns indivíduos, não há um motivo que justifique o aparecimento dele (como um problema iminente ou uma ameaça de vida). Ao contrário, a ansiedade é generalizada.

Já para outros sujeitos, ela surge por razões que podem ser identificadas, mas que não justificam o nível de ansiedade gerado e que tanto os afeta negativamente. Em alguns casos, diariamente. Como resultado, quem sofre com desse tipo de transtorno deixa de ser alguém funcional, o que impacta diretamente em sua qualidade de vida.

Não é para menos que devemos redobrar a atenção com as crianças, pois, se adultos já são bastante prejudicados quando têm uma ansiedade fora do normal, com as crianças isso pode ser ainda mais grave, dada a pouca idade que possuem para lidar com ela.

Conheça 10 dicas para controlar a ansiedade nas crianças

Separamos algumas dicas sobre como ajudar um filho com ansiedade, para que você consiga identificá-la de modo precoce, para que saiba como agir de maneira efetiva para controlá-la e, com o tempo, reduzi-la ao máximo. Confira a seguir!

1. Conheça os sintomas da ansiedade infantil

A ansiedade infantil conta com alguns sintomas que são fáceis de serem notados, não só por quem está ansioso, mas também por quem convive com essa pessoa (seja ela uma pessoa adulta ou uma criança). Por isso, é importante estar atento aos sinais que o seu filho demonstra. Entre os principais, estão:

  • irritabilidade e/ou agressividade excessiva;
  • alterações nos hábitos de sono e pesadelos frequentes, com sono durante o dia devido às noites mal dormidas;
  • preocupação constante — que pode ser com a escola, com a segurança dos membros da família, com a saúde ou com o futuro, de maneira geral;
  • impaciência — que pode levar a ataques de birra, por exemplo;
  • dificuldade de concentração nas aulas e fora do período escolar — como nas tarefas de casa, nos estudos ou mesmo nos momentos de lazer, durante jogos e brincadeiras;
  • alterações no apetite, para mais ou para menos;
  • desleixo com a própria higiene;
  • queda no rendimento escolar.

Nem sempre as crianças sabem comunicar aos adultos suas emoções. Por isso, é importante ter atenção em mudanças de hábitos ou comportamentos. Identificar precocemente transtornos de ansiedade nas crianças e, então, lidar com eles da melhor forma, é essencial para evitar repercussões negativas na qualidade de vida e no desenvolvimento dos pequenos.

2. Apoie, em vez de julgar ou reprimir

Se seu filho demonstrar algum sinal de que está sofrendo de transtorno de ansiedade, o primeiro passo para ajudá-lo a enfrentar o problema é manter as portas do seu relacionamento com ele bem abertas.

Assim, nada de ridicularizar suas preocupações, aumentar a cobrança em relação à escola ou punir a criança pela dificuldade de concentração, combinado? Até mesmo a demonstração exagerada de preocupação por parte dos pais pode levar a criança a se fechar cada vez mais.

Nesses casos, é importante que os pais se mantenham tranquilos e ajam de modo a mostrar ao filho que há um espaço seguro no seu relacionamento, para que ele possa expressar suas angústias e aprenda, por meio do diálogo com os adultos, a resolvê-las.

3. Pesquise os motivos por trás da ansiedade

Não é incomum que a ansiedade infantil seja uma reação a situações temporárias de estresse — como a chegada de um novo irmãozinho, a separação dos pais, a perda de um ente querido ou a mudança de cidade ou de escola. Nesses casos, fica mais fácil para os pais direcionarem esforços, mostrando ao filho como enfrentar aquele desafio específico, sempre por meio de incentivos que estimulem a autoconfiança da criança.

No entanto, se os sinais que citamos se tornarem cada vez mais frequentes e intensos, sem uma razão momentânea e clara por trás, podemos estar diante de um problema diferente, que merece atenção redobrada por parte da família, isto é, que estamos lidando na verdade com um transtorno de ansiedade.

Abaixo, você vai conferir alguns desses sinais, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).

Transtorno de ansiedade de separação

A ansiedade da separação é comum em crianças de até 2 anos, sendo caracterizada como o medo de ficar longe de alguma figura adulta, em especial, a materna e/ou a paterna. Esse sentimento costuma desaparecer conforme a criança começa a entender que os pais retornam depois da ausência.

Quando o problema é persistente, a criança pode sofrer de transtorno da ansiedade de separação, com um medo intenso de que os pais não voltem, sofram algum acidente etc.. Nesses casos, pode haver somatização da preocupação excessiva, resultando em dores de barriga e de cabeça, enjoos e outros problemas, sempre que os adultos de referência precisam se ausentar.

Transtorno de ansiedade social

Assim como a ansiedade da separação, a chamada ansiedade social também é comum. Por exemplo, ela ocorre quando nos sentimos nervosos por falar em público, ao iniciar conversas com desconhecidos, entre outras situações afins. No entanto, se o sentimento de angústia é incapacitante e excessivo, é sinal de que há um transtorno ocorrendo.

Com as crianças não é diferente: se os eventos de interação social são tão temidos pelos pequenos a ponto de eles tentarem evitá-los ou começarem a apresentar sintomas, como: tremores, sudorese, dores de barriga ou de cabeça, mutismo e taquicardia, é preciso ter atenção.

Fobias específicas

A fobia se caracteriza por um medo excessivo e incontrolável de algo específico. Por exemplo, de animais, da escuridão, de lugares fechados, de trovões, entre outros. As fobias são fruto de alguma situação traumática ou de um choque intenso vivenciados, muitas vezes, ainda na infância.

Caso a fobia seja muito grave, ela pode levar à ocorrência de ataques de pânico e comportamentos prejudiciais. Por exemplo, há o medo irracional de tudo aquilo que lembra a fonte da fobia.

Crianças que têm uma fobia precisam ser acompanhadas de perto pelos pais, além de demandarem tratamento psicológico, pois se ela não for devidamente tratada, pode se estender por toda a vida.

Estresse pós-traumático

Quando a criança cai de bicicleta pela primeira vez, pode ter dificuldade para voltar a tentar, porque se torna receosa em relação à possibilidade de cair de novo, não é? Agora, se a criança passa por situações graves que provocam sentimentos fortes de medo e/ou tristeza, a ansiedade pode se tornar generalizada e insistente.

É o caso de situações traumáticas, como acidentes de carro, bullying escolar, perda de amigos ou de parentes queridos, abusos e violência. Todos esses acontecimentos devem ser abordados por meio da busca de informações e, se necessário, do apoio de um profissional.

Influência do meio e da educação parental

Por fim, a ansiedade nas crianças também pode surgir a partir da influência do meio, quando há observação e absorção dos comportamentos que ela vê no ambiente. Por exemplo, se os pais estão ansiosos, podem estimular involuntariamente esse sentimento nos pequenos.

O estilo de educação parental também é capaz de contribuir com o surgimento de transtornos de ansiedade, seja por haver uma superproteção, seja por críticas e pressão excessivas, por exemplo — aspectos dos quais falaremos mais adiante.

4. Treine a paciência com pequenas esperas

A quarta dica sobre como ajudar um filho com ansiedade é ajudá-lo a exercitar a paciência, para que possa ficar mais tranquilo em situações de nervosismo, pressão ou apenas de espera. Afinal de contas, essa habilidade será essencial na sua vida adulta.

Dessa forma, mostre à criança como ela pode se distrair com uma revista, um livro ou um brinquedo na sala de espera do médico, por exemplo. Ressalte a necessidade de aguardar com calma para que a comida fique pronta e também a ensine a esperar sua vez para falar e ser ouvida. Esse é um aprendizado lento, mas que deve começar desde cedo!

5. Dê o exemplo e cumpra suas promessas

Quem é pai ou mãe sabe bem como os filhos tendem a imitar o comportamento dos adultos, mesmo sem saber exatamente o que aquela reação quer dizer. Por vezes, a cópia é tão exata que chega a ser cômica! Diante disso, fica claro que uma das melhores maneiras de ensinar uma criança a ser paciente é demonstrando paciência e tolerância também em relação a ela.

Isso implica deixar a criança a par de situações em que você não consegue o que quer de imediato. Ao contrário, precisa lidar com prazos, atrasos e contratempos que surgiram ao longo do caminho. Aqui, incluímos situações que envolvem não só controlar as próprias expectativas, mas também saber encarar de maneira inteligente as frustrações.

Outros bons exemplos são: não ter uma reação exagerada quando o filho se atrasa; mostrar que a espera vale a pena ao cumprir a promessa de ouvi-lo; ou brincar com ele somente depois de terminar o que estava fazendo no momento em que pediu a sua atenção.

6. Entenda que nem tudo é ansiedade exagerada

É preciso que os pais saibam diferenciar situações de pura pirraça e falta de disciplina daquelas em que ocorrem respostas ansiosas. Por exemplo:

  • birra: quando a criança chora porque os adultos não compram o que ela quer no supermercado;
  • resposta ansiosa: quando a criança não quer esperar pelos convidados para partir o bolo de aniversário.

Isso é fundamental porque nem todos os comportamentos das crianças são, necessariamente, movidos por uma ansiedade exagerada que traz, como resultado, sintomas físicos, mudanças de atitudes e prejuízos na vida social.

Nesses momentos, o que costuma ajudar é entender que o modo como as crianças lidam com o tempo é diferente do nosso. Por isso, às vezes, precisamos apenas aceitar suas limitações. Uma criança cansada ou com fome, por exemplo, dificilmente ficará calma enquanto espera para se deitar ou para comer.

Da mesma forma, pode ser melhor não compartilhar com o filho planos para um futuro que ele ainda não consegue enxergar. Farão uma viagem meses depois? Espere para dar a notícia aos poucos, evitando que a criança fique ansiosa com muita antecipação.

7. Desenvolva atividades relaxantes

Em momentos de grande ansiedade nas crianças, os pais podem praticar atividades relaxantes e que ajudem os pequenos a controlar os sintomas do medo, da irritação e da preocupação. A respiração profunda e consciente é uma boa técnica. Para deixá-la mais lúdica, você pode fazer assim:

  • peça ao pequeno para se deitar de barriga para cima;
  • coloque algum objeto em cima de sua barriga, como um urso de pelúcia ou a própria mão;
  • oriente a criança a respirar profundamente;
  • mostre que, ao puxar o ar, o brinquedo ou a mão sobe e, ao soltar o ar, o brinquedo ou a mão desce.

Auxilie a criança a realizar esse exercício várias vezes, prestando atenção nos movimentos, pois isso ajudará a desviar o foco da preocupação que causou a ansiedade.

Outra ideia é imaginar um “lugar seguro”: toda vez que a criança se sentir ansiosa, ajude-a a viajar em pensamento para o seu local preferido, em que ela normalmente se sente feliz e despreocupada. Também é interessante estimulá-la a, quando estiver ansiosa, procurar locais com plantas e flores, já que o contato com a natureza tem efeito calmante e relaxante nas pessoas em geral.

8. Desenvolva um diálogo aberto com o pequeno

tempo compartilhado e o diálogo são muito importantes para que as crianças exponham seus receios e, a partir disso, possam começar a lidar com eles. Você pode, inclusive, ajudá-las a entender melhor a ansiedade e suas causas. Para tanto, estimule que elas falem sobre seus incômodos e, assim, possam desmistificar o medo.

Nessa tarefa, você pode criar um personagem fictício que personifique tal ansiedade. Sempre que a criança se sentir ansiosa, peça que ela atribua essa sensação ao personagem e explique para ele o que está sentindo — pode ser alguém imaginário ou mesmo um brinquedo.

Outra dica é prezar sempre pelos elogios construtivos. O reforço positivo é muito importante para que a criança se sinta capaz de enfrentar a ansiedade. Sempre enfatize o quanto ela se esforçou para falar em público, o quanto ela melhorou no rendimento escolar, entre outras situações que possam ser valorizadas.

Esse tipo de estímulo ajuda as crianças a ficarem mais otimistas frente à ansiedade, além de ajudá-las a perceberem que conseguem superar as situações desencadeadoras das sensações negativas.

9. Não evite sempre as causas de ansiedade

É claro que os pais querem evitar situações que prejudiquem o bem-estar dos filhos. No entanto, é importante ter em mente que fazer isso sempre também não é saudável.

Lembre-se do que falamos lá no início: a ansiedade é uma resposta natural do nosso organismo. Portanto, o ideal é ajudar o pequeno a enfrentar os próprios medos de forma progressiva, respeitando seus limites — desde o início da infância —, até mesmo para que ele saiba reconhecer como é estar ansioso e como ele se comporta nesses momentos.

Porém, atenção: em casos de traumas, essa exposição a ambientes ou situações estressantes deve ser feita com muito cuidado, preferencialmente com o suporte e a orientação de um psicólogo.

10. Saiba quando é hora de procurar tratamento

Concluindo as dicas de como ajudar um filho com ansiedade, saiba que é preciso reconhecer quando se deve procurar por ajuda profissional para tratar a ansiedade na criança. Isto é, quando ela estiver comprometendo sua vida e seu relacionamento com outras pessoas, impedindo-a de realizar as tarefas diárias e de curtir momentos sem preocupação.

Como você viu, se a ansiedade se torna incapacitante, muito frequente ou intensa, pode ser algum transtorno que exige intervenção profissional. E, nesses casos, quanto mais precoce for o tratamento, menos repercussões negativas ocorrerão no desenvolvimento infantil. Então, é importante redobrar a atenção em relação aos sinais físicos, emocionais e comportamentais da criança.

Se você acha que esse é o caso do seu filho, não hesite em conversar com outros pais e educadores sobre a ansiedade nas crianças, eventualmente buscando o auxílio de um terapeuta infantil, capaz de se aprofundar na questão. Lembre-se de que os pais também não precisam enfrentar mais essa preocupação sozinhos!

Que atitudes tornam a criança ansiosa ou pioram a ansiedade?

Muitos psiquiatras e psicólogos são categóricos em pontuar que as crianças de hoje são levadas, desde cedo, a envolver-se em inúmeras atividades além da escola, ficando, assim, muitas vezes expostas a cobranças recorrentes.

Para completar, os pequenos passam cada vez mais tempo hiperconectados, graças ao acesso que têm à tecnologia — o que estimula uma visão muito “instantânea e automática” do mundo.

Por tudo isso, é necessário observar os hábitos e comportamentos que, de maneira intencional ou não, podem contribuir para piorar esse quadro de ansiedade. Confira a seguir alguns desses hábitos e comportamentos, para evitá-los ao máximo!

Fazer cobranças em excesso

As cobranças que não consideram a individualidade e os limites da criança podem ter um efeito totalmente contrário à motivação, levando à insegurança, ao estresse e à ansiedade.

Então, é preciso estimular o desempenho escolar e das demais atividades do dia a dia, mas sem sobrecarregar as crianças para que elas sejam perfeitas. É fundamental considerar os gostos, os limites e a personalidade dos pequenos para potencializar suas habilidades, deixando-os confiantes para que consigam explorar o potencial que têm.

Relembrar de forma recorrente os erros

Todos os seres humanos erram, sejam crianças, sejam adultos. É importante aceitar que o erro faz parte da vida e é com eles que podemos aprender a acertar. Contudo, focar apenas nos erros das crianças pode deixá-las com medo de tentar novamente e fracassar, ficando, assim, completamente sem autoconfiança.

Por isso, quando o pequeno fizer algo de forma errada, o ideal é conversar e explicar por que aquilo não é o correto, mas jamais ficar remoendo isso depois. É importante também focar nas tentativas acertadas das crianças.

Não dar valor às pequenas conquistas da criança

Aprender a amarrar o cadarço do tênis, a olhar as horas… Toda a nossa vida, principalmente na infância, é feita de pequenas conquistas. Nem sempre as pessoas são as primeiras em tudo; no entanto, isso não significa que as experiências não permitem aprendizados relevantes.

É por isso que os adultos também devem valorizar os pequenos passos da criança. Não estamos dizendo que tudo tem que ser elogiado. Não é ficar dando recompensas para tudo, mas um “Muito bem, você está no caminho certo!” ou um “Parabéns por ter chegado até aqui!” podem fazer toda a diferença na autoconfiança e na autoestima da criança.

Expor problemas e frustrações do casal

Todos os casais têm problemas em casa. Divergências em estilo de vida, falta de tempo, separações e crises de dinheiro são algumas coisas inevitáveis. Porém, ficar expondo e discutindo essas questões na frente dos filhos pode fazer com que eles se sintam culpados, inseguros e ansiosos com o rumo que o futuro da família vai tomar.

Obviamente que, quando eles ficarem maiores, alguns assuntos deverão ser tratados. Afinal de contas, os filhos também são afetados direta ou indiretamente pelas decisões do casal. Porém, é preciso respeitar a idade e o tempo da criança, além de sempre conversar com ela de forma adequada.

Fazer tarefas no lugar da criança por não a considerar capaz

Embora o primeiro instinto dos pais seja sempre proteger seus filhos, é importante lembrar que a superproteção impede que as crianças aprendam a lidar com algumas consequências negativas das decisões tomadas, além de não permitir que elas aprendam com os seus erros.

Muitos pais realizam algumas tarefas no lugar dos filhos. Quando isso acontece, eles fazem com que as crianças pensem que não têm capacidade de cuidar de suas próprias coisas. Logo, isso as deixa inseguras sobre suas capacidades e habilidades.

Então, é preciso deixar o pequeno tentar, encorajá-lo e incentivá-lo, porque não é sempre que os pais estarão por perto para fazerem todas as coisas por ele.

Fazer muitas críticas

No processo de como ajudar um filho com ansiedade, é complicado quando muitos pais adotam uma criação bem rígida, com exigências e regras em excesso na rotina das crianças. Será mesmo que elas têm preparo para uma carga tão pesada assim?

Em Nova York, os pesquisadores da Binghamton University buscaram essa resposta. Eles analisaram a maneira como as crianças reagiam enquanto os responsáveis estavam fazendo críticas. Quando analisaram os resultados, os estudiosos concluíram que os filhos de pais muito críticos prestam bem menos atenção às expressões faciais, quando comparados às demais crianças.

Tal comportamento pode acabar afetando as relações com outras pessoas. Além disso, pode ser um dos motivos pelos quais as crianças expostas a altas críticas correm mais risco de desenvolverem ansiedade ou depressão.

Os pais que mostram comportamento de rejeição pelos filhos de forma constante, com críticas em excesso, podem levá-los a pensar que são inadequados, incompetentes, além de terem uma visão negativa do mundo.

Fazer comparações

“O Joãozinho nem estudou e tirou notas melhores que a sua.”. “O seu primo é excelente nos esportes. Você deveria se espelhar nele para ver se melhora.”. “O filho do vizinho ganhou uma medalha hoje na escola. Você nunca me deu esse tipo de orgulho; só serve para dar trabalho.”.

Já viu ou ouviu frases desse tipo serem ditas por adultos para crianças? Pois é, infelizmente, elas ocorrem mais do que deveriam em muitas famílias — e é necessário ficar de olho para não as reproduzir!

Não interessa se a criança fez algo que você reprovou ou não atendeu às suas expectativas. É importante entender que compará-la com outras pessoas, como familiares ou amigos, pode acabar impactando negativamente em sua autoconfiança.

Isso é válido, inclusive, até mesmo quando a intenção é motivar ou elogiar. Afinal, ao fazer uma comparação com outra pessoa, você cria um sentimento de disputa ou gera certa pressão, que pode causar insegurança e frustração.

Priorizar sempre os compromissos do trabalho

Ser ausente, prometer e não cumprir ou ser displicente com os compromissos da família são algumas atitudes que, sem dúvida alguma, impactam no desenvolvimento das crianças, deixando-as desconfiadas, inseguras e ansiosas.

Portanto, embora você esteja com o dia cheio de muitos compromissos de trabalho, é fundamental estar presente na rotina dos filhos. O medo, a tristeza e a ansiedade infantil vão fazer parte, sim, do crescimento dos pequenos; no entanto, não podem existir em excesso.

Mesmo que alguns acontecimentos obriguem as crianças a lidarem com frustrações e problemas de maneira impactante — e isso envolve, por exemplo, a separação dos pais, o nascimento de um irmão etc. —, quando esses sentimentos passam a criar pânico nos pequenos, paralisando-os, é necessário ter muita atenção.

Como agir em casos de crise de ansiedade?

Além do interesse em saber como ajudar um filho com ansiedade, muitos pais se questionam sobre como agir quando a criança entra em uma crise ansiosa, o que pode levá-la a ficar descontrolada emocionalmente, ter ataques de pânico ou, ainda pior, passar por episódios de despersonalização e desrealização — isto é, quando ela se sente separada do próprio corpo ou incapaz de reconhecer a realidade em volta dela, respectivamente.

Diante de casos assim, é fundamental que você mantenha a calma para não se tornar, mesmo sem intenção, uma fonte extra de estresse e irritação para a criança, o que só aumentará os sintomas que ela já está enfrentando.

Também é importante não cobrar, exigir ou impor que a criança melhore imediatamente, como se houvesse um interruptor de “liga e desliga” disponível para ela. O ideal é mostrar o seu carinho e apoio incondicionais, levando-a para um espaço mais reservado, calmo e silencioso.

A partir daí, você pode fazer junto dela alguns exercícios de respiração — o que é importante para melhorar a oxigenação no cérebro —, além de iniciar conversas relaxantes sobre coisas que são do seu interesse (como séries, desenhos, quadrinhos, brinquedos, entre outros). Aqui, vale qualquer coisa que funcione como uma distração e que a ajude a se afastar, pouco a pouco, dos sintomas da ansiedade.

Como é o tratamento do transtorno de ansiedade?

Não foi só uma vez que falamos até aqui sobre o acompanhamento profissional para ajudar um filho com ansiedade e recuperar a sua saúde mental. Porém, você deve se perguntar como ocorre esse processo e, em especial, o que acontece, não é mesmo? Por isso, reservamos este último tópico para esclarecer o assunto.

O tratamento da ansiedade se inicia com a psicoterapia semanal. Por meio de sessões de atendimento, o psicólogo vai levantar junto à criança as possíveis causas do problema e/ou os gatilhos que o acionam. Em paralelo, ele vai dar o suporte à criança para que ela fale sobre o que sente e consiga entender, de forma mais clara, pelo que está passando.

O psicólogo também vai ensinar alguns métodos para que a criança reduza os sintomas da ansiedade, controle os pensamentos invasivos e fique menos sensível aos gatilhos presentes em sua rotina. Por fim, o profissional também vai orientar os pais sobre como agir diante do caso e tornar o lar um lugar mais positivo e receptivo.

A atuação do médico psiquiatra ocorre mensalmente, em paralelo à atuação do psicólogo, complementando-a. No entanto, ao contrário do que acontece no tratamento de adultos — no qual são receitados medicamentos desde o início para controlar os sintomas do transtorno —, aqui o objetivo é evitar o uso de remédios, limitando-os a situações extremas.

Afinal, estamos falando de crianças, cujo organismo é mais sensível, e de fármacos muitas vezes fortes e que podem gerar efeitos colaterais significativos. Não é para menos que muitos psiquiatras recorrem à prescrição de produtos fitoterápicos.

Esses remédios são feitos à base de plantas medicinais (como camomila, valeriana, erva cidreira, maracujá, entre outras), que têm efeito cientificamente comprovado na redução do nível de ansiedade e não contam com elementos químicos em sua composição, o que facilita seu uso em diferentes faixas etárias.

Saber como ajudar um filho com ansiedade é uma tarefa multifatorial. Envolve mudanças de comportamento na relação com a criança dentro do núcleo familiar, incentivo a atividades que proporcionem bem-estar psicológico e emocional (como a prática de esportes e de leitura) e um acompanhamento terapêutico.

A partir desse mix de ações, você tem como proporcionar mais saúde mental ao seu filho, além de um ambiente acolhedor para ajudá-lo a superar qualquer dificuldade que surja ao tentar entender, lidar e controlar as manifestações da ansiedade. Dessa forma, a criança crescerá rodeada de carinho e bem-estar. E é exatamente isso que todos os pais desejam aos filhos, não é mesmo?

Musicalização na educação infantil: benefícios e diversas possibilidades para colocar em prática

Ouvir música é um hábito que está presente antes mesmo de o bebê nascer. A relação que se estabelece por meio dos sons 🎼 é extremamente benéfica. Assim, a musicalização na educação infantil já faz parte do currículo escolar de muitas instituições e vem sendo protagonista no desenvolvimento das crianças.

Explorar esse recurso além da sala de aula, fazendo um trabalho conjunto, é uma excelente forma de garantir que os benefícios sejam potencializados e a criança cresça de maneira saudável física e emocionalmente.💗

Entenda mais sobre o conceito de musicalização infantil, seus ganhos para a criança e como aplicá-lo, na prática!

O que é musicalização infantil?

Pode-se definir a musicalização infantil 🎶 como atividades que estimulam o reconhecimento e a sensibilidade a sons e ritmos, colocando a criança, inclusive, como cocriadora de conhecimentos sobre esse tema.

Assim, o grande objetivo da musicalização na educação infantil é estimular as habilidades sociais, emocionais, físicas e psicológicas de maneira lúdica. Além disso, ela também contribui diretamente com o desenvolvimento da inteligência emocional. 💭

Vale ressaltar que a musicalização é tão importante quanto a leitura; ou seja, são ferramentas complementares que oferecem ganhos para a criança em diversos sentidos.

Os benefícios da musicalização na educação infantil

De forma mais prática, as atividades de musicalização infantil contribuem com muitos benefícios para as crianças de todas as idades.🧒🏼Saiba mais na sequência!

Desenvolvimento cognitivo

A música é um recurso que tem influência direta em algumas partes do cérebro humano 🧠, sendo um facilitador para o desenvolvimento cognitivo e, em especial, para a aprendizagem infantil.

Assim, o desenvolvimento infantil, em especial, escolar, tem ganhos significativos com o trabalho da musicalização na educação infantil.

Estimula a criatividade

A criatividade 📝 por si só é uma habilidade bastante presente nas crianças e pode — e deve — ser potencializada. A musicalização infantil pode ter uma influência de grande valia nesse processo.

A presença da arte 🎭 junto a conhecimentos técnicos permite que a criatividade seja elevada e que a criança crie conceitos e percepções a respeito de suas vivências com o fator criatividade como diferencial.

As brincadeiras para estimular a criatividade podem ser exploradas sob o viés da musicalização, da leitura 📖 e de diversas outras áreas.

Potencializa a concentração e memória

Se o desenvolvimento cognitivo tem ganhos expressivos com as atividades de musicalização infantil, isso também reflete na concentração e na 🧐 memória das crianças.

O envolvimento proporcionado pelo ritmo, pelos sons 🎧 e pelos instrumentos faz com que a criança esteja inteiramente presente naquele momento, desenvolvendo sua consciência sobre a importância da concentração e da memória.

Vale pontuar também que em um mundo de estímulos constantes, principalmente por meio das telas 💻a importância da musicalização na educação infantil também está nesse “respiro” de viver o momento.

Ajuda com a coordenação motora

A consciência corporal 👯 proporcionada pela musicalização na educação infantil traz à tona benefícios importantes para a coordenação motora das crianças. O uso de instrumentos musicais 🎻 nesses momentos faz com que os pequenos compreendam seus limites físicos e reconheçam suas habilidades.

Aliando a música com a dança, a criança pode também explorar movimentos do corpo, aumentando a sensação de bem-estar.

Desenvolve a confiança

Ao perceber que pode ir além, que se sente bem e que pode explorar seu corpo e sua mente com a musicalização infantil, a criança passa a se sentir mais confiante e sua autoestima é elevada.🙋🏼‍♂️ Isso gera reflexos por toda sua vida, contribuindo com sua formação de caráter e também sua socialização.

Como aplicar a musicalização na educação infantil?

Ao compreender a importância da 🎵 musicalização na educação infantil, é hora de saber como aplicá-la de maneira prática no dia a dia da criança, para que seja um processo natural e prazeroso.

Aula de musicalização

Em primeiro lugar, considerar uma sala confortável e aconchegante e um tapete para que as crianças possam tirar os calçados👟 e se sentar é importante. A preparação do ambiente reflete diretamente no engajamento dos pequenos.

Sobre os materiais, o mais comum é a bandinha rítmica, que são instrumentos de percussão🥁 em tamanho menor que o real, feitos especialmente para essa finalidade. Alguns exemplos são:

  • tambores;
  • chocalhos;
  • reco-recos;
  • ganzás;
  • triângulos;
  • pratos.

A partir desses instrumentos, pode-se fazer exercícios rítmicos, explorar diferentes sons 🔊 dos instrumentos e acompanhar canções do repertório infantil.

Juliana Abra, professora de música, também fala sobre as almofadas, que podem ter diversos propósitos.

“Sentar-se sobre elas no chão para trazer mais conforto, deitar-se para um relaxamento com música e também para delimitar espaços de atuação, como formar uma roda, uma fila ou usar a imaginação e transformar as almofadas em barco, avião etc.”

As aulas de música também podem contar com tecidos ou lenços para se trabalhar com movimentos e cores em diversas atividades, assim como as bolas ⚽, de diferentes cores, tamanhos e texturas.

“Dessa forma também utilizamos os copos que, além do movimento, possibilitam a percussão quando batidos sobre o chão, a mesa ou um banco. Tudo sempre aliado à música, é claro. Cabe ao professor em questão utilizar os materiais para trabalhar algum conceito musical ou propriedade do som. Por exemplo, passar os copos no “pulso” da música, ou seja, no ritmo apropriado.”

Como trabalhar a musicalização em casa?

Além do ambiente escolar, as atividades de musicalização infantil podem ser também exploradas em casa 🏠 com a família. Essa extensão da prática potencializa os benefícios da musicalização, além de reforçar os laços familiares.👨‍👩‍👧‍👦 Confira algumas ideias sobre como trabalhar a musicalização infantil em casa. ⤵️

A criação de canções 🎤 é um recurso que permite a inserção da musicalização em casa de maneira natural e que estimula a imaginação por meio da rotina. Criar músicas para algumas atividades pode ser extremamente benéfico para deixar o dia a dia mais leve.

Incentivar a expressão corporal por meio de palmas e batidas 👏🏼 também pode ser um exercício feito em família. Seja com novos ritmos, seja com cantigas ou também com aquela playlist que todos gostam.

Também é possível apresentar a musicalização infantil em filmes 🎦 que tenham músicas e cantigas. Essa relação entre diferentes tipos de arte é bastante rica para as crianças exercitarem a sua memorização.

A ludicidade da musicalização infantil com o uso de bonecos e fantoches ganha ainda mais encanto. Trabalhar com esses personagens🫅🏻 cantando, desenvolvendo sons e ritmos pode criar momentos únicos.

Musicalização infantil: arte e desenvolvimento

musicalização na educação infantil é um instrumento de desenvolvimento emocional, psicológico e físico para a criança 💝, possibilitando seu reconhecimento como ser humano, seu posicionamento diante dos demais e também sua relação nos espaços que ocupa.

Assim, é essencial trazer esse recurso para o dia a dia, não somente da escola, mas também em casa, com a família e os amigos. Isso permite criar momentos de diversão e interação.🧒🏼🧒🏼

A importância de deixar sua criança brincando sozinha

Muitos pais têm dúvidas sobre deixar a criança brincando sozinha, se isso é bom para o desenvolvimento dela e se vale a pena separar um tempo pra isso. Então já saiba que toda brincadeira por si só já é construtiva, saudável e estimulante! 🧒 Mesmo quando a criança está brincando sozinha e sem brinquedo, ela está se desenvolvendo emocionalmente.

Durante a infância, se as crianças podem contar com a presença atenta e não ansiosa de um cuidador (mãe, pai, avós ou qualquer outra pessoa), elas brincam, criam fantasias e expressam sentimentos que muitas vezes não compartilham quando estão com outras crianças. Vamos entender melhor sobre essa boa prática?

Brincar sozinho também é importante e divertido

É fundamental entender que as crianças não precisam de interação o tempo todo.🤗 Algumas vezes, o importante é ter alguém que esteja lá caso ela necessite, mas que lhe permita desfrutar de maneira tranquila de sua própria companhia. Isso ensina muito sobre autoconfiança, autoestima e segurança.

Cabe ressaltar que esse “estar sozinho” não deve significar a vontade de estar sozinho para fugir de qualquer ocasião. Significa, na verdade, gostar de estar consigo mesmo e aproveitar esses momentos com recursos emocionais que se desenvolvem a partir da experiência de “estar só na presença de alguém”.

Donald Winnicott, pediatra e psicanalista inglês, dizia: “a capacidade para ficar sozinho constitui um dos indicadores mais importantes de maturidade dentro do desenvolvimento emocional”.

Por isso, os adultos precisam, algumas vezes, segurar a própria ansiedade e dar espaço e tempo para que as crianças possam se conhecer e desfrutar da própria companhia. É normal e saudável ter crianças que brincam sozinhas.

Os benefícios de deixar sua criança brincando sozinha

Até aqui, já vimos que deixar a criança brincando sozinha faz parte do desenvolvimento saudável dela. Desta forma, incentivamos o protagonismo infantil, que tem como principal objetivo tornar a criança participante ativa de seu desenvolvimento.

Os benefícios são diversos, e aqui separamos alguns deles.😉 Olha só!

Liberdade de criar

Quando a criança brinca sozinha, ela ativa a imaginação sem julgamentos. Quando as brincadeiras que estimulam a criatividade são incentivadas, a capacidade criativa é ampliada, e a criança ganha mais liberdade para criar cenários, histórias e personagens cada vez mais inusitados.

Com o passar do tempo, essas características serão ampliadas, e a criança se sentirá cada vez mais curiosa para descobrir novas coisas e inovar em tudo o que ela se dispor a fazer.

Desenvolve autonomia e autoconfiança

Quando as crianças brincam sozinhas, 🤸 elas se sentem mais confiantes e conseguem ter mais independência para realizar as atividades. Por causa disso, o desenvolvimento da autonomia e da autoconfiança acontece naturalmente — enquanto brincam, também constroem novas habilidades.

Diminui a ansiedade

ansiedade do dia a dia pode ter diversas causas. Nas crianças, ela pode acontecer devido à falta dos pais. Mas ao brincarem sozinhas, elas conseguem se entreter e se sentir bem consigo mesmas, sem o medo da perda nem do abandono.

Independência social

Quando a criança brinca sozinha, ela se desprende da necessidade de interação para ficar bem. Isso ajuda a desenvolver a independência sozinha, tornando-a uma pessoa cada vez mais livre e bem resolvida consigo mesma.😃

Hora de brincar! Como estimular?

Agora que você conhece as vantagens de deixar sua criança brincando sozinha, por onde começar? O que é preciso ser feito? Como brincar sozinha? Vamos ver aqui!

Crie um ambiente para brincar

Para que a sua criança se sinta confortável para brincar sozinha, é preciso ter um ambiente que incentive esse tipo de brincadeira. Pense da seguinte forma: quando você vai trabalhar, é mais fácil se concentrar em um espaço feito pra isso. Com as crianças é o mesmo.

Por isso, crie um ambiente de brincadeiras, que deixe seu pequeno ou pequena à vontade para a criatividade rolar solta. ✨

Deixe a brincadeira fluir

Um ponto muito importante aqui é: segure sua ansiedade e deixe a brincadeira acontecer. 🤠 Não queira interromper achando que vai ajudar — pelo contrário, você atrapalha. Mas isso não significa que, se a criança pedir alguma ajuda, você não vai ajudar. Apenas deixe que ela peça, e não se envolva sem ser requisitado.

Incentive

Em alguns casos, as crianças se sentem um pouco inseguras para brincarem sozinhas.

Mas incentive esse momento: indique brincadeiras para brincar sozinho e forneça brinquedos para brincar sozinho. Diga palavras de afirmação para encorajá-las e, quando a brincadeira acabar, pergunte como elas se sentiram no momento de brincadeira.